Sentimentos em crise

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N/A: Desculpa não falar muito por aqui, eu realmente falo muito, mas aqui como não tem a opção notas do autor, fica chato falar no meio da história, por mais que eu identifique como N/A, por isso não comento muito. Não pensem que eu sou antipática, eu sou um amorzinho. Espero que gostem e espero o comentários de vocês sobre a fic.   Boa Leitura.

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Stiles:

Quando eu acordei na manhã seguinte, meus olhos estavam grudados ao ponto de não conseguir abri-los. Murmurei ainda sentando na cama. Minha cabeça doía intensamente, era como se eu estivesse passado à noite bebendo, mas na verdade eu não havia tomado uma gota de álcool. A única coisa que gerou tudo aquilo foi à noite que passei acordado pensando nele. Pois é, eu passei a noite pensando se eu agi certo, ou talvez eu devesse levar as coisas para um lado diferente.

Novamente aquela dor, aquele tormento, aquela tristeza. Eu sentia um vazio invadir meu peito. Fecho meus olhos e lembro-me do momento que eu e Peter estávamos na cama. A cena se passa como um flash. Novamente sinto meu peito se comprimir. Doía tanto, parecia que eu estava o perdendo... Não, eu o havia perdido, eu o mandei embora quando ele se ofereceu. Eu sou um tolo! Mas... E se for melhor assim? Se talvez o fato esteja dele longe de mim ajude com a minha vida normal.

De repente, ouço batidas na minha porta, sei que é meu pai, pois escuto bem sua voz me chamando. Porém eu estou imerso nos sentimentos que eu mesmo causei. Lá estava eu em pleno sábado sentado na minha cama como uma estátua, as lágrimas desciam pelo meu rosto livremente. Eu sentia o tormento, a dor, porque eu queria que ele estivesse aqui? O que eu fiz? Porque eu o mandei embora. Suas palavras pairavam em minha mente, mas eu recusava a dispersar e o mais estranho era que eu me apegava àquela dor.

- Stiles! – Meu pai literalmente arromba a porta do quarto.

Eu continuo imóvel olhando para meus pés. Eles pareciam atraentes... Novamente as lágrimas voltas com aquela dor agonizante.

- Por tudo que seja mais sagrado nesse mundo! Saia desse transe eu estou ficando louco. Vá à casa de Scott, Lydia, Isaac, Cora...

Cora! Exatamente. Ela mora com Peter e se eu... Será que ele me aceitaria novamente? Será que eu seria capaz de me desculpar? Ou se... Mas por que...

- Stiles você pensa muito. – Meu pai jogou-me uma muda de roupas.

- Mas que Porra! – Resmunguei.

- Eu vou trabalhar e antes de eu sair, eu quero você pronto. Como pai isso é uma ordem. – Meu pai estava com uma carranca que eu malmente via nele.

Ele estava cansado, com olheiras bem nítidas e sua aparência parecia de alguém mais velho para a sua idade. Meu pai passava horas na delegacia e bem... Eu sempre o preocupando com minhas crises amorosas. Talvez eu devesse fazer como o meu velho quer. Meu pai no final sempre tem razão, as suas respostas são as mais corretas para situações complicadas, acho que é por isso que ele é o xerife.

Pulei da cama em um salto rápido. Olhei de soslaio para meu pai antes que eu adentrasse a porta do banheiro. Aqueles olhos castanhos profundos e miúdos me olharam com certa gratidão que não precisava ser retribuído. Apenas deixei escapar um sorriso para ele. Não havia palavras, apenas um sorriso e um gesto era o suficiente para agradecer. E assim era a família Stilinski. Quando minha mãe morreu meu pai nunca desistiu de mim, sempre esteve ao meu lado, me confortando, ajudando a curar aquele vazio, e graças a ele eu pude completar aquele espaço que faltava algo. Todas as noites que acordava aos gritos por conta dos pesadelos, ele passava em claro, ao meu lado cantando, me reconfortando até poder dormir novamente. Eu via nele a exaustão das noites mal dormidas, mas mesmo assim ele nunca desistiu de mim.

- Pai! – Chamei colocando metade do corpo para fora da entrada do banheiro. – Eu te amo.

Ele sorriu.

- Eu também te amo filho.

Ele saiu do quarto. Meu pai era o tipo de homem que não gostava muito desses momentos. Sempre o fazia chorar e essa parte, chorar é um das coisas que ele esconde muito bem. Ele sempre preferiu se guardar para ele e mesmo com a morte da minha mãe, eu via que ele se segurava para não desmoronar, mas ele se mantinha como se temesse que seu abalo pudesse me fazer mal. É por isso tudo que me faz admirá-lo.

