Medeia foi direto para a cidade grande, mais especificamente para o apartamento de Noemi. Ficaria ali por tempo indeterminado.
- Você sabe que é sempre uma alegria e prazer ter você passando um tempo aqui em casa. Só gostaria que as circunstâncias fossem melhores. Não fico nem um pouco feliz em saber que está aqui porque se separou do gostosão rústico – Noemi dizia arrumando o sofá para que Medeia se deitasse.
- Mas você confirmou mesmo a traição? Você fez o flagrante? Bateu nele e depois bateu nela também? – Noemi queria saber.
- Eu vi o bastante, Noemi. É só isso – Medeia disse e se deitou. Estava cansada demais.
- Bom, nós podemos fazer o que você quiser para que se anime – Noemi disse se ajoelhando ao seu lado.
- Eu realmente não quero fazer nada.
- Ah, não. Pode ir parando mulher. RidÃcula depressão pós-fim de relacionamento não combina com a gente. Isso é pra jovenzinha que ainda nem quebrou a casca do ovo pra sair. Nós somos mulheres maduras e fortes. Eu voto para beber muito álcool e em seguida assistir algum filme pornô lésbico muito ruim para dar boas risadas.
Então o celular de Medeia tocou.
- É o Joel.
- Se você não colocar essa porra no viva voz eu te mato.
- Medeia? Para onde você foi? Fale comigo – A voz de Joel se projetou por toda a sala já que Medeia havia obedecido a ordem de nome e ativou a opção viva voz do celular.
- O que você quer?
- Eu quero você.
- Vá agarrar as tetas da Cybelle. Não é esse o seu mais novo passatempo?
- Medeia, você precisa me deixar explicar o que aconteceu. A Cybelle acabou me surpreendendo e se atirou sim para cima de mim, mas nada aconteceu. Eu a rejeitei. Eu só quero você.
- Oh, que homem mais puro e exemplar.
- Precisa acreditar. É a verdade. Diga onde está. Diga, eu a busco agora mesmo.
Mas Medeia encerrou a ligação. Ela desligou o celular por completo.
- Ele parecia sincero – Noemi disse.
- Ah, Noemi, faça-me o favor. Era só o que me faltava. Vai ficar do lado dos homens agora? Que decepção. Foi você quem chegou em casa um dia e flagrou o seu marido sendo penetrado por um homem negro de dois metros de altura e agora vai mesmo ficar do lado dos homens?
- Eu apenas sou justa, independente da situação. Só estou no meu direito de me posicionar e dizer que, sim, eu senti verdade nas palavras do gostosão. Olha, o fato é que eu odeio saber que a história de vocês acabou por aqui, de qualquer maneira.
- Eu também odeio várias coisas, não concordo com várias coisas, mas nós devemos aprender a lidar com o que a vida joga em nosso colo. Agora vai logo. Traz a cachaça barata e o DVD lésbico antes que eu mude de ideia.
Na manhã seguinte, Joel acordou muito cedo. Vestindo apenas cueca boxer branca, ele colocou o primeiro par de luvas de couro surrado que viu e foi para o quintal dos fundos da casa. Ele passou algum tempo podando as belas roseiras, cavou buracos, cuidou de mudas e de galhos. Era o que o relaxava. Precisa ocupar a sua mente atormentada e entristecida.
Ao fim das suas favoritas atividades de jardinagem, ele retornou para a casa, tomou um banho e quando saà enrolando a toalha azul clara ao redor de sua cintura (seu corpo definido ainda bem molhado) ele viu o barulho vindo do andar lá de baixo.
- Medeia?! Medeia, você voltou? – Joel chamou e saiu correndo como um menino afoito.
Ele desceu a escada e se deparou com ela. Isadora.
- Oi. Sentiu saudades de mim, gatão?
- Demônia! Isso não pode ser real. Isso tem que ser um pesadelo.
- Seu grosso. Por que você tem tanta dificuldade em ser só um pouco doce comigo?
Joel caminhou na direção de Isadora. Ele marchava na verdade, sua face muito zangada, estava preparado para enforcá-la ou atirá-la para fora daquela casa. Mas Isadora foi mais rápida. Quando Joel ficou perto o bastante, ela revelou a seringa que tinha em sua mão direita e enterrou com violência a comprida e dura agulha no peitoral dele.
- Mas... MAS QUE PORRA é essa que você injetou em mim?! – Joel gritou e no mesmo segundo sentiu o formigamento tomar os seus braços por inteiro.
- Não são incrÃveis todas as coisas novas que somos capazes de aprender quando em contato com a cultura de um novo paÃs?
Depois que Isadora perguntou, Joel caiu para trás, endurecido como uma estátua, porque perdeu todos os movimentos de seu corpo do pescoço para baixo.
- Eu me tornei uma especialista em medicamentos e drogas e venenos durante a minha estadia na Argentina. Sabe o que isso significa? Que teremos muito com o que brincar – E dizendo isso, Isadora arrastou Joel para o outro cômodo.
Também naquela manhã, Medeia entrou em seu carro mais uma vez e estava preparada para retornar para a área rural.
- Decidiu perdoá-lo? Está voltando para o jardineiro tesudo? – Noemi perguntava de braços cruzados, de pé na calçada enquanto Medeia dava partida no motor do carro.
- Eu só estou indo dar uma satisfação para a minha terapeuta. Eu honro os meus compromissos. Vou fazer essa última consulta e explicar para ela que a partir de agora eu ficarei aqui pela cidade grande e encontrarei uma nova terapeuta por aqui. Para você um conselho. Se quer continuar sendo minha amiga, pare de falar do Joel – Medeia disse e partiu com o seu carro na distância.
Medeia não conseguiu evitar. Horas depois, quando alcançou o campo, ela acabou passando a frente da casa onde vivia com Joel. Ela desacelerou. Algo mandava que ela parasse, batesse à porta, checasse como ele estava, mas ela decidiu seguir em frente. Se Medeia soubesse o que acontecia naquele exato momento dentro da casa. Isadora amarrou Joel na cama. Ela recortou de revistas a foto de dois coelhinhos e colou em seus seios. Recortou a foto de um leão e colou sobre sua vagina. Eram apenas as fotos recortadas que cobriam as partes do seu corpo nu. Ela parou em frente a cama e sorrindo exibiu uma enorme seringa, pressionou e espirrou um pouco do lÃquido azul pela agulha que era mais comprida do que um dedo indicador.
- Eu me apaixonei por agulhas e seringas. Elas não são fascinantes e lindas? Bom, por onde começamos? Acho que essa primeira agulhada será no seu pau.
- NÃÃÃÃOOOO...
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O Jardineiro Amado
RomanceIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS - LINGUAGEM OBSCENA, CENAS SEXUAIS E VIOLÊNCIA. Uma nova vida na zona rural da cidade com o seu marido desinteressante e sua problemática filha adolescente é o ponto de partida que a dona de casa Medeia precisava p...