Filho? (20)

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  Após fazer os curativos, Diogo deitou na cama e ficou encarando o teto, enquanto Daniel ia ao banheiro.

- No que está pensando? -perguntou Daniel saindo​ do banheiro, e secando o cabelo.

- Em como vou convencer a todos que você é homem, sem ter que mostrar seu corpo nú...

- Sou tão afeminado assim?

- Pior que é... Vem aqui.

- Tenho que me vestir. -disse mexendo nas roupas do armário.

- Não precisa, venha.

- Certo... -Daniel se sentou ao lado dele usando apenas uma toalha, Diogo a tirou e fez ele deitar.

- Posso? -perguntou encarando todo o corpo de Daniel e mordendo os lábios.

- Sim...

  Diogo começou a o acariciar e beijar por todo corpo, tirando alguns gemidos do rapaz, que aumentaram quando ele chegou no membro duro.

- Diogo... -Daniel o puxou e começou a tentar tirar as roupas dele também, logo os dois estavam nú, aos beijos, por alguns segundos pararam e se olharam, com os olhos sedentos, um pelo outro.

- Você está pronto? -perguntou passando a mão pelas coxas de Daniel. 

- Sim. -afirmou sem muita segurança na voz, e abrindo as pernas devagar, Diogo ficou no meio delas.

- Me avise se doer. -ele se encaixou nas nádegas de Daniel, e o penetrou, arrancando gemidos altos do rapaz, Diogo começou a ficar ainda mais excitado, logo não estava mais se controlando, puxou Daniel com força para mais perto de si e fez ele mesmo se mover, no meio dos rápidos beijos, gemidos incontroláveis ecoavam pelo quarto.

  Enquanto Daniel e Diogo consumavam seus desejos carnais, Abiner corria de um lado para outro, louco de preocupação, afinal, de acordo com o plano, o rei já deveria ter acordado, encontrado sua esposa "morta" e ido comunicar a todos, mas isso não aconteceu, Noah ficou intrigado com tanta preocupação.

- O que foi Abi? -perguntou segurando o braço dele e o fazendo encarar.

- Nada... é que até agora o rei e a nova rainha não deram notícias... -Noah riu.

- E provavelmente não daram notícias até amanhã, isso é bom, assim posso tirar o dia de folga... quer ir fazer alguma coisa, comigo? -Abiner ia recusar, mas ficar parado no palácio não ajudaria em nada.

- Tudo bem, onde vamos?

- Que tal a cidade? -eles foram andando em direção a saída, quando Abiner ia abrir a porta, Elen foi arremessada para dentro e caiu no chão. - Elen! -Noah a segurou, mas a mulher imediatamente levantou e empurrou ele.

- Vá proteger o rei, ela está aqui! -enquanto ela falava, uma mulher de cabelos negros longos, olhos azul claro, usando um longo vestido preto e muito bonita, entrou. - Corram!!! -gritou Elen empunhando a espada.

- Onde está o rei Diogo? -perguntou a mulher mexendo as mãos, logo Abiner e Noah perceberam que era uma bruxa, não qualquer uma, mas Adriela, a bruxa mais poderosa, que jogou uma maldição na família real.

- Você não é bem vinda aqui, sua bruxa maldita! -disse Elen se preparando para atacar, Noah também se preparou, Abiner sabia que nem mesmo os dois eram pariu para ela, então tentou correr para avisar Diogo, mas a magia de Adriela o puxou para trás.

- Deixe que eu mesma me anúncio para o rei.

  Elen e Noah atacaram, mas foi em vão, apenas serviu para serem arremessados contra as paredes. Adriela foi andando pelos corredores, até que chegou no quarto do rei, ela abriu as portas, Diogo estava deitado com Daniel sobre seu peitoral, a bruxa o encarou com espanto.

- Filho?!!! -gritou ela andando até eles.

- O que faz aqui maldita? -perguntou Diogo, se colocando na frente de Daniel.

- Vim assim que senti, que a maldição foi quebrar, mas não esperava que meu próprio filho tivesse feito isso...

- Daniel não é seu filho, você está louca, o que quer? -perguntou se levantando.

- O que eu queria não importa, você pegou meu filho! -Daniel abaixou a cabeça e parecia não ter reação. - Vou te matar!

- Não! -Daniel puxou Diogo e se colocou na frente dele. - Não ouse tocar nele, vou lhe odiar pelo resto da vida se fizer isso.

- Espera, Daniel, você é mesmo filho dela? -perguntou percebendo que o rapaz tinha intimidade em falar com Adriela. 

- Sim...

- Como isso é possível?

- Quando fiz o trato com sua mãe e ela o descumpriu, fui para Erisene, em busca de algo que acalmasse minha fúria, chegando lá encontrei um homem que se dizia camponês, começamos a nos envolver, logo descobri que estava grávida, e quando nasceram, percebi que meu amante na verdade era o rei de Erisene, afinal, não é normal conceber gêmeos com desenho de asas de borboletas nas costas, então decidi ir atrás do rei, incrivelmente a rainha sabia da história, ele pediu as crianças, mas me recusei a dar, porém com o tempo eles acabaram me convencendo, de que uma bruxa não poderia viver com duas crianças nos braços...

Borboleta no vale da morte. Onde histórias criam vida. Descubra agora