[2ª temp.] Capítulo 15 - Just Friends

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Rochelle

Quando o dia amanheceu, me levantei e fui rapidamente em direção ao casarão, decidida a insistir mais sobre o sumiço de minha melhor amiga. Por sobre eu encontrei Marco sentado no sofá, lendo um tipo de revista.

- Marco! – ele se volta para mim e abre um grande sorriso.

- Bonjour Rochelle! O que ouve? – diz o moreno gesticulando para que eu me sentasse do seu lado, porém opto por ficar em pé.

- Depois do Governador, você é o que mais sabe sobre a comunidade e todos os moradores...

- Sei sim.

- E... nada acontece sem que você saiba também. Estou certa?

- Mais uma vez, sim.

- Então você pode-me falar onde foi a última vez que fui Kitty – ao tocar no assunto, o vejo ficar desconfortável – Por favor! Ninguém mais sabe sobre ela – ele fica em silêncio por longos minutos.

- Não queria que você soubesse da verdade...

- O que aconteceu? – digo apreensiva.

- Naquela noite da invasão – ele se levantando do sofá e se aproxima de mim, e pega em minhas mãos – Durante a invasão, estava perto dos portões, tentando acertá-los. Foi ai que a vi... ajudando os inimigos.

- A... ajudando? – repito.

- Tentei pará-la. Faze-la perceber o que estava fazendo, mas ela não me ouviu e me atacou – ele aponta para a faixa em sua cabeça – Foi por bem pouco, e ai, quando me deu conta ela havia ido com eles.

- Está me dizendo que ela nos... abandonou? – digo incrédula.

- Eu sei que é algo difícil, mas é melhor você saber os verdadeiros motivos – diz o rapaz me abraçando e relutante eu retribuo.

- Ela... não faria isso comigo... com a gente – falo.

- Às vezes, pessoas como ela são imprevisíveis – responde Marco compreensivo e recuo.

- Como... ela?

- Loucos, insanos... você não me contou sobre o que ela disse sobre sua breve estadia em um sanatório? – confirmo com a cabeça – Então, pessoas loucas tendem a mudar de opinião facilmente

Eu sabia sobre as crises de personalidade que a Kitty sofria, mas a própria havia dito que suas crises haviam diminuído em meses. Não poderia ser uma recaída... poderia?

- Não se preocupe, talvez esteja pelas redondezas – diz o moreno ao perceber meu nervosismo - Juro que iremos procura-la.

- Espero... – ele me puxa novamente para um abraço e o olho em sem entender.

Nos encaramos por alguns minutos. Ele começa a acariciar meu rosto, e quando percebo que ele estava próximo demais, eu o empurro.

- Não.

- Ããh? Por que não?

- O que aconteceu entre nós... foi um erro – digo quase inaudível – E também, estou com Castiel – começo a me afastar.

- O que você viu nesse... idiota? – questiona o moreno bloqueando minha passagem.

- Eu não sei ao certo. Só sei que quando percebi, estava gostando dele.

- Nunca mais pensou sobre a gente? Pensei... pensei que tínhamos algo.

- Nunca ouve a gente – retruco.

Crossed DestiniesOnde histórias criam vida. Descubra agora