5. A Escolha de Lauren

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Continuei caminhando pelos corredores da escola e avistei Nicholas.

— Está tudo bem? — ele perguntou.

— Sim — respondi brevemente.

— O que você quer, Ariana? — ele insistiu.

— Eu quero fazer aquilo de novo — declarei.

— Assim que eu gosto! — ele sorriu. — Quem será a primeira?

— Lauren Hutton — disse decidida.

— Faça de forma diferente desta vez — sugeriu.

— Como assim? — perguntei confusa.

— Faça parecer um suicídio — explicou. — Vai chamar menos atenção.

— É uma boa ideia — concordei.

— Ela sairá da sala e irá para o banheiro; é a sua chance — ele orientou. — Vá, Ariana, não me decepcione.

Coloquei luvas para não deixar minhas digitais e segui em busca de Lauren, que estava caminhando pelo corredor.

— Lauren, que bom te ver! — cumprimentei.

— O que você quer, sua nojenta? — ela respondeu com voz irritada.

— Uma última palavra antes de partir? — provoquei.

— Partir para onde? — ela perguntou confusa.

— Para o inferno, vadia maldita! — respondi e vi seu semblante se transformar em surpresa.

Com um pano impregnado de sonífero, imobilizei-a e abafei sua respiração até que desmaiasse.

— Não é tão fodona agora, não é? — comentei. — Nos vemos no inferno.

Quando seus olhos se fecharam, empurrei-a da sacada, deixando-a cair no andar de baixo.

— Bom trabalho, mas podemos tornar isso ainda melhor, não acha? — Nicholas apareceu.

— Não é uma boa ideia, deixe assim.

Guardei as luvas no bolso e me dirigi ao pátio da escola, onde recebi uma ligação de Noah.


Chamada recebida

— O que foi?

— Estou preocupado com você.

— Não precisa, estou bem.

— Onde você está?

— No pátio da escola.

— Você está agindo de forma estranha, o que aconteceu?

— Nada. Apenas espere.

Chamada encerrada

Passei algum tempo mexendo no celular até que a notícia do incidente se espalhou. Os alunos estavam em choque, alguns chorando, outros gritando ao perceberem que Lauren tinha desaparecido. Uns pensaram em suicídio, outros duvidaram. Retornei ao banheiro e me sentei, perdida em pensamentos, quando Noah apareceu.

— Foi você, não foi? — ele perguntou, com os olhos cheios de preocupação.

— Fui eu — admiti.

— Meu Deus, Ariana, por que fez isso? — ele questionou, visivelmente abalado.

— Eu precisava — respondi com um nó na garganta. — Me desculpe.

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