A Feiticeira Púrpura

Capítulo 2

A Madame Marie era a governanta do orfanato, ela era severa e exigia nada mais nada menos do que a perfeição.

- Vocês são orfãs, como acham que vão conseguir que alguém adote vocês desse jeito? O único modo será se vocês tiverem uma educação perfeita- era o lema dá mesma.
Apesar de tudo, Mallory sabia que ela só o fazia pois se preocupava com o bem das garotas.
Moravam 17 garotas no orfanato,a mais velhas era Mallory, e a mais nova era Betsy,uma garotinha de 7 anos.

- Mallory,a jovem Evelyn veio te visitar- Evelyn era a melhor amiga de Mallory

- Olá vossa majestade- Mallory cumprimentou a amiga

- Mallory se alguém descobrir que eu sou a princesa, eu nunca mais iria poder te ver! E você é minha única amiga de verdade.

Certo, talvez ter uma amiga princesa que sabia que ela era uma Feiticeira ajudaria ela a se proteger dá constante perseguição,se não fosse um pequeno detalhe: o pai de Evelyn era conhecido por ser um dos maiores perseguidores das ex-protetoras.
E para piorar, Evelyn não era a herdeira do trono,mas sim, seu irmão dois anos mais velho,o príncipe Benjamin, e a orfã temia que ele fosse igual ao pai, mesmo que a irmã do mesmo dissesse totalmente o contrário.

- Mallory preciso da sua ajuda- Evelyn começou- minha planta de estimação murchou, você pode curar ela- sussurrou a última parte

- Claro, mas não aqui, e não conte a tia Louisa que eu usei magia.

Então as duas amigas foram juntas para perto da floresta negra, a maioria tinha medo da mesma, mas ela já era uma velha conhecida de Mallory.
A floresta era encantada,tinha esse aspecto sombrio para afastar as pessoas, mas em seu interior ela era fantástica, além de ser o local onde a maioria das "bruxas" se escondiam.
Louisa insistia que a garota devia ficar lá,onde era seguro, mas a jovem tinha um espírito aventureiro incontivel, não podia simplesmente passar toda sua vida escondida em uma floresta.

-Aqui- disse a princesa entregando o vaso com a planta para a amiga que começou a recitar o encanto

- Força da Natureza, mostre me sua proeza, traga de volta a essa flor sua beleza- por sorte Mallory havia acabado de aprender o feitiço de restaurar plantas, e felizmente, ele funcionou.

- Você é a melhor Lory

- Já te disse para não me chamar assim!

- A culpa não é minha se não dá para formar nenhum apelido legal com o seu nome!

As duas começaram a dar risada, apesar da família real odiar todas as mulheres que possuíam magia, Evelyn as admirava, e seu maior desejo era ser como elas.
A princesa nunca entendera o porque pessoas tão doceis como Mallory ou Louisa pudessem ser tratadas como criminosas.
O resto da semana foi como sempre para ambas as amigas: enquanto Evelyn passava os dias ajudando seu irmão, Mallory trabalhava na padaria dá cidade, pois desde que o rei Jorge perdeu sua esposa, as verbas destinadas ao orfanato diminuíram muito, e ela sentia que devia ajudar, por isso começou a trabalhar para ajudar.