24. A Última Jogada

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Hoje é um novo dia, de um novo tempo, que começou... estou brincando, gente. Estava me arrumando para ir à escola quando tive a brilhante ideia de ir até a Estela. Decidi ligar para o Noah.

Chamada em andamento

— Bom dia, razão do meu estresse!

— Bom dia, razão de eu estar convivendo com a polícia quase todos os dias!

— Pesado, Noah, pesado.

— Foi mal — ele riu, um pouco constrangido.

— Vou fazer uma visitinha à Estela. Estou afim de banir um ser que não existe.

— Quer que eu vá?

— Não. Você vai para a escola e fica com a Becky. Talvez descubra algo sobre o que aconteceu com a Olívia.

— Tudo bem. Quando estiver voltando, me avisa. Tenho que conversar com você.

— Tá bom, bye.

Chamada fnalizada


Peguei minha bolsa e desci em direção à saída. Chamei um táxi que chegou em menos de dez minutos, e fui rumo ao consultório psiquiátrico da Estela. Chegando lá, fui até a recepção.

— Bom dia, preciso falar com a Dra. Estela — disse, tentando manter a calma.

— Ai, meu Deus! — exclamou a recepcionista, visivelmente assustada.

— E lá vamos nós de novo... — murmurei, colocando a mão na testa — Oi, eu sou a Ariana e vim em missão de paz. Não tenho nenhum objeto que possa perfurar o corpo de ninguém, mas eu tenho as minhas mãos que poderão parar na sua cara se você não chamar a Estela agora mesmo.

— E-Esta bem — disse a recepcionista, ainda tremendo.

Exatos cinco minutos depois, Estela me chamou. Entrei em seu escritório e me sentei.

— Três pessoas da minha escola vêem o mesmo fantasma que eu. O que está acontecendo? — perguntei, a ansiedade transparecendo em minha voz.

— Bom, vamos lá. Sua mente vazia e solitária criou um alguém para que você não se sentisse sozinha — respondeu Estela, com um tom calmo e profissional.

— Disso eu sei. Eu só quero entender como é que ele "criou vida" própria e agora tá saindo por aí visitando a mente dos outros — disse, a frustração evidente.

— Nicholas é como se fosse um espírito que se alimenta de mentes como a sua, forçando-as a cometer coisas que nenhum ser humano normal e lúcido gostaria de fazer — explicou Estela, seu olhar sério.

— Mas há chances de outra pessoa criar algo com a mente, assim como eu? — perguntei, a curiosidade misturada com preocupação.

— Talvez. Lembra que no começo do ano você conheceu o Dr. Brian Schwarzenegger? Ele estava desenvolvendo um protótipo de medicamentos para casos desse tipo. Você tem a mente de psicopata, Ariana — respondeu Estela, com um tom de lamento.

— Isso vai mesmo funcionar? — perguntei, o medo evidente em minha voz — Depois de tantas coisas que eu já fiz.

— Com você, provavelmente não funcionaria mesmo — respondeu Estela, com uma pitada de resignação.

— Como que eu acabo com isso? — perguntei, a determinação surgindo.

— Isso só vai acabar quando você morrer. É a mente dele que está ligada à sua e você tem o poder de desligar — respondeu Estela, sua expressão grave.

Meu Amigo ImaginárioOnde histórias criam vida. Descubra agora