Apenas um sonho

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Stiles:

A sala era pequena, bem espaçosa se não fosse pelos entulhos que a preenchiam. A luz forte deixava-a com um tom branco, como se fosse  uma sala de hospital.

Fique atordoado ao pensar em hospital, sentei bruscamente no colchão macio e de cor claro. Ao meu redor via remédios juntos de entulhos de algodão. Fiquei desesperado, a primeira pessoa que me veio à mente era meu pai. Se ele soubesse que vim parar no hospital, ele surtaria e provavelmente uns dois policiais ficariam na minha cola depois desse incidente.

- Cara você está bem? - A voz de Scott mantinha-se em um tom elevado, fazia meus tímpanos implorarem por rendição.

- Cara não precisa gritar te escuto muito bem. - Olhei ao meu redor ainda atordoado.

- Onde eu estou? Diga-me que não é um hospital! - Disse desesperado encontrando a saída.

- Não. - Ele sentou-se na cadeira bem desenhada, respirou fundo e apoiaram seus braços nas ambas as pernas. - Estamos na enfermaria da escola. Sua pressão baixou de uma vez. Ainda está com essa de não se alimentar direito? - Seus olhos fitavam os meus, a intensidade de uma resposta que transmitia do seu olhar me fazia querer correr.

Mais um suspiro, só que dessa vez saiu mais prolongado.

- Cara eu estou bem, não sei por que  senti como se minhas fadigas fossem sugadas e nada mais me resta a não ser um alívio. - Scott tinha o olhar distante. Aquilo me preocupou. Perguntei-me o que poderia ele estar pensando, o que talvez eu tenha dito que lhe fez ficar pensativo. Seus pensamentos fizeram perguntas involuntárias se formarem na minha cabeça.

- O que houve Scott porque está tão distante? - Minha voz foi como um gatilho despertando-o de seus devaneios intensos.

Ele sorriu aquele sorriso torto por culpa do seu maxilar.

- Eu vou avisar a Cora que você está bem. Acha que você tem condições de voltar para as aulas?- Perguntou ele preocupado.

Sorri.

- Valeu cara. - Disse agradecido.

Mais um sorriso torto antes de sair pela porta e desaparecer da minha vista.

Depois de algum tempo uma moça robusta cheia de pintas na face veio até a sala. Sua voz calma enchia o ambiente sem vida. Ela havia dito que poderia ir e ter cuidado. Fui medicado com um remédio para o caso de tontura.

Tirei aquela camisola medonha e tomei um banho. Fui convencido de poder pedir desculpas a Cora pela recepção deplorável. Queria apenas arrumar um amigo não desmaiar ao ter a mão apertada por uma garota.

Em meio ao corredor vazio pude vê-la irradiando uma beleza quase de causar inveja, seu cabelo mantinha-se preso em um rabo de cavalo. Sua postura estava de lado e meio tensa, seu olhar era triste, seus lábios abriam-se e fechava-se lentamente. Percebi que conversava com alguém. O homem estava de costa, pude perceber que ele era mais velho que ela, talvez o bastante para ser seu tio, ou pai.

Tomei coragem e caminhei irritado para onde os dois conversavam talvez Cora esteja levando uma bronca e tudo isso era minha culpa.

- Cora. - Disse atrás daquelas costas musculosas e máculas daquele homem misterioso. - Desculpa pelo o show...

Sua feição mudou, tornou-se mais aliviada. O homem continuou de costas. Cora correu passando pelas costas do homem. Sem nenhuma reverência, pulou no meu colo abraçando-me fortemente. Nunca pensei que uma garota teria tanta força. Sendo caridoso retribui seu abraço de urso carinhoso.

O homem virou-se, sua face era carrancuda. Seus olhos verdes preenchiam os meus, sua barba por fazer chamava minha atenção ao ponto de me deixa excitado. Sua estrutura era de um homem que passava a vida na academia. Sua jaqueta de couro preta entre aberta atraia-me a bela visão da blusa fina que realçava seu peitoral musculoso.

Crazy In Love ( Sterek)Onde histórias criam vida. Descubra agora