Crazy In Love ( Sterek)

Raro quase impossível, mas não impossível

Alguns minutos antes do incidente:

Eu estava de frente a um portal, gritando a todos os pulmões o nome de Derek, via ele se esticar para me alcançar, mas parecia uma tarefa difícil. Estico-me para tocá-lo, mas ele me reaprende. Eu estou desesperado e louco para poder abraçá-lo, mas aquele portão era a barreira que nos cercava.

Derek fala várias coisas, mas não consigo compreender, no entanto, consigo entender quando ele diz que quer passar a eternidade comigo, que me ama. Aquela declaração encheu meu peito da mais pura alegria e a minha vontade era pular aquele maldito portal e poder abraçá-lo. Era desesperador, me sentia carente e ao mesmo tempo com frio por não ter o seus braços me cercando protetoramente. Chamo por ele, clamo seu nome e peço que ele se lembre de mim. Agora, eu estou derretendo em lágrimas e meu peito se comprime cada vez mais que me imagino sem ele.

...

Depois do incidente:

O portão se fecha e eu encaro o nada. Derek não está no quarto e eu continuo sozinho. Grito de frustração. Meu peito dói tanto que é difícil respirar. Apoio na cabeceira da cama, buscando o ar que eu preciso, mas parece que ele não vem. Olho os papéis encima da cama e algo me surpreende ao ver a cara de Derek estampado em todos eles. Eu realmente queria demonstrar alguma surpresa – pois antes, eu não via a imagem de Derek e nenhumas das suas informações naqueles papéis, estavam todos brancos, como se nunca tivessem escrito neles – mas é difícil ficar surpreso, já que meu ar parecia ter sido arrancado à força de mim.

Escuto a porta abrir bruscamente e dela, sai um Scott de expressão pálida. Ele ver como estou curvado em busca de ar, enquanto da minha boca só sai sons finos. Scott bate nas minhas costas e tenta falar algo, mas a voz dele parece distante. Eu estou o olhando com os olhos esbugalhados e realmente, eu não entendo nada do que ele tanto está falando.

De repente, sinto meus lábios sendo pressionado com certa brutalidade. Meu ataque de pânico cessa no estante em que Scott cola seus lábios nos meus. Eu o olho incrédulo, enquanto pisco várias e várias vezes esperando acordar do que para mim é um pesadelo.

- Você está...

Não o deixo terminar, eu o empurro e taco-lhe meu travesseiro. Merda! Era o meu favorito.

- Qual é o seu problema? – Ele me olha incrédulo.

- Você... – Aponto o meu dedo indicador em sua direção. Eu estou tremendo como se terremotos estivessem tomando conta do meu corpo. – Você me beijou. – Faço uma careta.

Scott rola os olhos e suspira.

- Eu não sabia o que fazer ok? Você estava ficando roxo e só me passou isso na cabeça. – Ele cruza os braços e olha para o chão. – Ninguém precisa saber disso, nem mesmo o Derek.

- Sim... – Então eu percebo que ele comenta sobre o Derek. Dou um pulo da cama e agarro seus ombros o sacudindo. – Você se lembra do Derek? Scott! Você sabe quem é o Derek?!

Ele me olha meio assustado.

- Stiles, você está tomando remédios errados? É claro que eu conheço aquele lobo filha de uma mãe! Nunca me esqueceria dele. – Scott tinha a expressão séria. Rio ao ver suas sobrancelhas unidas, formando uma expressão carrancuda. Sério, Scott não combina com essa expressão estilo Derek Hale.

- Onde ele está... ?– Não termino minha frase, já que da porta do meu quarto surge um Derek cheio de folhas e gravetos engatados em seu cabelo. Porque diabos ele está como se tivesse brigado com várias árvores ao meso tempo? Quer saber, eu não estou a fim de procurar resposta agora. Corro em sua direção e o abraço. Sinto o cheiro de terra molhada vindo do seu corpo. Seus cabelos parecem um ninho de passarinhos, desarrumado e cheio de folhas e gravetos.