Hoje é um novo dia, de um novo tempo, que começou... estou brincando, gente. Estava me arrumando para ir à escola quando tive a brilhante ideia de ir até a Estela. Decidi ligar para o Noah.
Chamada em andamento
— Bom dia, razão do meu estresse!
— Bom dia, razão de eu estar convivendo com a polícia quase todos os dias!
— Pesado, Noah, pesado.
— Foi mal — ele riu, um pouco constrangido.
— Vou fazer uma visitinha à Estela. Estou afim de banir um ser que não existe.
— Quer que eu vá?
— Não. Você vai para a escola e fica com a Becky. Talvez descubra algo sobre o que aconteceu com a Olívia.
— Tudo bem. Quando estiver voltando, me avisa. Tenho que conversar com você.
— Tá bom, bye.
Chamada fnalizada
Peguei minha bolsa e desci em direção à saída. Chamei um táxi que chegou em menos de dez minutos, e fui rumo ao consultório psiquiátrico da Estela. Chegando lá, fui até a recepção.
— Bom dia, preciso falar com a Dra. Estela — disse, tentando manter a calma.
— Ai, meu Deus! — exclamou a recepcionista, visivelmente assustada.
— E lá vamos nós de novo... — murmurei, colocando a mão na testa — Oi, eu sou a Ariana e vim em missão de paz. Não tenho nenhum objeto que possa perfurar o corpo de ninguém, mas eu tenho as minhas mãos que poderão parar na sua cara se você não chamar a Estela agora mesmo.
— E-Esta bem — disse a recepcionista, ainda tremendo.
Exatos cinco minutos depois, Estela me chamou. Entrei em seu escritório e me sentei.
— Três pessoas da minha escola vêem o mesmo fantasma que eu. O que está acontecendo? — perguntei, a ansiedade transparecendo em minha voz.
— Bom, vamos lá. Sua mente vazia e solitária criou um alguém para que você não se sentisse sozinha — respondeu Estela, com um tom calmo e profissional.
— Disso eu sei. Eu só quero entender como é que ele "criou vida" própria e agora tá saindo por aí visitando a mente dos outros — disse, a frustração evidente.
— Nicholas é como se fosse um espírito que se alimenta de mentes como a sua, forçando-as a cometer coisas que nenhum ser humano normal e lúcido gostaria de fazer — explicou Estela, seu olhar sério.
— Mas há chances de outra pessoa criar algo com a mente, assim como eu? — perguntei, a curiosidade misturada com preocupação.
— Talvez. Lembra que no começo do ano você conheceu o Dr. Brian Schwarzenegger? Ele estava desenvolvendo um protótipo de medicamentos para casos desse tipo. Você tem a mente de psicopata, Ariana — respondeu Estela, com um tom de lamento.
— Isso vai mesmo funcionar? — perguntei, o medo evidente em minha voz — Depois de tantas coisas que eu já fiz.
— Com você, provavelmente não funcionaria mesmo — respondeu Estela, com uma pitada de resignação.
— Como que eu acabo com isso? — perguntei, a determinação surgindo.
— Isso só vai acabar quando você morrer. É a mente dele que está ligada à sua e você tem o poder de desligar — respondeu Estela, sua expressão grave.
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Meu Amigo Imaginário
HorrorAriana White Carpenter sempre foi uma criança diferente das outras. Desde cedo, ela desenvolveu uma personalidade perturbadora, acompanhada por um amigo imaginário que nunca a deixou. Mas esse amigo não era como os outros: ele a incentivava a comete...