Father or Boyfriend

Nightclub-2

... Não perdi minha virgindade como sempre sonhara, mas perdi com que realmente queria.

Eu realmente estava cansada dessa ''rapidinha'' como Justin disse. Eu tenho a certeza que para ele isso não foi nada, ele só fez sexo comigo porque realmente eu o tinha provocado naquela dança. Porém, pra mim não foi apenas a necessidade falando mais alto, também foi o amor. Um amor que me cega toda a vez que Justin está do meu lado. Um amor que sempre me abandona junto com Justin. Eu não sei como ele ainda não percebeu que eu o amo. E talvez, seja melhor assim. Eu até já cansei de perguntar a meu coração o porque de Justin ser o tal. Nunca obtenho resposta. 

- Eu acho melhor a gente voltar lá para dentro - Justin sussurrou acariciando meus cabelos.

Nós estava-nos descansando juntos, ainda não percebi o porquê de Justin não me ter deixado aqui, deve de estar com pena de me ter tirado a virgindade num lugar como esse, ou simplesmente não tem nada melhor pra fazer. 

Justin estava sentado no chão encostado na parede já vestido, assim como eu. E eu estava com a cabeça em suas pernas olhando o nada e sentindo arrepios toda a vez que Justin acariciava meu cabelo. Já estávamos mais calmos. A respiração de Justin já estava bem controlada, mas a minha, acho que está pior agora do que quando estávamos transando. 

- Também acho - minha voz saiu tímida, eu estava envergonhada. 

Me afastei dele e levantei-me, logo a seguir ele se levantou se colocando na minha frente, eu sentia meus olhos marejados, eu iria chorar a qualquer momento. Não que eu esteja arrependida de te-lo feito com Justin, porém não ouve amor nenhum no ato, pela parte de Justin. 

- Bels eu... 

- Alex e os amigos já devem ter chegado, vou indo - eu não queria ouvir nada dele, eu nem a sua voz queria ouvir. Eu apenas queria sair de perto dele o mais rápido possível, antes que começasse a chorar na sua frente. 

- Alex? - Perguntou irónico e agarrou meu braço - Agora vai dar pra ele é? - cada vez apertava meu braço com mais força.

- Você acha que eu sou o quê? - tentem me soltar dele, mas era impossível.

- Vadia? - arqueou as sobrancelhas e riu debochado. 

- PARA JUSTIN, PARA, EU VOU DAR EM DOIDA POR SUA CAUSA, ME DEIXA, FOGE COM A MINHA MÃE, VAI PRO INFERNO COM ELA, MAS ME DEIXA EM PAZ PORRA - explodi, eu necessitava de gritar. E se eu fosse gritar tudo o que estava entalado em minha garganta provavelmente não sairíamos daqui nem amanhã.

Justin me empurrou contra o chão, me fazendo gemer de dor, todos os cabelos cobriram minha face, e para minha admiração, eu ainda não estava chorando.

- NÃO GRITA COMIGO CARALHO - ele sentou-se em cima de minha anca e agarrou fortemente meus ombros - EU NÃO ADMITO QUE GRITEM COMIGO, VOCÊ JÁ DEVIA SABER - levou uma das suas mãos até minha face e a apertou - eu não quero te magoar - sussurrou - POR ISSO NÃO GRITA COMIGO - gritou novamente. 

Ele ficou me encarando, seus olhos não desviavam dos meus, e por incrível que pareça eu também não conseguia desviar meu olhar do dele. A dor em minha face se intensificava cada vez mais, no entanto não era o que mais me magoava, era sim o olhar de ódio que ele me transmitia. 

- Você está me magoando, deixa-me. - com as mãos livres agarrei seu pulso, fazendo o possível e o impossível para que ele larga-se minha face. 

- Agora preocupa-se com a dor? - perguntou já mais calmo, mas sem largar minha face.

- Eu deixei de me preocupar com ela à muito tempo - revirei os olhos - agora me solta, que eu tenho uma noite pela frente, com Alex.

- Então, depois de ter fodido comigo, vai foder com ele? - perguntou debochado e me largando, logo saiu de cima de mim, e eu me levantei, sem a ajuda daquele idiota.