Crazy In Love ( Sterek)

Eu vou luta por você até o meu último suspiro

Porque eu sou apenas uma rachadura

Neste castelo de vidroNão há quase nada para você verPara você ver

Linkin Park Castle of glass.

 

Stiles: 

- Como assim você não sabe fazer isso? – Perguntei ao ouvir a resposta da Lydia.

- Eu não sei tá lega? Há pouco tempo que eu soube o que era. – Disse Lydia pousando seus braços no balcão do veterinário.

Passei a mão pelo cabelo nervoso. Lydia era a minha única esperança, portanto saber que essa minha única esperança estava se dissipando e eu não conseguia agarrá-la me trazia um nó na garganta. Eu não poderia perder o Derek, não poderia suportar acordar sem seus abraços ou sem ter sua presença.

- Stiles, vamos arrumar um jeito de reverter isso. – Disse Deaton calmamente.

- Quem poderia ter feito isso? – Foi à vez de Peter se pronunciar.

Por um momento havia me esquecido que ele estava ali. Não desviei meu olhar para ele, afinal ainda tinha a lembrança bem fresca do beijo e da vez que ele me agarrou. Eu não conseguia olhá-lo desde então. Era como se sentisse que fossemos ex-namorados e agora depois de conhecer o corpo um do outro, sentia vergonha de se olhar e lembrar-se dos momentos íntimos. Era meio clichê pensar assim, mas era assim que me sentia toda vez que estava perto de Peter. Outra coisa que me deixava intrigado era o forte desejo que sentia por ele. Não vou negar que Peter exalava por todos os poros de seu corpo pura sensualidade. Deus! Se meu pai descobrir que beijei um cara de trinta anos, provavelmente Peter seria um lobisomem morto.

- Alguém com muito poder...

- Um alfa? – Perguntei lembrando-me que um alfa poderia apagar a memória de alguém.

- Não, algo muito forte, capaz de transformá-lo na sua verdadeira forma. – Disse Deaton.

Naquele momento eu tive a impressão que Deaton sabia perfeitamente quem havia feito aquilo com Derek. Percebi sua feição tornar-se tensa. Ele tinha o maxilar tão rígido que podia ouvir o trincar dos seus dentes. Não precisava ser um lobisomem para saber como ele estava nervoso. Deaton não só sabia o que era, mas temia pelo o que sabia.

- O que você sabe? – Perguntei.

Ele abaixou a cabeça em um suspiro pesado. Arrependi-me por o está pressionando, mas não poderia perder meu Derek e precisava fazer isso, precisava trazer meu Derek de volta.

- Só são hipóteses. – Disse ainda de cabeça baixa. Quando enfim seus olhos encontraram os meus, senti um calafrio tomar conta do meu corpo, nunca havia visto aquela expressão séria e repleta de medo. – As memórias dele foram retiradas por alguém da sua espécie um sidhe (fada). – Percebi que Deaton temia minha reação. – Um ser que é capaz de arrancar as lembranças das pessoas, isso faz parte da vida de qualquer ser, ou seja, é uma energia que apenas os seus seres podem roubar ou apenas apagar como no caso de Derek. Fizeram o Derek ser trancado em um estado de hibernação, por isso o único que pode mudar isso é uma banshee. É como se Derek estivesse morto pela metade.

Se não fossem por me apoiar em um dos balcões as minhas costas, certamente teria cedido ao peso que me corpo incrivelmente atribuiu. Meu mundo aos poucos parecia cada vez mais pesado e mesmo com as coisas ao redor parecendo agir em câmera lenta, eu pude ver os gritos desesperado de Derek e o apoio de mãos quentes nas minhas costas. Acho que deve ser mais um de meus ataques de pânico, pois naquele momento eu não escutava o som da minha respiração, nem ao menos a sentia. Meu coração parecia uma máquina, tão acelerado que doía meu peito.