DEZENOVE. Faz uma coisa pra mim?

268 34 28
                                    

"Obrigado a todos que leram até aqui e fizeram ser possível chegar ao total de 1.500 leituras, desbloqueando assim a terceira e última temporada desta estória! Mais nove capítulos eletrizantes nos esperam. Bom, eu, o autor, comecei a faculdade, então não poderei postar diariamente como antes, mas prometo espaçar no máximo a cada dois dias para postar. Será uma honra concluir essa aventura sensual e perigosa com vocês. Aproveitem!"


DOIS ANOS DEPOIS

- O que nós temos para hoje? – Medeia perguntou para o Joel.

Os dois estavam completamente nus. Joel, com seu corpo mais firme e sedutor do que nunca, sentava-se na cama e Medeia sentava-se no colo dele, cruzando as mãos atrás de sua nuca.

- O que nós temos? O tempo, o calor, o amor. Temos tudo – Joel a disse.

- Você sabe que eu adoro as suas surpresas.

- Então espero que adore esta aqui também – Joel disse e levantou-se.

Como um excitado menino que abre os presentes na manhã de Natal, ele correu para buscar um pote de vidro num canto escuro do quarto e trouxe para a cama. Dentro do pote aquilo que parecia um gel de cor verde limão.

- Por acaso você já usou gel que estimula um orgasmo mais intenso? – Joel a perguntou.

- Você está mesmo perguntando se EU já usei gel erótico? EU que tenho a Noemi como melhor amiga? A Noemi já me arrastou até uma feirinha coreana erótica onde ela comprou um treco chamado de "baba de molusco", que ela experimentou em público... Lá embaixo e desmaiou após um orgasmo de 12 minutos contínuos. O que você acha?

Joel riu e depois colou os seus lábios molhados na orelha dela.

- Mas e se eu disser que esse aqui não é igual nenhum outro gelzinho erótico?

- Por quê? Ele é mágico?

- Ele foi feito por mim.

- Você fez isso? – Então Medeia questionou finalmente surpreendida. – Como? Com as suas próprias mãos grandes e pesadas? – Ela perguntou e em seguida colocou todo o dedo indicador dele dentro de sua boca.

- É uma mistura que eu criei. Tem extrato de plantas refrescantes, sementes aveludadas...

- Use... Use... – Medeia clamou e Joel repousou o delicioso peso de seu corpo nu sobre o corpo dela.

Na manhã seguinte, o mesmo sol que brilhou no Brasil onde Medeia e Joel estavam, também brilhou na Argentina.

Naquela terra estrangeira, era outra manhã típica em uma ordinária casa de família. Mãe, pai, dois bebês gêmeos de apenas três meses de vida. A mãe já havia saído para o seu trabalho, o importante cargo como editora em uma revista de moda argentina. O pai ainda estava em casa. Ele fazia companhia para a babá, tão recente babá. A jovem trabalhava na casa fazia apenas duas semanas.

- Isso! Bem assim! Vai, paizão! Vai, paizão! – A babá gemia alto as palavras sendo sacudida sobre a cama da dona casa, enquanto o marido traidor a possuía. Isadora, a jovem babá brasileira em solo argentino.

- Ah, eu amo você. Eu amo você – o homem grisalho, pançudo, de olhos azuis e barba rala branca disse colando o seu rosto no dela quando tudo terminou, ofegante.

- Não, não. Nada de amor. Não fuja do nosso trato. Agora tira o seu pintinho mole de dentro de mim que os teus filhos estão chorando e precisam de mim. Não está ouvindo? – Isadora reclamou empurrando o homem para o lado.

Ela se vestiu rapidamente e foi até ao quarto dos bebês ao lado. O seu patrão, o seu amante, ia a seguindo.

- Eu falo sério, Isadora. Eu estou perdidamente apaixonado por você. Eu faço tudo, tudo o que for preciso para ter você – o homem a disse enquanto ela se aproximava dos berços.

- Faz então uma coisa para mim? – Isadora pediu de costas para ele.

- Peça meu amor, minha jovem delícia, peça.

- Sangre.

- O que você disse?

A resposta de Isadora já foi o seu movimento rápido quebrando um infantil abajur cor de rosa na cabeça dele. O homem caiu e Isadora bateu na cabeça dele com a base pesada e amadeirada do abajur pela segunda, terceira, quarta vez.

Sangue espirrado pelo tapete perfeitamente branco do quarto. Isadora olhou para os bebês dentro do berço. Os dois choravam. Ela analisou rapidamente e então puxou só um deles pelo frágil braço. Ela tirou uma seringa do bolso do seu jaleco de babá, aplicou no bebê e o fez dormir profundamente. Depois, só precisou colocar o bebê dentro de uma bolsa grande verde de napa, o tipo reciclável, como se o bebê fosse um grande fruto maduro e deixou a casa falando agitada ao celular.

- Ah, você só pode estar zoando com a minha cara, seu pedaço de bosta. Vai mesmo me dar bronca porque eu levei duas semanas para concluir o serviço dessa vez? – Ela brigou falando ao celular e pôs os seus grandes óculos escuros enquanto carregava de lado a grande bolsa com o bebê. – Cala a boca. Não! Cala essa sua boca. É você que está colocando o teu na reta por acaso para conseguir as mercadorias? Não! Quem tem que dar para velhos babões e ganhar confiança de esposa otária? Eu! Então fica na tua, não vem me cobrar rapidez. Fala logo se o tal casal Norueguês já está aí com você. Diz para os gringos que a mamãe aqui já está levando o bastardinho que eles compraram e queriam tanto.

Na casa de Medeia e Joel na tranquilidade do campo, da zona rural, Medeia preparava o café da manhã quando Joel entrou na cozinha trazendo no colo o menino Ulisses, agora com três anos de idade, o filho de Isadora.

- Eu tenho ótimas notícias, meu amor – Joel a disse, se aproximou e a beijou.

- Perfeito. É a melhor forma de começar mais um dia. Prossiga.

- Fechei os últimos detalhes. Minha empresinha de serviços de jardinagem dá inícios as atividades na próxima semana.

- Mas que maravilha! – Medeia celebrou e o abraçou. Ulisses, no entanto, exigiu ir para o chão.

- E sabe como eu vou comemorar? Eu vou ensinar o nosso Ulisses a como plantar a primeira árvore dele.

- Vem plantar árvore, vovó! Vem plantar árvore! – O menino saiu correndo da cozinha rumo ao quintal enorme, um pedaço de floresta, dizendo.

- Você sabe que até hoje eu não me conformo que você não tenha o instruído a chamá-la de "mãe" e não de "avó". Não sabe? – Joel disse e bebeu café.

- Mas é o que eu sou. A sua avó. A mãe dele é...

- A mãe dele é uma cadela, uma puta suja. Desculpe, eu sei que é a sua filha, mas cadelas nunca fariam com os seus filhotes o que ela maldita fez com esse menino.

Medeia preferiu ligar a TV do que iniciar uma briga e lá estava, no noticiário internacional, a exibição das imagens em preto e branco de câmeras de segurança daquela que os repórteres estavam chamando de "a babá sangrenta". Disseram que ela era atualmente a criminosa mais procurada da Europa.

- É ela. É a Isadora. É a minha filha.

- A mulher está usando um chapéu. Como você poderia...?

- Porque esse bicho saiu de dentro de mim. Eu reconheceria até no completo escuro. Meu Deus, é a Isadora! Ela... O que eu vou fazer, Joel? O que eu vou fazer?

 O que eu vou fazer, Joel? O que eu vou fazer?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O Jardineiro AmadoOnde histórias criam vida. Descubra agora