Crazy In Love ( Sterek)

Eu coloquei um feitiço em você

Stiles

A noite foi caindo aos poucos. Paramos em um hotelzinho de estrada, nada muito extravagante nem muito clichê. Era tudo bem simples e eu estava lá sentado no banco do carro vendo tudo a minha volta passar como um borrão.

- Chegamos – Anunciou Derek carrancudo.

Desci do carro sem ao menos esperar para que a porta seja aberta. Olhei em volta e podia ver as inúmeras estrelas que brilhavam no céu. Não havia muito porte de luz, o lugar era pouco iluminado o que deixava bastante luz da lua iluminar o local.

- Bem legal aqui. – Comentei tentando quebrar o silêncio estalado entre nós dois. Derek percebeu o clima. Tossiu um sim e continuou a andar junto a mim.

O hotel não era tão ruim assim, era bem grande e bem arrumado. Não são cinco estrelas, mas são um tipo três estrelas. Era grande, bem arrumado e enfeitado com flores por todo o canto, por dentro a iluminação era clara e bem limpa. Muito diferente do lado de fora que era mal iluminado.

- Quantos quarto senhor? – A recepcionista me analisava perfeitamente. Provavelmente em sua mente se perguntava se Derek e eu éramos namorados, só assim seria fácil de dar ainda mais em cima dele.

- Um. – A mulher tossiu. Digitou algo com seus dedos compridos e entregou um cartão dourado a Derek.

- Quarto trezentos e trinta. – Sua voz era séria e seu modo havia mudado agora ela estava totalmente formal.

- Obrigado. – Ele pagou o cartão e me puxou. Minha vontade era gritar um idiota. Ele não dera a mínima para aquela vadia loira atrás de um balcão.

O quarto era grande e tinha uma suíte. A decoração era simples e a luz não era tão boa assim. Tudo a volta era bem arrumado. Vasculhei cada canto do quarto. Bem limpo para um hotel que na entrada se mostra maltratado.

- Você quer tomar banho?- Olha de Derek pousou em minha panturrilha. Engoli a seco. A sensação de ter um Derek me banhando chegava a ser constrangedor.

- Ah claro. – Ele deu dois passos. Respirei fundo. – Não! – Gritei. – Eu estou bem posso tomar banho sozinho.

Derek olhou-me de cima a baixo. Suspirou irritado, não disse mais nada apenas saiu sem ao menos dar algum gesto.

Sentei-me na cama e fui tirando de vagar minha roupa, gemi quando senti a calça roçar minha panturrilha. Quando já estava de cueca, caminhei lentamente, ou melhor, dizendo aos tropeços até o banheiro. Preparei a água enquanto estava sentado, verifiquei a temperatura. Morna. Perfeito. Agora seria a tarefa difícil. Levantei-me apoiando na parede, segurei firme e levantei a perna machucada equilibrando-me na perna boa. Lá estava eu, com o corpo na banheira relaxando tudo. Fechei os olhos e me deixei sentir a leveza da água.

Não sei o que aconteceu, mas eu acho que dormi, será? Eu acho que dormi. Não sei, mas tudo a minha volta havia mudado, estava sentado com roupas, não estava em minha banheira. Minha perna não doía. Levantei-me calmamente enquanto segurava na árvore temendo cair.

Ao redor a noite se mostrava gélida e escura. A lua que a pouco se mostrava cheia, agora ela era coberta por finas camadas de nuvens que tampava a luz da floresta. As árvores sacudiam com uma brisa leve.

Continuei a andar. Realmente estava sonhando. Ri ao lembrar que dormi na banheira. Fui caminhando até uma luz que via no final da escuridão daquela enorme floresta. Um medo crescente tomou conta do meu ser. Senti um forte arrepio na nuca quando ouvi aquela voz.

Derek?!

"O que você quer com o garoto?"

"Fala sério que se importa com o pirralho?"

Eu conhecia aquela voz, era a voz do loiro que tentou tranzar comigo na caverna. Caminhei mais um pouco até está perto da janela. A luz de uma lareira brilhava toda a parte de fora do chalé. As duas sombras eram bem conhecida aos meus olhos.

"Eu já disse Peter! Eu faço isso pela Cora!"

Engoli a seco, Cora? O que tem ela?

"Não acredito."

A risada do loiro foi tão alta que meus ouvidos estalaram do lado de fora.

"Então não se importará se eu ficar com o moleque?"

Um estrondo... Dei um pulo alto, pulei para um lado e enfiei o rosto na janela entre aberta. Podia ver... Era Derek, ele segurava na gola da camisa daquele loiro tarado.

"Não toque nele Peter. Se quiser ter uma vida longa fique longe dele! Ele é meu".

Era impressão minha ou havia ouvido Derek rosnar. O mais estranho também era que havia ouvido a palavra meu.

"Não posso Derek, já é tarde."

A imagem ficou turva. Estava acordando? Senti como se estivesse distante. Outro barulho se pareceu presente. Era de porta?

-Stiles!

Quando voltei a mim, estava dentro da banheira. Quanto tempo? Levantei-me e vi minhas mãos normais. Busquei meu relógio de pulso que ganhara de presente do meu pai, a hora, havia se passado segundos. Eu acho que cochilei.

- Stiles!

E lá estava eu! Em pé, vermelho como um tomate e um Derek que acabara de arrombar a porta do banheiro. Seu olhar estava perdido por todo o meu corpo. Minha mente processou tudo que se passara, mas de nada saiu.

- Derek!

- Eu sei desculpa.

O Bac da porta foi tão alto que senti tudo ali tremer.

Suspirando, sentei-me no vaso. Merda! Derek era um tarado.

Quando terminei meu banho, sai cheio de vergonha do banheiro, havia um Derek deitado na cama lendo algum livro que provavelmente havia encontrado empoeirado por algum lugar.

- Hum eu terminei. – Ele subiu seu olhar. Analisou todo o meu corpo que ainda estava coberto pela toalha.

Ele se aproximou metros, centímetros, mais um pouco... Eu sentia sua respiração bater em minha face. Respirei fundo, o que ele iria fazer?

- Preciso da toalha. – Ele estendeu a mão. Segurei o ar contendo-me para não derreter diante daquele olhar.

- E- eu levo. – Derek concordou e caminhou até o banheiro.

Quando havia o perdido de vista, cai em uma lufada na cama. Merda... Merda... Merda! O que estava ocorrendo comigo! Como eu fiquei tão enfeitiçado com aqueles magníficos olhos? Eu queria me prender a ele. Gritar para que ele me possuísse! Ah o que eu estou pensando? Vou me vestir.