His laughter

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Depois de quase três dias naquela porra, que o mundo chama de hospital. Finalmente estou em meu quarto, olhando o sol nascer. Eu não havia pregado olho essa noite. Agora que Justin e mamãe não estão mais juntos e Justin não está mais nessa casa, tudo parece tão vazio. Tão sem ânimo. Eu sei lá. Não é a mesma coisa. É claro que eu não gostava que ele estivesse aqui por causa de mamãe. Porém, agora eu não sei o que ele está fazendo. Ou com quem está. 

Quando ele estava nessa casa, eu sabia aonde ele estava, e com quem estava. E agora, eu não faço a mínima ideia.

Me virei para o outro lado suspirando. Eu queria ligar pra ele, perguntar como ele estava, ouvir sua voz. Mas, eu preferia ele aqui do meu lado. Me beijando, me acariciando, me olhando. Mas agora ele está na casa de seu pai. Eu acho. Talvez comendo uma vadia. Ou talvez fazendo nada mesmo. Enquanto eu que estou aqui, pensando num idiota como ele, mas que faria tudo o que pode-se e não pode-se para o ter do meu lado.

Farta de estar na cama, me levantei. Como sol já tinha dando o ''bom-dia'' a Los Angeles, e eu não conseguia pregar olho, fui até o banheiro e tomei meu banho matinal. Hoje eu teria que ir na escola, tenho faltado muito ultimamente. E eu não quero reprovar por faltas. Não mesmo. 

Saí do banheiro ainda enrolada na toalha branca e macia e fui até ao closet, vesti minha roupa interior e logo depois algo simples por cima. Uma camiseta branca e uns jeans bem justos. Calcei uma bota pelo tornozelo preta e vesti uma jaqueta também ela preta. Fiz uma maquiagem simples, apenas para disfarçar a cara de sono. Então, não, não era uma maquiagem assim tão simples. 

Voltei para o quarto e peguei em minha mochila. Eu tinha que ter cuidado com as minhas costas, pois elas ainda estava doloridas, apesar de já não  ter que andar com um ''pano'' em minha volta, tenho que manter o cuidado e tomar os comprimidos para as dores. Respirei fundo e coloquei minha mochila com cuidado nas costas antes de sair do quarto. Desci as escadas e fui para a cozinha tomar meu pequeno almoço, e onde encontrei lá mamãe.

Sua expressão era de tristeza, seus olhos estavam inchados. Talvez de ter chorado. Com certeza que era por ter chorado. Eu sinceramente não gostava nenhum pouco de a ver assim. Era minha mãe, foi ela que me pôs no mundo. Eu preferia estar sentindo sua dor, do que ver ela sofrendo. Sempre fui assim. E acho que sempre serei. 

- Bom dia! - me sentei ao seu lado.

- Bom dia! - respondeu sem ânimo algum e sem me olhar e continuou comendo sua torrada com geleia. 

Preferi não dizer mais nada, pra quê? Ela de certeza que não irá me falar nada, e nem precisa, eu sei o real motivo da sua tristeza. Peguei em uma torrada e coloquei Nutella. Sim, eu prefiro mil vezes chocolate, do que geleia. Odeio geleia. 

Assim que mamãe acabou de comer se levantou. Não sei porquê, mas meu olhar foi para sua barriga e já se podia ver um pouco de barriga. Ela estava grávida. Grávida de Justin. Ele realmente é como os outros homens. Diz que ama, fode, fode mais, depois engravida a namorada e dá o baza. 

Suspirei, apesar de não querer ver eles justos, Justin não pode simplesmente fugir das responsabilidades. Não pode. Qual é? É assim? Engravida e depois foge? Comigo não funciona assim. E talvez hoje eu tenha uma conversa com ele. Uma conversa séria. 

[•••]

As aulas da manhã já tinham terminado, e agora estava na hora do almoço, onde eu e Jessie almoçava-mos em um restaurante bem perto da escola. Eu estava cansada, e hoje eu não iria treinar volei, por causa de minhas costas, contudo eu iria com Jessie, e assim poderia ver Justin. Agora é a única maneira de nos vermos. Na escola. Onde mais nos veríamos? Lá está, em mais lado nenhum mesmo. 

Father or BoyfriendOnde histórias criam vida. Descubra agora