Daniel, Diogo, Noah e Abiner, entraram na carruagem, um breve silêncio pairou dentro dela, mas logo o conselheiro abriu a boca e começou seu falatório ansioso.
- Ouvi dizer que Ladriel é um reino muito lindo.
- Sim, temos uma grande extensão de terras. -afirmou Diogo tentando roubar a atenção de Daniel mexendo em suas borboletas. - Elas não vão embora? -perguntou tentando provocar.
- Por acaso manda seus leões embora, quando eles querem estar perto de você? -perguntou Daniel expressando uma ligeira raiva.
- Meus leões são obedientes, não tenho problema com esse tipo de coisa. -Daniel apenas virou a cara, estava cansado demais para poder discutir. - Dormiu bem?
- Não consegui dormir...
- Espero que a culpa seja minha. -todos encararam o rei. - Desculpe... -Daniel riu de como a cara dele ficou vermelha, afinal ele não poderia mentir mesmo que quisesse.
- Você foi um dos motivos... -Daniel ficou ainda mais vermelho e abaixou a cabeça dando um ligeiro sorriso.
- O que acha dos sentimentos de seu rei? -perguntou Abiner bem baixo para Noah.
- Isso não me diz respeito. -respondeu meio grosseiro.
- Já percebi que não seremos amigos...
Alguns minutos se passaram, Daniel estava caindo de sono, mas não conseguia dormir em uma posição tão desconforto, além do vestido, as borboletas por algum motivo não queriam deixar ele, Diogo o observava tentando não rir da cena, Noah se concentrava na janela e Abiner no anel em forma de dragão no dedo de Noah.
- Esse anel é dado a matadores de dragão. -com o comentário, Abiner chamou a atenção de todos.
- Minha família foi de grandes matadores de dragões, até eles serem instintos e só restar esse anel de lembrança dos tempos antigos. -Noah olhou fixamente para Abiner.
- Eu também venho dessa linhagem. -Abiner tirou uma corrente de dentro da blusa, haviam dois anéis com símbolo de dragão. - Meu avô matou um dos últimos dragões que existia. -Noah deu um sorriso largo que raramente aparecia em seu rosto.
- Legal, por que virou conselheiro então?
- Meu pai passou a vida me ensinando isso, acabei tomando gosto por aconselhar os soberanos...
- No entanto agora não tem rei para aconselhar. -no mesmo momento Abiner ficou sério. - Quer dizer...
Ele parou de falar e encarou a janela novamente, Daniel não resistiu ao sono, acabou caindo no ombro de Diogo, que imediatamente o deitou em seu colo e fez sinal de silêncio para Abiner e Noah, ele sorriu e começou a passar a mão no rosto de Daniel, tentando tirar os cabelos de sua cara, porém eles insistiam em cair.
Já era tarde, quando eles chegaram a uma taberna e hospedaria que ficava no meio do caminho, Diogo acordou Daniel devagar mexendo em seus braços.
- Angelina... -dizia.
- Ah... -Daniel se levantou com a cara marcada pelo sono.
- O que a bela princesa vai querer comer? -Daniel o encarou como se não entendesse nada, minutos depois se recompôs.
- Vou querer... vamos comer aqui?
- Não podemos ficar na taberna, precisamos nos manter seguro, ou podem tentar algo contra...
- Não confia em seus súditos? -perguntou tirando parte das poucas jóias que usava.
- Princesa, a ladrões por essas bandas...
- Não gosto de ficar trancada, as borboletas são livres, se ficar aqui a viagem inteira ficarei louco... louca!
- Tudo bem...
- Mas meu rei... -suplicou Noah que já estava do lado de fora.
- Eu confio que você e Elen vão nos proteger.
Eles tiraram seus adornos que chamavam atenção e foram para a taberna, aos poucos as borboletas de Daniel foram se espalhando.
- De quem foi a estúpida idéia de trazer o rei e a princesa para esse lugar? -perguntou Elen para Noah, demonstrando seu nervosismo.
- A própria princesa! -afirmou Noah tedioso.
- Que interessante! -disse Diogo olhando a velha faixada do local. - Não me lembrava de ser assim.
Ao entrarem no local as poucas pessoas que haviam ali os encararam, mas logo voltaram ao que estavam fazendo, como se eles fossem um grupo comum de pessoas, Daniel foi na frente e escolheu uma mesa, uma senhora bem gorda e super simpática se aproximou dele.
- O que os viajantes vão querer? -ela tinha um sorriso largo e amigável. - Sugiro o prato do dia, é uma sopa excelente!
- Vou querer! -disse Daniel retribuindo o sorriso, enquanto os outros olhavam com estranheza. - E vocês?
- Pode ser o mesmo...
Diogo sentou ao lado dele, todos se acomodaram na mesa redonda de madeira, foi quando, a porta se abriu de forma violenta e vários homens fortes, usando armaduras azuis entraram.
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Borboleta no vale da morte.
FantasyEstou certa a dizer que a maioria das pessoas gosta de contos de fadas, porém isso é algo muito idealizado, sempre uma princesa e um príncipe, algumas pessoas tem um ponto de vista diferente desse "ideal" eu sou uma dessas pessoas. Sinopse: O reino...