Imaginário

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N/A: ATENÇÃO! ESPERO QUE LEMBREM BEM DOS CAPS ANTERIORES E QUE LERAM COM BASTANTE ATENÇÃO, POIS AGORA VOU BASEAR EM TUDO QUE PASSOU ( Claro que com um pouco/ muito mais mistérios que se juntarão com esses a seguir).

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Derek:

Acordei em uma plena manhã de sábado com o sol da manhã ultrapassando minha janela e preenchendo meu quarto. Droga! Onde estão as cortinas? Tentei levantar, mas uma fraca tontura se apossou do meu corpo.

Abri vagamente meus olhos a fim de acostumar com a iluminação Forte. O que apenas vi foi o estopim para me fazer pular com um salto, mas não de susto e sim de surpresa. Cora estava parada bem enfrente a minha cama, sua postura era rígida, seus olhos pesavam sobre o meu e o seu cabelo escorrido brilhava intensamente com os raios do sol.

- Bom dia...

- Uma almofada atingiu meu rosto em cheio. – Mas que droga! – Ela pareceu não notar minha pequena irritação naquele momento.

- Vá se ferrar Derek. – Aqueles olhos. Merda! Ela soube.

- Você soube? – Minha voz assumiu um tom melancólico. Assim como minha voz algo dentro de mim se intensificou gerando uma onda de melancolia.

- Estamos em Beacon Hills. Impossível não saber. – Ela estava mais que zangada, estava uma pilha de nervos. – Porque não me falou nada? E porque não disse a ele antes...?

- Ah sim claro. Deixa-me ver... Olá amor tudo bem? Eu te traí com um lobisomem alfa maluca. – Já estava de pé, minha expressão se fechou rapidamente ao lembrar-me daquele momento nada agradável. – Vou sair. Comentei. Cora tentou protestar, mas investi mais rápido e sai apenas de calça de pijama rumo à floresta da reserva.

Não me importei em como estava vestido, no momento se isso realmente fosse algo importante, eu estava tão vestido quanto alguém para um casamento.

Ignorei o meu nome que saia de uma forma assustadoramente. Cora gritava meu nome da janela do quarto. Eu já havia pulado e estava correndo para a reserva. Abandonei minha calça de pijama e deixei me completar pela minha transformação completa. Eu não me importo mais, Eu não quero me amarrar mais a esses sentimentos de culpa.

Corri pela reserva quase toda. Passei até certo tempo caçando, mas não para saciar a fome do meu lobo e sim treinar minhas habilidades como caçador. Portanto, Eu apenas corria atrás dos cervos mais na tentativa de assustá-los do que captura-los. Eu não pretendia mata-los a não ser que necessitasse de comê-los, mas naquele momento eu só queria acabar com a Minha frustração. E foi assim pelo resto do dia. Caçando, correndo e me sentindo livre como o lobo que eu sou.

Mesmo diante a tentativa que usei pelo dia para acabar com a Minha frustração eu não conseguia esquecê-lo e principalmente o fato de que o estava perdendo. Eu ainda lembro claramente de como foi seu olhar, sua expressão quando descobriu. Eu fiquei arrasado comigo mesmo. Culpo-me Por não ter contado antes. Será que ele me aceitaria se eu contasse? Será se eu tivesse falado antes nada disso aconteceria? Eram perguntas sem resposta, tanto porque eu não coloquei nenhuma resposta em prática.

O sol já havia sido substituído pela a lua minguante que iluminava a reserva. Continuei minha caminhada sem me importar com a falta de iluminação ou o fato de está no meio de uma floresta no escuro. Eu sou um lobisomem e nenhum desses fatores me influenciaria a nada. Portanto, o que mais me surpreendeu no meio da floresta, mas que não me causara nenhum receio de se aproximar foi à forte iluminação causada por um enxame de vagalumes.

Estava tão próximo que não notei algo mais estranho ou talvez grotesco que saia de uma árvore. Era como se a árvore estivesse cuspindo alguém. Eu tentei segurar a vontade de vomitar. Era uma das piores cenas que eu presenciei em toda a minha vida. Uma mulher bela, vestida em um vestido bordado com pérolas que brilhavam douradas. Ela escorregava de dentro da árvore onde rodopiavam os vagalumes. Como cena de filme de terror ela vinha se arrastando até a mim. Mesmo que parecia impossível, eu podia ouvir seus ossos se descolarem como se sozinhos estivessem voltando para o lugar que deveriam estar. Se fosse de acordo com uma estrutura óssea normal, pois aquela estrutura óssea estava completamente deslocada.

- O-o que você quer? – Droga eu estava gaguejando.

Naquele momento eu me comparava mais a um gatinho indefeso do que um lobisomem alfa. Era frustrante o medo que sentia, minhas pernas pareciam não se mover, eu estava paralisado. Eu nunca havia tido aquela sensação antes.

- Você, Derek Hale. – Mesmo com seus ossos em estalos e seu corpo ainda se regenerava voltando à forma de um corpo estruturado, ela arrastou-se até a mim com sua perna esquerda ainda torta. – Quero que você me procure até o por do sol de amanhã nesse mesmo lugar. – O rosto foi se desfigurando, intercalando entre a beleza jovial e algo mais para "horrendo, estilo filme de terror".

- E porque eu deveria fazer isso...? – Péssima pergunta.

Os dedos gelados tocaram minha pele, eu podia sentir não só o arrepio se instalar na minha pele, meu lobo sentiu, minha alma parecia está sendo congelada. Um frio que eu nunca senti, ou imaginava sentir tomou posse do meu corpo, os pelos dos meus braços eriçaram automaticamente. Era como se tivesse ligado o ar-condicionado mais potente que poderia existir, deixando-o de frente a mim.

- O medo só existe nas nossas mentes Derek. – Meu nome saiu em um sussurro frio. – E eu estou sendo o seu medo.

Imagens desfiguradas, os corpos da minha família, o incêndio. Eu via Stiles no topo de uma pilha de corpos ensanguentados e queimados. Era como se eu estivesse presenciando o maior pesadelo da minha vida. Foi então que percebi em como eu estava tremendo. Meu corpo estava gelado, minha expressão pálida.

- Pobre criatura inocente... – Aquele hálito frio batia diante do meu rosto. Eu estava estático, diante daquele rosto que se intercalava assustadoramente. Minha respiração era ofegante e pela primeira vez eu soube o que Stiles sentia quando tinha um ataque de pânico. – Acorde!

Dei um salto gigantesco ao ouvir a voz fria penetrar meus tímpanos. Corri o olhar rapidamente ao meu redor. Eu já não estava mais na floresta, eu estava... No loft, deitado na minha cama.

- Então tudo não passou de um sonho? – Perguntei para mim mesmo. Estava suado, ao mesmo tempo congelado. Estranho eu ainda sentia frio...

- Não. Tudo isso é real.

Oh não! Aquela voz fria de novo. Era tudo real.

<<< Continua

Crazy In Love ( Sterek)Onde histórias criam vida. Descubra agora