O nascimento

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Stiles:

O tempo passava tão de pressa, que eu malmente percebia. Às vezes, eu queria desacelerar o tempo para que o momento do parto ficasse cada vez mais distante. No entanto, minha barriga já estava enorme, parecia uma melancia. E céus! Como aquilo incomodava como minhas costas doíam. Pergunto-me até agora, como minha mãe me carregou durante nove meses. E suas costas? Não doíam? A minhas estavam me matando. Ah, eu esqueci. Minha mãe não carregava um ser sobrenatural dentro de si. Se bem que sou um Sidhe, mas mesmo assim não se compara a algo que eu carrego.

Estava sentado no sofá do loft de Derek, via um filme qualquer na televisão, ao meio das minhas pernas estava um balde de pipoca. Eu o devorava como se não houvesse amanhã. Ao meu lado, Derek rodeava seus braços ao redor do meu ombro. Às vezes conseguia sentir os músculos rígidos por cima da camisa.

O filme era algo sobre comédia romântica, mas eu mal liguei. Sentia dores em minhas costas e aquilo estava me incomodando. Deixo o balde de pipoca em algum canto do chão para fechar as pernas e buscar melhor apoio no sofá para minhas costas.

Remexo-me no sofá e saio do cerco dos braços de Derek. Ele lança-me um olhar resmungão e ao mesmo tempo questionador. Dou de ombros e o ignoro completamente. A dor nas minhas costas parecia que iriam ma matar cada vez mais.

– Está tudo bem? – Derek perguntou quando notara minhas caretas.

Eu apenas concordei. Deitei minhas costas e suspirei aliviado. Sentia uma imensa dor.

Derek tocou em minha mão, notei que ele sugava minha dor. Veias negras circulavam livremente ao longo de seu braço. Empurrei seu braço para longe de mim. Ele fez uma careta e rosnou. Quando tentou novamente me tocar, eu dei um ligeiro tapa em sua mão.

– Nem tente – Disse e Derek rosna para mim.

– Você sabe o que aconteceu da última vez – Digo, lembrando-me da última vez em que Derek sugava minhas dores. Eu não queria machucá-lo novamente.

Sinto uma dor aguda na barriga. Encolho-me um pouco e murmuro algo baixo, enquanto massageio a barriga e peço calma ao meu chapinha.

– Que se foda – Derek pegou em minha mão e sugou minha dor. Eu queria protestas, mas o formigamento e o alívio que senti me fizeram afundar no sofá. A dor se fora e eu me sentia tão bem. Digamos que me sentia revigorado.

– Você está bem agora?

Derek tinha uma linha de suor em sua testa. Ele agora parecia um tanto exausto. Acho que minhas dores não são tão normais para se sugar com facilidade. Toco em sua mão. Como eu queria poder sugar sua dor.

– Vamos passar por essas juntas, se sentir dor, eu sentirei também – Derek sorriu.

Dei um beijo em sua testa e o abracei. Meu chapinha mexeu-se inquieto em minha barriga.

– Ele gostou de você – Digo.

Derek sorriu e passou a mão em minha barriga lentamente. Vi um sorriso esticar seus lábios. Uma covinha apareceu em sua bochecha. Derek deitou em minha barriga e voltou a acariciá-la. Ele a mexia e sorria quando sentia nosso chapinha dar um chute.

– Ele – Derek sorriu. – Ele chutou. Ele tem um coração forte.

Sorri. Derek deitou em meu colo. Mexi em seus cabelos, enquanto ele continuava absorto aos sons que nosso chapinha fazia em minha barriga.

E assim Derek dormiu. Agarrado a minha barriga. Um sorriso agora projetado em seus lábios. A expressão tão serena e tão linda. Imaginei nossa família. Nossos momentos juntos, eu, Derek e nosso chapinha.

Crazy In Love ( Sterek)Onde histórias criam vida. Descubra agora