Depois de tomar meu banho morno e vestir a roupa que meu pai deixou para mim, desci as escadas que dava em direção a sala. Pensei em gritar meu pai e perguntar como eu estou, porém ao olhar a sala e os outros cômodos da casa, percebi que meu pai me enganara pelo o fato de me esperar para ter certeza que iria sair. Deveria ter suspeitado. Meu pai é o xerife e não poderia perder mais tempo, a cada minuto era uma ocorrência para ele resolver. Deveria ter pensando por esse lado.

Peguei a chave do meu Jeep, olhei um pouco para a porta como se temesse ser atacado por ela. Ora Stiles é só uma porta! Respirei fundo e a abri. O sol frio daquela manhã de sábado me invadiu em cheio. Nossa! Como era estranho receber aquela luz fraca do dia. Ao tocar o pé fora de casa, pude sentir a rajada de vento frio que agrediu meus braços com violência. Puta merda! Estava muito frio.

- Preciso de um casaco mais quente. – Voltei correndo para meu quarto. Com o frio que estava fazendo lá fora, eu poderia facilmente pegar um resfriado. "Se é que eu fico resfriado". Não sabia se um Sídhe poderia ficar resfriado, mas ao longo dos meus dezessete anos, eu nunca peguei nem sequer catapora. Talvez deva ser uma vantagem de ser um Sídhe, não ficar doente.

Desci as escadas com o meu casaco mais quente. Estava pronto para ir a casa dele e poder confrontá-lo, sem medo. Na verdade, eu apenas sentia que precisava me desculpa com Peter, mas ao mesmo tempo eu o queria, desejava. Era estranho como fui descobrir esses sentimentos da noite para o dia, quer dizer, de uns dias para cá eu já suspeitava, mas como meu relacionamento com Derek estava perfeito não dei muita importância para essa parte. Achava que era algo passageiro. Talvez fosse, mas quando descobri a verdade, sim, que Derek havia me traído, eu me reconfortei ao lado de Peter e talvez pelo o modo como ele tratava-me deixou aquele sentimento intensificar. Agora eu estou perdido, eu estou gostando dele, talvez não no grau de apaixonado, mas sinto que essa segunda escala se aproxima.

Dirigi até o loft. De repente, o medo de encontrar Derek me abateu de uma forma que tive que parar o Jeep em um encostamento próximo. Eu estava preparado para enfrentar Peter, mas não creio que estivesse preparado para enfrentar Derek. Eu ainda o amo, isso eu não posso negar. Ele foi o meu primeiro em tudo, embora eu passe a maior parte dos meus dias pensando em Peter, eu sentia que uma grande parte do meu coração ainda batia fortemente por Derek.

- Droga! – Soquei o volante quando senti aquele vazio novamente, as lágrimas vieram involuntárias. Eu o amava, mas... Porque ele fez aquilo comigo? De todas as vezes que ele disse que me amava era mentira? Novamente eu havia deixado aquele lado do meu coração me dominar. – Preciso Respirar. – Disse a mim mesmo. Era como se estivesse entrando em um ataque de pânico. Eu precisava sair daquele carro, eu iria morrer ali dentro.

Cai diretamente no asfalto. O ar se prendia em meu pulmão. Merda, merda, merda! Grande Merda! Eu estava tendo um ataque de pânico no meio do nada. Porque eu tinha que se lembrar dele? Meu peito ardia, eu não necessitava do ar, eu precisava liberá-lo, ele estava preso de uma forma agonizante. Eu... Minha visão ficou escura. Ótimo eu irei morrer no meio da reserva. E por causa de um ataque de pânico?

- STILES!

Aquela voz! Eu conhecia. Eu... Sabia. Meu peito disparou como um tiro. Novamente ele me aparece sendo meu gatilho para todas as emoções. Mesmo que eu tentasse, já estava sendo tomado pela a escuridão que inebriava minha visão. Mil vezes Droga! Aqueles braços quentes, fortes, protetores. Era tão bom, eu sabia que estava protegido e que tudo ficaria bem.

- Derek. – Sussurrei seu nome.

- Stiles fique comigo. – Uma lágrima escorreu pela minha bochecha.

Droga! Como eu o amo!  

Crazy In Love ( Sterek)Onde histórias criam vida. Descubra agora