Crossed Destinies

Capítulo 23 - Date me?

Roxanne

|| Algumas semanas depois... ||

Desde o que aconteceu em Phoenix, não conseguia dormir direito sem que tivesse pesadelos horríveis, também mal comia – não porque me sentia enjoada com a maioria daquelas comidas, mas sim porque tinha perdido completamente a vontade de comer algo. Passava boa parte do meu tempo ali, ao lado de minha irmã, esperando que ela acordasse logo.

O pessoal sempre saia em busca de suprimentos quando parávamos em algum lugar, principalmente iam em busca de antibióticos – que estavam começando a ficar em falta. Tendo que se arriscarem nos lugares mais perigosos para conseguir – os hospitais e postos de saúdes, que eram os pontos com mais zumbis em todas as cidades que passávamos.

Esse novo cara, o tal Jade, estava sendo uma grande ajuda para o grupo. Mesmo que todos nós tivéssemos um pouco de desconfiança dele, ele fazia tudo o que pedíamos sem reclamar ou se opor. No final Kitty permitiu que ele continuasse conosco, mas que fosse sempre vigiado. Jade não era uma pessoa com más intenções, apenas teve a infeliz sorte de se cruzar com aquele grupo e se forçado a se juntar a eles. Ouvir o pessoal perguntando sobre sua família, e foi ai que ele começou a desabar. Falou que seus pais havia sido executado pelos mesmos caras do seu antigo grupo, sem poder fazer nada, e que não sabia onde sua noiva e filhos estavam. Todos ficaram com certa pena dele, e por isso o deixamos ficar, pois estava na cara que ele não iria saber agir sozinho.

Depois de mais um menos quase um mês de viagem, resolvemos parar na cidade de Albuquerque, Novo México. Fomos para o interior da cidade, onde tinha um lugar que era perfeito, perto de uma colina, onde seria difícil nos verem e, que teríamos uma saída rápida. Como sempre, enquanto os outros estavam do lado de fora do trailer, eu continuei lá dentro, ao lado de Rochelle.

- Roxy? – volto minha atenção a voz e vejo Kentin se aproximando de mim – Você deve estar com fome, então eu trouxe isso – ele me mostra uma barra de cereais e, mesmo que gostasse, eu neguei com a cabeça.

- Não estou com fome.

- Você que comer se continuar assim vai começar a passar mal – insiste.

- Você é insistente demais, já disse que não.

- Mas você precisa comer algo, pense no seu bebê e pense como sua irmã vai te falar quando acorda. Juro que não será elogio – disse o moreno insistindo mais uma vez e acabo pegando a barrinha de sua mão – Não quero ficar mandando em você, mas farei isso se continuar de birra.

- Tanto faz – o respondo dando de ombros – Agora que você veio ver como estou, por que não vai com os outro, hein? Quero ficar sozinha.

- Venha comigo então... o dia está bonito, e a Kitty descobriu um ótimo lugar para se distrair um pouco.

- Não quero. Ela pode acordar a qualquer segundo e quero ser a primeira a recebe-la – digo olhando para Rochelle, com esperança que ela acordasse logo.

- Por favor? Eu posso pedir para um deles ficar de olho nela enquanto andamos um pouco – diz o moreno me estendendo a mão – Não me deixe no vácuo, isso é feio.

- Eu não sei...

- Cinco minutos, nem um minuto a mais – disse ainda com sua mão estendida para mim – Você precisa se distrair.

Continuo o encarando por um tempo, pensando a sua proposta, até acabar cedendo.

- Cinco minutos...