9 CAPÍTULO. (4) PARTE.

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— Eu não vou voltar com você. — Nicolas segura meus ombros e me olha debochado.
Eu me afasto para trás cuspindo no rosto dele. — Não acredito que acabei tanto assim com você. — Nicolas apresenta o seu lado sarcástico, um que eu nunca havia conhecido antes.

— Você pensa que teve o meu melhor? Então você nunca me conheceu. Aposto que acha que tudo de bom em mim se foi? Acha que você me deixou machucada? Você está totalmente errado. Posso não ter tido muitas noites amorosas, mas nem de longe aquela foi a melhor. — Assim que termino de falar tudo aquilo que estava na minha cabeça me cortando por dentro, saio da sala deixando a porta bater sozinha atrás de mim.

Nicolas se apressa, vem atrás de mim e me puxa pelo braço. — Você está falando assim porque eu não te quero mais. — Nicolas ainda se sente nos altos com uma feição de choro quase suplicando que eu diga o que ele quer ouvir.

— Amor, você não é tudo isso que pensa que é. — Olho fixo em seus olhos enquanto ele se morde por dentro.
Volto a caminhar para fora da festa. Não quero me alimentar daquele lugar onde só consigo sentir gosto de hipocrisia.

  — Nós não vamos entrar na festa? — pergunta Saianara fazendo alguns golpes com o celular na mão.

— Vamos para casa. — dou um grito histérico pela primeira vez.

Coloco a mão na boca tentando disfarçar. Por incrível que pareça, eu havia gostado daquele grito, preciso berrar mais daquele jeito.

Saianara desliga o celular acabando com aquela ligação interminável. Ela me abraça forte atrás de algumas respostas.

— Você completou a sua vingança? — pergunta sorridente.
— Não preciso. — respondo indo em direção ao carro da minha mãe e dando de ombros para as outras perguntas de Saianara.

Dirigir o carro da minha mãe me faz sentir saudades do Duki. Uma lágrima escorre dos meus olhos, me fazendo estacionar o carro no acostamento da pista.

— Eu tenho muita saudades dele. — desabafo aos prantos batendo com os punhos fechados no volante.

— De quem você está falando, Ketherine? — Saianara acaricia minha cabeça.

— Do Duki, e principalmente do meu pai. Me abraça. — peço e ela vem sem nenhum receio.

— Ketherine, você se tornou uma verdadeira guerreira. — Suas palavras me confortam enquanto seus braços me consolam daquelas lembranças cruéis.

— Agora me conte de quem você está gostando ? — Ela nem disfarça sua curiosidade.

— Saianara, eu prefiro ter certeza. Estou vivendo uma fase em que as pessoas precisam lutar muito para conseguir um espaço na minha vida.

Saianara muda de assunto sutilmente.
— Amiga, preciso te apresentar o meu namorado. — Saianara se mostrou bem entusiasmada com a ideia.

— Sim. — confirmo sorrindo de lado.

Fomos para o Enzo, uma lanchonete próxima ao meu curso de mecânica, onde o namorado de Saianara nos espera.

Ao entrarmos na lanchonete e nos acomodarmos nos bancos próximos ao balcão, uma moça vem nos atender, a mesma que havia atendido a mim e Beatriz quando viemos aqui. Ela parece mais feliz cantando Monomania, uma canção da cantora Clarice Falcão.

Lucas é muito simpático. De imediato tenho a certeza de que aquele encontro seria o começo de uma bela amizade. 

Os dois começam a se beijar na minha frente e dizer apelidos carinhosos um para o outro. Meu estômago começa a embrulhar por causa daquela cena. Não posso continuar naquele clima. Saio de fininho antes mesmo de pedir algo para comer e vou embora.

Radical é pensar que alguém seja capaz de matar por amor e perdoar pelo mesmo sentimento.
Ruim é pensar que a vida é tão simples que podemos viver de olhos fechados e mesmo assim reclamar.

Só usamos a luz quando estamos na escuridão, só sentimos falta do sol quando começa a nevar, só sentimos falta de alguém quando a pessoa se vai.
Assim é definido um ser humano inseguro. Seja sua própria segurança.
Aprender a ter uma felicidade independente é crucial, pois a felicidade dependente se vai rápido, assim que o apoio dela some.

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UM ROMANCE POR ACASO.Onde histórias criam vida. Descubra agora