10 CAPÍTULO. (5) PARTE.

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Assim que amanhece, não faço muita questão do meu celular, apenas visto uma roupa que no meu gosto está ótima. Minha mãe ainda não havia chegado, então ligo do telefone fixo para ela avisando que iria sair.

Alguém bate na porta, e eu a abro direto, sem pensar duas vezes. — Noah. — pronuncio o nome dele logo de cara.

— Oi. — diz tentando disfarçar que não estava contente. Estou com uma calça jeans escura, um All Star desgastado e uma camiseta azul de banda. — Vamos?

— Eu te odeio! — Eu apenas me viro de costas e volto para dentro de casa.

— Desculpa, eu só...

— Só o que, Noah? não irei ser colocada em uma caixinha para te agradar. — O tom da minha voz já está agressivo, meus olhos brigam para não chorar.  — Eu sou incrível demais para mudar por causa de um cara. 

— Desculpa! eu pensei em agradar a minha família, mas eu amo quem você é. E sinto muito por deixar que as minhas inseguranças familiares e más resolvidas atrapalhassem a nós e o que de verdade sinto e o que quero. — Noah se senta no sofá com as mãos na cabeça e logo faço o mesmo. Cada um de um lado, ambos pensando no que realmente fazer. Uma decisão precisa ser tomada. Vou caminhando até a porta. Meu coração está machucado de verdade. Não estou conseguindo respirar direito.

— Vai embora! — Olho para Noah cega de raiva. Eu não poderia chorar na frente dele, não poderia me mostrar frágil. — Sinto muito. — Noah se levanta do sofá indo até mim e me abraçando sem o meu consentimento.

Ele me segura firme, me puxa para o lado de fora e me coloca dentro do carro sem eu querer. Começo a bater nele brava com a situação. — Eu te amo. — diz Noah me fazendo calar a boca.

Eu sempre sorria quando ouvia Noah dizer isso, mas dessa vez me calo. Meus sentimentos estão confusos por medo de ter confiado meus verdadeiros sentimentos à pessoa errada. Depois de algumas horas de estrada, paramos na frente do mesmo bosque aonde fomos semana passada. Caminhamos para o mesmo lugar daquela noite. O clima parece mais calmo entre nós. — Eu te amo desse jeito, e isso basta. Desculpa! — Nos abraçamos, e agora eu faço questão daquele abraço. Esse relacionamento havia me transformado tanto que às vezes eu me perguntava se realmente estava fazendo aquilo. Acredito que quando duas pessoas se amam é porque existe um motivo, e é esse mesmo motivo que faz tudo dar certo. Ninguém se encanta pelas perfeições, e sim pelos defeitos, porque são eles que mostram quem realmente a pessoa é. Só nos encantando com eles é que podemos amar de verdade.

Nos beijamos, grandes sentimentos nos envolve. O frio de Santa Catarina é todo nosso, o que faz tudo ficar especial, como uma verdadeira história de amor. O fim só completa o nosso começo.

— Noah!

— Oi?

— Eu te amo!

Tudo parece conspirar a nosso favor. As folhas das árvores iram o vento leve que sopra naquela manhã. A montanha é perfeita e deixa toda a cidade mais bonita. Começa a chover, e então paramos de nos beijar e olhamos pra cima, voltamos a se olhar nos olhos e nos admirar. 

— Ketherine, aceita se casar comigo e sermos os próximos senhor Dex e senhora Lulu? — O seu tom é sarcástico, me permito entrar na brincadeira para não quebrar todo o clima que havíamos criado. 

— Aceito! — sorrio tremendo de frio por causa da neve que não para de cair dos céus.

— Noah?

— Oi! — damos longas risadas.

Demos as mãos entrelaçando nossos dedos uns nos outros, como se nossos corpos fossem se fundir a qualquer momento. Aquele clima perfeito me faz perceber o quanto eu poderia ser feliz com aquele garoto que até alguns dias atrás nem conhecia. Nossos olhos sorriem alegremente atrás de ideias e conceitos satisfatórios. Por toda a minha vida de grandes e pequenos desafios, nunca havia passado por essa situação. Preciso ir embora desse lugar simpático que me faz ter várias ideias loucas. 

UM ROMANCE POR ACASO.Onde histórias criam vida. Descubra agora