I WANT TO WRITE YOU A SONG
Harry
Quando as circunstâncias da vida vida não o favorecem, resolva com música. Quando tudo parece estar perdido, quando se sentir no fundo do poço e a água começar a sufocar sua garganta, quando você sentir que está prestes a ter um colapso nervoso e explodir de tristeza e solidão, faça música. Ela cura as piores cicatrizes, sejam elas emocionais ou físicas. E se você tiver uma inspiração, seja ela a mínima que for, use e abuse dela. Eu já tenho a minha.
O garoto desengonçado dos olhos azuis.
Preso em uma casa vazia, perdido a milhões de pensamentos e acompanhado por um violão. Esta seria a sentença que mais retrata a minha frustrante e medíocre vida. Por um lado é até revigorante ficar sozinho, ter um momento de sossego e placidez, mas essa quietude toda acaba desestruturando o seu psicológico quando você olha em volta e tudo que vê são móveis, quadros e paredes. Ninguém é feliz sozinho, acredite.
Voltando ao garoto de olhos azuis. Esse assunto de solidão já foi tema pra muitas composições. Agora eu tenho outra e melhor inspiração. Ele.
Comecei a rabiscar o papel em uma tentativa de estruturar meus pensamentos. Digamos que meus sentimentos pelo garoto de olhos azuis estão um tanto quanto bagunçados. E olha que eu o vi somente uma única vez.
Quando percebi já havia escrito uma linha da canção.
Maybe one day our eyes will meet each other
Sorri com o verso escrito. Talvez... talvez.
Continuei compondo a música. Agora, com o violão em mãos para poder colocar as notas musicais e iniciar a partitura.
Maybe one day I will tell you all my secrets
Maybe one day I will never be able to stop loving you
Maybe one day this "maybe" turns forever
Ever.
Terminei a estrofe e decidi iniciar a melodia da canção. Dedilhei os dedos pelas cordas do violão e comecei a tocar a recém criada composição. Decidi por deixá-la bem simples e calma, com poucas modulações, o que criaria uma vida maior à música seria o ruído grave e rouco de minha voz.
Enquanto testava as variações de tons e desfechos na entonação escutei alguém bater palma na frente da minha casa. Parei o que estava fazendo e fui averiguar quem estava me tirando da minha composição sagrada inspirada nele.
Quando realmente vi quem era suspirei, eliminando a indignação iminente que tinha se apossado do meu corpo pela ruptura da produção musical que ainda não tinha nome. Era Miranda, uma vizinha que docilmente me abastecia com suprimentos alimentícios e de higiene. Nunca entendi esse seu comportamento e essa preocupação comigo mas também nunca lhe perguntei sobre. Afinal, quanto menor contato com pessoas, melhor seria aceitar a minha situação. Reduzia meu diálogo com as pessoas ao mínimo possível. E com essa senhora não seria diferente.
Ah, esqueci de contar a vocês uma coisa. Ela passou a comprar essas coisas para mim depois que ela me encontrou roubando algumas maçãs de sua propriedade, eu lhe expliquei que estava sem comida em casa e ela, gentilmente, me deu uma torta de frango, sobremesa de morango e algumas boas garrafas de água. Acho que achei o motivo pela qual ela tem esse sentimento de preocupação por mim. Ela deve achar que eu sou um ordinário, ou preguiçoso.
A partir de então ela me compra todas essas coisas. Eu não reclamo, afinal, não quero morrer de fome não é mesmo. E minha mãe não se importa com isso. Ela só paga a conta de luz, água, enfim, somente cuida da parte burocrática em ter uma casa, somente para realmente se certificar que seu filho terá uma "casa" para morar e poder contar para suas amigas socialites que este não está mais na prisão comum judicialmente falando. Mal sabem elas que eu estou escondido fingindo estar solto. Minha vida é uma completa bagunça.
Parei de devanear para prestar atenção em Miranda.
— Olá lindos olhos! - a senhora me saudou. Ela sempre me chama assim, resolvi não contrariá-la. Eu até gosto desse apelido. - Eu trouxe a sacola de alimentos e higiene que sempre trago, espero que não tenha esquecido de nada lindos olhos, e vê se sai um pouco de casa, nunca o vi se divertir, um homem lindo desses não deve ficar preso em uma casa desse jeito. - terminou de falar dando um sorriso amigável, aqueles que só as avós sabem dar, sabe? Eu também retribuí um sorriso somente por educação, mal sabe ela que eu não posso sair de casa. E prefiro que nunca saiba.
Peguei as sacolas e agradeci com um aceno. Quando a senhora saiu de minha frente eu me deparei com uma cena que eu jamais esquecerei. Puta que pariu olhos azuis!
°☆°☆°☆°
E aí larries o que será que o harry viu do outro lado da rua em??? Comentem aí e não esqueçam de votar se gostaram do capítulo viu?!
Beijooos e até o próximo!!! xx :)
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I Believe You | l.s.
FanfictionApós 4 anos encarcerado, Harry Styles é liberto das paredes imundas da cadeia para viver isolado em um casarão. Sem amigos ou familiares, Harry finda raízes cada vez mais fundas em sua própria dor, afinal, ele estava sozinho. Mas não por muito tempo...