12. Entre a Fúria e a Revelação

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— Vai se arrepender de ter feito isso comigo!  — Dove cuspiu em meu rosto, seu olhar carregado de desprezo.

— Ela não deveria ter feito isso — ouvi Becky sussurrar para Noah, sua voz cheia de preocupação.

— Não desperte a minha fúria, Dove — limpei meu rosto com calma, ignorando a revolta que crescia dentro de mim.

— Você é louca! — gritou Dove, sua voz tremendo de medo.

— Louca é você por tentar me enfrentar — retruquei, puxando uma faca do bolso com um movimento decisivo — Olha o que eu trouxe para brincarmos. Noah e Becky, se retirem, por favor.

Os dois assentiram, trocando olhares nervosos, e saíram rapidamente do quarto.

— O que eu vou cortar primeiro? Os dedos? A língua? Tantas opções — disse, começando a caminhar pelo quarto com um tom de voz que misturava calma e crueldade.

Dove tentou rastejar para longe de mim, sua respiração acelerada e seu corpo tremendo.

— Tente fugir, tente se esconder, tente de tudo para escapar, mas não importa o que aconteça, eu farei de tudo para te machucar — declarei, fazendo um corte seu braço com força. Ela soltou um grito agudo, o som preenchendo o espaço.


{Noah}

— Às vezes eu tenho medo da Ariana — confessei, a preocupação visível no meu rosto.

— Por quê? Ela nunca machucaria você — respondeu Becky, tentando me confortar.

— Como tem tanta certeza? — perguntei, com a voz tremendo de ansiedade.

— Psicopatas não machucam as pessoas que amam — respondeu Becky com segurança — E acredite, ela ama você.

— Eu sei, mas ainda assim, tenho medo. Ela já teve tantos surtos... — disse, meu tom revelando a inquietação.

— Confie nela, só isso — concluiu Becky, com um tom de certeza.


{Ariana}

— Grite mais alto, não estou te escutando! — disse, minha voz carregada de sarcasmo e crueldade — O que será que acontece se você ficar sem os dedos? Vamos descobrir.

Sentei-me em cima de Dove e, com movimentos meticulosos, peguei sua mão esquerda. Cortei seu dedo indicador com um movimento firme. Ela se contorcia e gritava, dificultando meu trabalho.

— Maldita! — gritou Dove, sua voz cheia de dor e raiva.

A irritação começou a tomar conta de mim devido à dificuldade que ela estava me oferecendo. A golpeei com a faca nas costas, fazendo-a ficar parada.

— Agora você fica quieta! — ordenei, com um tom de voz frio e autoritário.

Repeti o processo, arrancando todos os cinco dedos da mão de Dove e os jogando no chão. Eles se espalharam, criando uma cena grotesca.

— Cansei. Amanhã eu volto — declarei, minha voz cheia de frieza.

— Ariana! — gritou Dove, sua voz ressoando desesperada.

Saí do quarto, tranquei a porta e continuei ouvindo seus gritos abafados.

— Nossa, Ariana, quanto sangue! — comentou Noah, ao meu lado.

— É, preciso ir para casa me limpar — respondi, minha expressão cansada.

— Achei que você iria acabar com ela — disse Becky, com um tom de dúvida.

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