Estávamos no corredor, rodeados pelos colegas da nossa sala, quando um policial e a diretora Yang se aproximaram de mim. A diretora, com uma expressão séria, dirigiu-se a mim.
— Senhorita Ariana White? — chamou a diretora, sua voz carregada de autoridade.
— Sou eu mesma — respondi, tentando esconder minha apreensão.
— O oficial Garcia tem algumas perguntas a fazer — informou a diretora, apontando para o policial ao seu lado.
— Querida diretora Yang, por que eu deveria aceitar responder essas perguntas? — perguntei, a ironia evidente na minha voz.
— Porque acreditamos que você pode ter informações relevantes — respondeu a diretora com calma, sem se deixar abalar pelo meu tom.
— Tudo bem, então, mande as perguntas, senhor Garcia — debochei, cruzando os braços.
O policial Garcia, com um olhar sério, perguntou:
— A delegada Dove Cyrus não apareceu hoje na delegacia. Você sabe onde ela está?
— É uma piada, não é? A mulher falta ao trabalho e eu tenho que explicar seu paradeiro? — respondi, tentando manter a compostura apesar da irritação.
Becky, que estava ao meu lado, interveio:
— Desculpe me intrometer, mas eu vi a senhorita Cyrus hoje de manhã em uma lanchonete aqui perto.
— Então... — eu disse, com um tom de desdém — Mania feia que vocês têm de ficar acusando os outros.
— Bom, era só isso mesmo. Desculpe pela acusação, senhorita White — disse o policial, visivelmente aliviado por terminar a conversa.
— Está na lista dos feios, já — respondi, provocando um susto momentâneo no policial antes de rir — Brincadeira.
— Bom, até logo. Obrigado! — disse o policial, fazendo uma leve reverência antes de se afastar.
— Boa, Becky! — elogiei, aliviada.
— Temos que tomar cuidado agora — disse Noah, com uma expressão preocupada.
— Sim, cuidado total — concordei. Então, voltei minha atenção para Oliver — Enfim, e você, Oliver, está gostando da escola?
— Sim, é ótima! — respondeu Oliver com um sorriso.
— Vamos voltar para a sala, gente. Está todo mundo voltando — sugeriu Noah, observando os outros alunos retornarem para as salas de aula.
— É, vamos. O professor deve ter chegado — concordei, seguindo os amigos de volta para a sala.
Ao entrarmos na sala, Noah comentou:
— Gente, aqui está frio...
— Está perfeito! — respondi, apreciando a diferença de temperatura em relação ao calor escaldante que fazia lá fora.
— Desliguem esse ar-condicionado! — gritou Olívia, agitada.
— Vamos fazer da forma mais justa — disse, tomando a frente — Quem quer o ar ligado, levante a mão.
A maioria levantou a mão, indicando que preferiam manter o ar-condicionado ligado.
— Fica ligado, então — declarei.
— Mas eu não quero isso ligado, estou com frio! — protestou Olívia, visivelmente desconfortável.
— Eu conheço duas coisas quentes: gasolina e fogo — comentei, tentando aliviar a tensão com um toque de humor.
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Meu Amigo Imaginário
TerrorAriana White Carpenter sempre foi uma criança diferente das outras. Desde cedo, ela desenvolveu uma personalidade perturbadora, acompanhada por um amigo imaginário que nunca a deixou. Mas esse amigo não era como os outros: ele a incentivava a comete...