Chapter XVII

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WAIT... WHAT DAY IS TODAY?

Harry

Eu percebo que ele se surpreendeu com a minha fala quando noto seus glóbulos oculares se engrandecerem, tornando sua expressão extremamente surpresa.

— Você ouviu. - ouço sua voz fraca proferir o que me parece ser dito mais para ele mesmo do que para mim.

— Sim, Louis, eu ouvi. - escuto meu coração dizer.

Eu estava com o peito lotado de carinho e afago, minha respiração irregular valorizando ainda mais meu nervosismo. Ele me amava. Há muito tempo eu não escuto essa ínfima declaração implícita nessas três palavras, por isso, sentir essa sensação de ser amado por alguém mais uma vez me provoca um sentimento de super poderes, como se eu pudesse fazer tudo nesse momento, afinal, eu nunca jamais sonhei em ser amado por alguém de novo devido às circunstâncias das quais eu vivo agora.

Observo seu olhar e vejo um lampejo de esperança transcendente em seu azul e me permito dizer aquelas três palavras que mais cedo ouvira de seus lábios. Eu tinha plena convicção daquilo e estava, desesperadamente, louco para dizê-lo.

— Louis, eu também amo você. - dito isso eu, involuntariamente, abro um sorriso envergonhado. Eu costumo ficar sem graça quando a pauta é expor sentimentos.

Vejo Louis também abrir um sorriso iluminado, evidenciando suas ruguinhas no canto exterior de seus olhos. É... eu verdadeiramente o amo.

Noto uma lágrima escorrer por sua face e eu, levado pelo coração, chego mais perto e com meu polegar enxugo a recente gota salgada de sua pele.

- Olha só, se alguém me dissesse algum dia lá no começo que nós estaríamos nos declarando no quintal da sua casa, eu ligaria para um manicômio para mandar internar essa pessoa porque eu claramente iria achar impossível. - gargalho de seu comentário. Realmente qualquer pessoa que falasse isso eu acharia que estava louco, afinal, até Louis, eu não tinha deixado ninguém entrar nessa casa.

— E olha só pra gente agora, deitados numa cama com os sentimentos acalmando o coração dolorido um do outro. - me permito aproximar-me, levando minhas mãos a seus cabelos e realizando um carinho em suas madeixas lisas.

— Não poderia ter escolhido melhor cenário. - fala e eu me recordo do jardim bem cuidado a minha volta.

—Eu não acredito que você arrumou essa fonte. - falo olhando para o anjo em seu topo. Era lindo.

— Eu falei que reestruturaria seu jardim não falei? E não foi tão difícil assim, o mais chato foi ficar validando o sinal da tornozeleira.

Fala e como um baque eu me recordo da minha situação. Não era certo fazê-lo passar por isso. Eu estava preso e, por Deus, eu nem me recordava se eu tinha de fato praticado o assassinato.

— Desculpe-me por isso. - falo em um pedido sincero. Eu odiava do fundo do coração essa porra de situação.

— Ei, não precisa se desculpar, eu sabia disso tudo quando tive a brilhante ideia de trazer a estante de discos, esqueceu? Eu quero isso tanto quanto você e estou aqui, de braços e coração abertos para fazer isso dar certo. - fala e me lança um sorriso reconfortante, aquele sorriso que implícito diz "tudo vai ficar bem".

— Eu realmente te amo, Lou. - falo e ele logo me corta.

— Lou? - fala revelando uma expressão brincalhona.

— Por que não Lou? - digo entrando na brincadeira.

— Já estamos na fase dos apelidos melosos então? - fala engatinhando na cama e vindo em minha direção. — O que será que eu devo chamá-lo, Harry? - agora seu rosto está a milímetros de distância do meu, seu respiração corta minha pele e eu foco meu olhar em seus lábios, os quais se encontram em um sorriso presunçoso e uma expressão do tipo "quem não consegue controlar seus instintos agora?"

— Você está brincando com fogo, Jardineiro... - não resisto a um sorriso quando silabo o novo apelido.

Louis solta uma risada e balança de leve sua cabeça em negativa.

— Você me dá licença então, que o seu jardineiro aqui irá beijar a sua mais preciosa flor.

E com esse seu último comentário, avança em meus lábios e beija-me intensamente, passando suas pequenas mãos em meus cabelos, puxando meus fios levemente.

Eu arfo quando noto seu volume por baixo de sua calça e, agora, completamente a mercê de minha excitação, corro minhas mãos por sua barriga me deliciando por toda sua pele quente e, quando chego em meu objetivo, o aperto suavemente, recebendo um gemido sofrido de Louis em resposta.

Sorrio em meio ao beijo e vejo Louis descer seus lábios para meu pescoço, deixando leves mordidas que parecem pequenos choques deixados por minha pele ansiosa por mais.

Seus lábios chegam em meu lóbulo e com sua língua ágil, desenha pequenos riscos abstratos que me deixam louco. Um arrepio percorre a minha espinha e um gemido escapa meus lábios.

Louis satisfeito com seu trabalho para de chupar meus lóbulos e, com a respiração arfante, sussurra em meu ouvido.

— Eu estou até escutando as sirenes dos bombeiros, será que eles estão vindo para cá apagar seu fogo, Harry? - fala e eu abro um sorriso. Ele não para de fazer piada nem em momentos como esse.

— Eu também estou escutando essas sirenes... - abro meus olhos instantaneamente. Espera aí, que dia era hoje?

Ouço o barulho das sirenes cada vez mais perto e meu coração acelera deseperado.

— Puta que pariu, Louis! Hoje é dia de vistoria aqui em casa, os policiais devem chegar a qualquer momento! Eu estou fodido! - levanto meu torso da cama e vejo louis arregalar os olhos com um misto de decepção e pavor em sua expressão.

— Harry, como você pôde se esquecer disso? - fala e o vejo arrumar seus cabelos já se direcionando para saída dos portões.

— Você me deixa assim, Louis! Porra, eu nunca tinha esquecido disso! - falo passando as mãos pelos cabelos, desalinhando ainda mais os fios já bagunçados.

— Nem venha colocar a culpa em mim! - Louis se defende.

— Tudo bem, me desculpe. - falo me aproximando. - Outro dia nós terminamos o que começamos hoje. - susurro em seus ouvidos.

— Pode ter certeza que eu irei cobrar. - fala e com um selinho de despede abrindo o portão, porém, vejo seus olhos quase saltarem para fora enquanto vejo fechar o metálico e barulhento portão e voltar assustado para mim:

— Eles estão vindo para cá, Harry! - sussurra dando pulinhos nervosos e roendo suas unhas freneticamente.

Eu emudeço e me petrifico, somente voltando a realidade quando Louis coloca suas braços ao meu redor e me sacode, fazendo-me pensar novamente.

— Debaixo da cama! Rápido! - falo e o empurro levemente para apressá-lo.

Quando eu viro-me para olhar o portão, três policiais devidamente fardados e armados alinham-se em frente a minha casa. Engulo em seco e com a minha maior expressão de cordialidade vou em direção a eles.

— Senhores. - abaixo a cabeça em sinal de continência. — Se atrasaram um pouco hoje não? - falo rindo em pensamento. Foi por muito pouco.

 °☆°☆°☆°

Demorou mas chegou hahaha e então, o que acharam do capítulo? Foi por pouco, não?

Como será essa vistoria hein? Ai ai...

É isso, fiquem bem e até o próximo, se vocês tiverem alguma dúvida ou queiram mandar uma sugestão ou comentário, meu cc está no meu perfil 🤗

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Beijos xx ;)

I Believe You | l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora