16º

2.8K 236 16
                                    

VALENTINA

- É você mesmo? - Digo com a voz embargada.

- Tina? - Ela pergunta e eu afirmo.

Nós abraçamos e quantas saudades eu sentia da minha irmã Lola. Desfazemos o abraço e percebo que ela também está emocionada.

- Irmã, eu senti tanta a sua falta, a Manu nem se fale, ela desde que você foi embora ela não está a mesma.

- Como assim Lola ? - Pergunto limpando as lágrimas. - Lana você deve estar confusa então depois te explico.

- Ela não fala mais com o Vitor, ela terminou os estudos e depois saiu da casa dele, veio morar comigo, mas eu percebi que ela está muito fechada, não conta nada se está bem ou não, vive mais em seu quarto.

Confesso que isso me acertou em cheio, não sabia que a Manu iria ficar assim.

- Eu posso vê-la ?

- Pode, vamos lá, vou deixar o restaurante por conta da Adrianne.

- Tina eu vou voltar pra empresa, preciso pegar algumas coisas lá, até amanhã. - Lana se despede com um abraço e vai embora.

- Porque ficou tanto tempo fora? - Ela pergunta enquanto íamos no seu carro para a casa dela.

- Não queria vim para o Brasil tão cedo, não queria encarar o rosto do seu irmão e não queria que ele soubesse do Vinicius.

- Quem é Vinicius? - Ela pergunta.

- Meu filho. Eu não tive tempo para te explicar o que aconteceu.. - Expliquei tudo pra ela, ela não sabia o verdadeiro motivo de eu ter se mudado, ela só sabia que o Vitor tinha me traído.

- Não acredito que meu irmão fez isso!

Ficamos em silêncio até chegar a casa dela, era bem bonita por fora e também por dentro.

- A Manu está no quarto. É só subir essa escada é a segunda porta a direita.

Subi e bati na porta de seu quarto.

- Lola eu já disse que quero ficar sozinha! - Ela grita um pouco para poder ouvir.

Abri a porta e ela me olha surpresa, ela mudou muito, não está mais aquela menina alegre. Ela começa a chorar e vou até ela e abraço ela.

- Você demorou! - ela diz me olhando. - Demorou muito, pensei que você se esqueceu de mim... - eu a interrompi.

- Não diz isso princesa, eu nunca esqueci de você, fiquei com muita saudade, sempre eu queria vim pro Brasil pra te encontrar de novo e ver como você estava, se estavam cuidando bem da minha pricesinha.

- Mãe eu cresci, não me chama mais de princesinha! - Ela diz e lágrimas rolam pelo meu rosto, ela ainda me chama de mãe.

- Você ainda me chama de mãe! - Digo a abraçando.

- Sempre irei chamar, você mudou a minha vida, nunca tive uma mãe mas você chegou e me tratou como uma filha de sangue mesmo, e mesmo com o passar dos anos eu vou sempre te ter como uma mãe.

Tá no Sangue (continuação de Contratada pelo dono do morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora