Alguns dias depois...
Acidente vascular cerebral, o tão conhecido AVC. Foi isso que aconteceu com meu pai.
Ele teve que passar por uma cirurgia, mas está bem agora e está se recuperando no hospital.
Não preciso nem dizer que tudo o que passou por minha cabeça nesses últimos dias foi meu pai, por isso não pensei mais no que aconteceu com Hardy.
Falando nele, tenho que admitir algo aqui. Hardy foi extremamente solicito e compreensivo com relação ao meu pai ficar doente.
Naquela noite em que encontrei ele caído no chão de nossa casa, depois de o levaram para o hospital, Hardy apareceu e me ofereceu todo o seu apoio.
Na verdade, ele tem estado presente desde então, sempre preocupado com como estou indo.
É estranho ter alguém que se preocupa comigo, mas eu gosto.
Mesmo ele insistindo para que eu tirasse folga do Paraíso, achei melhor continuar trabalhando, foi bom para manter minha mente ocupada.
Alex me levou para casa todos os dias e ele também foi de grande ajuda. Acho que estamos nos tornando amigos.
Hardy se ofereceu para pagar as contas do hospital e no começo eu neguei, mas depois de pensar melhor e perceber que eu não tenho dinheiro para pagar, aceitei sua ajuda.
Nesse momento estou em casa, no jardim para ser mais exata. Sei que pode parecer horrível eu me preocupar com a casa enquanto meu pai está no hospital, mas mexer na terra me ajuda a relaxar e faz tanto tempo que não cuido das minhas plantinhas.
Estou replantando uma muda de uma flor muito bonita quando ouço o motor de um carro potente se aproximar, viro-me e vejo um carro que não havia visto antes, mas de alguma forma sei que só pode se tratar de Hardy.
Ele sai do carro e me admiro ao ver que não está usando terno ou algo social, na verdade ele está de calça cáqui clara e uma camiseta preta.
Conforme ele se aproxima sinto algo em minha barriga, como se um milhão de borboletas batessem suas asas e me fizessem cócegas.
Respiro fundo tentando acalmar meu coração que por algum motivo bate acelerado e me levanto.
— Oi. — Digo.
— Oi. — Ele para na minha frente e enfia as mãos no bolso. — Como você passou a noite? Me preocupa você nessa casa sozinha, você sabe disso.
— Eu sei e eu já disse para não se preocupar. — Digo e sorrio para lhe mostrar que aprecio sua preocupação.
— Cuidando do jardim? — Ele pergunta apontando para as ferramentas no chão.
— É, me ajuda a relaxar. Quer entrar?
— Quero, obrigado.
Caminhamos para dentro de casa e eu peço licença para lavar a terra de minhas mãos.
Ao voltar o encontro sentado no sofá da sala e a visão é até engraçada, um homem enorme como ele sentado em um sofá tão pequeno que parece de criança.
— Sabe, a verdade é que não vim aqui apenas para ver como você está. Eu quero te propor algo. — Ele diz e eu o olho desconfiada.
— Calma, não é nada como a minha última proposta.
— Estou ouvindo. — Digo.
— É sobre seu pai, na verdade. Eu quero que você pense no que é melhor para ele e não no seu orgulho bobo, ok?

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HARDER
RomansaPROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS! Bônus do livro Reaching You, contando a estória do casal Hardy e Laura.