Sentada em um dos bancos do lado de fora da escola, observei Nicholas se aproximando.
— O que faz aqui? — perguntei, olhando-o com desconfiança.
— Nada demais, só vim apreciar sua expressão cansada — respondeu ele com um sorriso irônico.
— Algumas pessoas estão duvidando do suicídio. Isso pode ser ruim — comentei, preocupada.
— Não há provas de que foi você quem a matou. Fique tranquila — tentou me confortar.
— Se você diz... — murmurei, incerta.
— Olha ali, seu namoradinho — provocou Nicholas.
Noah se aproximou, vindo da direção da sala da diretora.
— Olá, acabei de sair da diretoria — cumprimentou Noah.
— Com certeza ela não te acha culpado — brinquei, tentando descontrair.
— Realmente — concordou Nicholas.
Fiquei perplexa com o comentário de Nicholas.
— Nicholas? — perguntei confusa.
— O quê, Ariana? — Noah franziu o cenho.
— Ele está aqui ao meu lado, não está vendo? — questionei, confusa.
— Ariana, não tem ninguém ao seu lado — Noah disse, preocupado.
— Como assim? Olha direito! — minha voz elevou.
— Ariana, olhe para você mesma, não há ninguém aqui — Noah insistiu.
— Parece que alguém está ficando louca — provocou Nicholas.
— Ele está falando comigo, não está ouvindo? — minha frustração era palpável.
— Não, Ariana... — Noah tentou acalmar.
— Eu não acredito nisso. Devo estar ficando completamente louca — admiti, desanimada.
— Tem ido ao psicólogo ultimamente? — Noah perguntou, preocupado.
— Não, acho que não preciso mais dele — respondi, tentando me convencer.
— Como assim? Acabou de ser acusada de assassinar uma menina e acha que não precisa? — Noah retrucou, confuso.
— É, desse jeito — murmurei, desviando o olhar.
— Aonde você vai? — Noah chamou quando comecei a sair.
— Vou para casa, Dove não vai me deixar em paz — respondi, sem olhar para trás.
Despedi-me de Noah e caminhei até o orfanato. Subi para o meu quarto, peguei uma roupa qualquer e fui tomar um banho longo para relaxar. Ao sair do banho, abri a porta e levei um susto ao ver Nicholas.
— O que faz aqui? — perguntei, surpresa.
— Nada demais, só vim ver como você está — disse ele, com um sorriso irônico.
— Por que o Noah não te viu? — perguntei, desconfiada.
— Porque sou fruto da sua mente — brincou, divertindo-se com a situação.
— Eu não entendo, como isso está acontecendo de novo?! — exclamei, frustrada.
— É o seu destino, Ariana — respondeu ele, enigmático.
— Sai daqui, Nicholas — pedi, exasperada.
— Tudo bem. — ele deu de ombros e saiu.
Joguei-me na cama e fiquei olhando para o teto por alguns minutos. Ouvi batidas na porta.
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Meu Amigo Imaginário
HorrorAriana White Carpenter sempre foi uma criança diferente das outras. Desde cedo, ela desenvolveu uma personalidade perturbadora, acompanhada por um amigo imaginário que nunca a deixou. Mas esse amigo não era como os outros: ele a incentivava a comete...