Crossed Destinies

[2ª temp.] Capítulo 10 - Bancando a Repórter

Kitty

Hoje estou na guarita leste sozinha, pois quem deveria estar aqui também foi convocado a uma missão especial... eu acho que era isso ou ele estava na enfermaria, não entendi direito. Até que não era ruim ficar só aqui, assim poderia me acalmar um pouco sobre tudo o que estava acontecendo em minha vida. Além de que aqui tinha uma paisagem até que bonita, e aproveitar o silêncio que reinava o local...

- Querida! Bom dia! – retiro sobre o que disse sobre o silêncio e sobre estar só.

- Karlla... – dou um longo suspiro.

- Não me chame pelo primeiro nome, isso é feio! – repreende-me mamãe e reviro os olhos – Andem querida. Me conte tudo sobre seu novo relacionamento.

- Primeiro, não existe relacionamento – a corrijo – Segundo, vocês me seguem 24 horas por dia, então vocês sabem mais sobre minha vida do que eu mesma.

- Ficar te seguindo direto cansa os meus pés – resmunga mamãe se sentando no muro e me convida a se sentar junto. Como não tinha ninguém por perto, aceitei o convite – Além do mais, quando vi que as coisas estavam ficando um pouco... quentes, resolvi sumir. Pode não parecer, mas eu respeito o espaço alheio.

- Você respeita meu espaço? Nossa, parabéns – ironizo batendo palmas. Quando ela ia revidar alguém me chama.

- Kitty? – olho por cima do ombro para ver quem era.

- Falando do gatinho...

- O que quer Armin? Era para está de vigia do outro lado... – ele tenta me beijar, porém eu o empurro.

- Eu... queria falar com você.

- Perda de tempo! Pois eu não quero falar com você – resmungo virando para o outro lado – Não depois da sua gracinha.

- Já pedi desculpas e também... você já se vingou – choraminga o moreno se sentando do meu lado – Meu braço ainda dói por causa daquele soco.

- Você mereceu aquele soco e o seu irmão também – retruco – E ainda não gostei do que fez.

- Pelo menos conversamos como duas pessoas civilizadas – rebate o moreno e quando volto a olhá-lo, vejo surgir um sorriso malicioso em seu rosto – E também, você não reclamou do que aconteceu após a conversa.

- N-não aconteceu nada! – digo envergonhada.

- E essa é a deixa para deixar o casal a sós – ouço mamãe falar rindo baixinho e me controlei para não retruca-la. Volto minha atenção ao moreno quando ele entrelaça nossas mãos.

- Armin... você...

- Poderíamos tentar, o que acha? – disse o rapaz e o encaro, surpresa com a proposta.

- Já... eu já te falei que meus sentimentos estão muito confusos ultimamente. Não quero tentar algo que no final não dará certo.

- Mas nunca saberá se não tentar.

– Como eu disse, eu... não sei – digo suspirando.

Ficamos em silêncio até ele ser quebrado por grunhidos de andarilhos. Eram três andarilho no máximo, então para não gastar munição à toa peguei minha faca e pulei para o outro lado.

- Kitty! Por que pulou? – diz Armin ainda nos muros.

- Não vou gastar bala com só três zumbis. Dou conta deles rapidamente – falo matando o zumbi mais perto. O segundo e o três tentaram atacar, mas acabei os matando com pouco dificuldade.