Não sei por quanto tempo dormi, mas acabo despertando com pequenas e gélidas gotas molhando meu rosto. Lentamente, olho para os lados e vejo que ainda continuava na arvore e – por sorte, não havia vestígio de que tinha algo por perto. Com cuidado, tento descer pela corda, mas quando estava á um meio metro do chão, acabo escorregando e caio de mau jeito. Sem querer, acabo apoiando-me no meu tornozelo machucado.
- Merda! Esqueci que machuquei meu tornozelo. – falo para mim mesma esfregando o tornozelo depois me levanto ajeitando a mochila nas costas e volto a caminhar pela estrada.
Fico andando por mais algum tempo até parar para respirar um pouco.
- Não aguento mais, por que essa estrada tem que ser tão grande? – pergunto a mim mesma, depois de um tempo começo a me arrastar, a exaustão já estava me dominando quanto vejo um posto logo a frente – Obrigada, senhor! – digo andando um pouco mais rápido.
Tinha apenas dois andarilhos no posto e dou cabo deles rapidamente e em seguida entro no lojinha de conveniência e começo a vasculhar por comida. Além de trazer mais coisas para minha casa, estava morrendo de fome. O piro era que não tinha muito que levar.
- Droga, nem um salgadinho? – falo baixinho e vou ate aos freezers e acho três garrafas de água e as guardo na mochila. Pelo menos não foi uma batalha perdida.
Vasculho toda a lojinha, e o que encontro são livros para colorir, um bastão de beisebol – vai ser bem útil, pilhas de todos os tipos, alguns analgésicos e quatro pacotes de carne–seca – um deles eu acabo abrindo e comendo ali mesmo, enquanto guardava os demais pacotes e as outras coisas. Depois da limpa, eu saio e rodo o posto inteiro, a procura de um carro, mas não acho nenhum. Dou um suspiro e em seguida faço o longo caminho até minha casa.
-☢-
- Droga, não acredito que estou andando o dia todo e nada de um bendito carro! Merda, só um carro é pedir demais? – reclamo para mim mesma. E percebo que ameaça a chover – Ótimo, para terminar meu dia só faltava chover mesmo – ironizo e aperto os passos.
No meio de minhas lamentações percebo movimento vindo atrás e me viro... Nada. Deve ser apenas impressão. Continuo a caminhar, quando mais uma vez tenho uma sensação de que tinha alguém me seguindo, me viro novamente ninguém.
- Droga, será que aquela carne-seca me fez mal e estou ficando paranoica? – murmuro baixinho. Acabo notando um movimento estranho no meio do mato e quando eu andava, a coisa no mato também fazia o mesmo. Ao perceber que estava sendo seguida não por zumbis, mas sim pessoas, saco minha arma rapidamente e atiro com o mato. Ouço o som de choramingo e comemoro internamente por ter acertado o alvo.
- Você é louca, ou o que?! – ouço um dos arbustos falar.
- Saia agora dai! E devagar – exijo ainda apontando a arma na direção do arbusto. Um cara na casa dos 20, de cabelos vermelhos e olhos cinza, aparece e, não tinha uma cara não muito amistosa. Percebo que ele portava uma faca em seu cinto e fico atenta a qualquer movimento dele - Por que estava me seguindo?
- Não te interessa pirralha – diz com uma das mãos no braço e me fuzilando com o olhar ate seus olhos irem direto à minha bolsa – Agora, quero que passe sua bolsa para cá.
- Se quiser levar outro tiro, se aproxime de mim – digo no mesmo tom que ele e o rapaz ameaça a dar um passo – Estou avisando, cai fora!
- Não recebo ordens de ninguém, muito menos de uma pirralha! – rebate furioso.
Estava pronta a atirar no folgado quando ouço mais uns barulhos quando sou surpreendida por andarilho que saiu dos arbustos seguindo um garotinho, que gritava de susto.
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Crossed Destinies
FanfictionPreparem-se todos. O apocalipse zumbi acabou de começar pelo mundo e está exterminando todos os seres que ainda respiram. Após um pedido de sua mãe, Rochelle tem como principal objetivo cuidar de sua irmã gêmea Roxanne, por ser um pouc...