Capítulo 34

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    Quando abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi a Georgia correndo deserperada, isso a deixou aliviada.    Mas como a bala não a acertou? Teria feito um escudo por instinto?
    Não demorou muito, e assim que ela olhou para o chão, sua pergunta foi respondida. Mas aquela não era a resposta que queria.
    - BEN!!!! - berrou ao ver que o jovem estava caído e sangrando - Ben, o que você fez!!!
    - Ela... Ia te... Matar - estava com dificuldade de falar, havia levado um tiro um pouco ao lado de seu ombro direito.
    - Você não podia ter feito isso por mim - falou se ajoelhando ao lado esquerdo dele.
    - Eu suportei ... Georgia... Para te proteger... Não ia por tudo a perder.
    - Como assim? Como assim me proteger? - perguntou a menina a beira das lágrimas.
    - Um dia depois do baile... Ela me disse... Disse que sabia.... Que você era uma Feiticeira... Não sabia se acreditava nela ou... Ou não... Ela disse... Que se eu não casasse com ela... Ela contaria para todos... Quando o primeiro ataque aconteceu... Eu tive certeza que você era... Um deles.
    - Ben - a morena não aguentou, começou a chorar - Você não precisava me proteger, não tinha nenhuma obrigação comigo! Você é jovem, tinha uma vida toda pela frente, e desperdiçou isso, tudo por culpa minha!
    - Não foi culpa sua... Eu não fiz o que fiz por obrigação... Fiz porque... Porque eu te amo Mallory Woodcent... Eu te amo Mallory... Te amo mais do que a minha vida... Não poderia... Viver sabendo que você teria morrido... Por minha causa... Eu te amo muito - a cada palavra que era dita, ela chorava cada vez mais - Por favor... Não chore... Me deixe ver seu sorriso... Uma última vez - com muito esforço, ela deu um sorriso - Assim é bem melhor - então o jovem fechou os olhos.
    - NÃO! BEN! Você não pode morrer! Eu também te amo! - ela debruçou-se sobre o rapaz e chorou como nunca tinha chorado antes...
    Então sentiu algo quente em seu pescoço. Instantaneamente levantou se e ergueu a mão para segurar sua corrente.
    O pingente estava fervendo, podia facilmente queimar alguém.   Entretanto não a queimou.
    Na verdade o colar saiu sozinho de seu pescoço e começou a voar. Em seguida, o pingente começou a brilhar, era uma luz branca, um pouco roxa.
    Segundos depois, foi obrigada a fechar seus olhos roxos, a luz estava muito forte, se continuasse olhando, provavelmente ficaria cega.
    Permaneceu dessa maneira, até ouvir alguém falar.
    - Perdeu alguma coisa?
    Ela não queria abrir os olhos. Era óbvio que aquilo só podia ser um devaneio. Ele estava morto. Ela viu com seus próprios olhos.
    Sentiu seu algo colocando sua corrente em seu pescoço.
    Todavia, movida pela sua grande curiosidade, abriu os olhos.
    - Ben?! Mas eu achei que...
    - Já sei... Você achou que eu tivesse morrido? Eu também achei.
    - Como posso saber se você é real? E se for só mais uma mentira? Mais um sonho, como o que eu tive há alguns meses? - a morena encarou o chão.
    Ele caminhou até ela, segurou suavemente seu queixo para fazer com que seus olhares se encontrassem e logo em seguida, a beijou.
    - Isso é o suficiente para provar que sou eu? - perguntou o rapaz de cabelos castanhos mel.
    A bruxa assentiu e o abraçou, de um modo como se tivesse medo de que alguém fosse o tirar dela. Não demorou muito para ele a abraçar também.

A Feiticeira PúrpuraOnde histórias criam vida. Descubra agora