Prólogo

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A última coisa de que se lembrava era um clarão.

Ela ouvia vozes ao seu redor. Palavras desencontradas e atropeladas.

Tinha a estranha impressão de que estava sendo conduzida, deitada em uma superfície nem macia, nem rija, por um corredor abarrotado de gente.

Pessoas que pediam passagem. Gritos e exclamações de preocupação. A lateral esquerda de sua cabeça latejava.

Ela respirava com dificuldade, sua consciência ameaçando abandoná-la novamente a qualquer momento. Tentou lutar para permanecer acordada, esperando assimilar o que acontecia em volta de si. Por que as pessoas estavam gritando, afinal?

Jemma continuou sem saber a resposta. Aconteceu em questão de segundos. Em um momento, o corredor estava apinhado de pessoas gritando e falando sem parar ao mesmo tempo. No outro, não se ouvia vozes, não se via nada. Tudo escureceu.

Ela apagou novamente.

*

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