Estava sentada no sofá da sala com Noah e Becky, esperando Mary terminar de se arrumar para seguirmos ao cemitério. A tensão no ar era palpável, como uma nuvem pesada.
— Ei, Ari, como você está? — perguntou Becky, com um olhar preocupado.
— Estou bem, eu acho — respondi, forçando um sorriso.
— Ainda estou tentando digerir essa história. Ele era tão inteligente, sempre nos ajudou com os planos loucos — disse Noah, olhando para o chão, como se estivesse buscando as palavras.
— Ele era um garoto com o mundo na palma das mãos. Brilhante como uma estrela — disse, lembrando de Ayden.
— Ele está bem, Ari, não se preocupe — confortou Becky, mas sua voz falhava.
— Meninos, estou pronta! — anunciou Mary, surgindo na porta com um semblante decidido.
Assentimos, e seguimos para o carro de Mary, o som dos nossos passos ecoando no silêncio da sala. O trajeto de 30 minutos até o cemitério foi preenchido por uma atmosfera pesada. Ao chegarmos, vi Lisa, que estava lá, e a tristeza nos olhos dela me tocou, mesmo sem conhecer Ayden tão bem.
Conforme o corpo de Ayden era velado, o caixão foi finalmente fechado e levado. O momento em que o posicionaram no buraco profundo do chão foi devastador. O som da terra batendo contra a madeira ecoou como um lamento, e me ajoelhei, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Juntei-me às pessoas ao meu redor que também choravam.
— Ari, você precisa sair daqui... — ouvi Noah dizer, sua voz estava tensa.
— Não, me deixe ficar aqui — pedi, sufocando um soluço.
— Negativo. Vem, vamos beber uma água — Noah insistiu, puxando-me suavemente para longe.
Cedi e, ao lado de Noah, bebi um copo d'água fora do cemitério, tentando me recompor.
— Noah, cadê meu celular? — perguntei, procurando em minhas coisas.
— Está aqui — respondeu, tirando-o do bolso e entregando-o.
Peguei o aparelho e disquei o número de Ulrich, o coração batendo rápido.
Chamada em andamento
— Olá, Ariana!
— Bom dia, Ulrich! Precisamos conversar sobre o plano.
— Posso passar aí no orfanato mais tarde.
— Ótimo, estarei esperando.
Chamada finalizada
— Vamos — disse, decidida.
— Para onde vamos? — perguntou Becky, com uma expressão confusa.
— Acabar com essa palhaçada — respondi, sentindo a adrenalina subir.
Coloquei o celular no bolso, pedi um táxi e seguimos para o orfanato, a ansiedade crescendo a cada instante.
— Noah, eu quero todas as informações possíveis sobre Jacob Gummer e, principalmente, sobre a filha dele — pedi, olhando firme para ele.
— E o que eu faço? — perguntou Becky, já preparando o celular.
— Mande uma mensagem para o Ulrich e pergunte sobre as armas — respondi. — Depois, tente descobrir como desativar o sistema de segurança da escola.
— Tá bom — respondeu Becky, com determinação.
— Vou lavar o rosto e beber água. Alguém quer algo? — perguntei.
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Meu Amigo Imaginário
TerrorAriana White Carpenter sempre foi uma criança diferente das outras. Desde cedo, ela desenvolveu uma personalidade perturbadora, acompanhada por um amigo imaginário que nunca a deixou. Mas esse amigo não era como os outros: ele a incentivava a comete...