Chapter VII

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TIC TOC

Louis

Depois do momento constrangedor e da troca quase torturante de olhares com o meu vizinho que, por Deus, eu nem sei o nome, eu continuava olhando a casa a minha frente na esperança de alguma movimentação, alguma comunicação, eu não aguentava mais essa vizinhança mal comunicativa, esse diálogo inexistente permanente nessa rua e nesse bairro estava começando a me dar nos nervos!

Depois de me martirizar cruelmente o suficiente por não fechar a janela antes de tocar-me hoje mais cedo eu pude organizar o resto da mudança, tinha chegado mais algumas caixas de discos de vinil hoje mais cedo, tratei logo de organizar tudo na linda estante do quarto.

Quando sentei no sofá, lembranças da manhã nada tranquila de hoje praticamente brotaram em meus pensamentos e eu decidi não sentar naquele sofá tão cedo. 

Decidi-me por fazer um sanduíche. Enquanto vasculhava a geladeira à procura da geleia de morango eu percebi que ela já estava precisando de algumas horas no supermercado. Quer dizer, mercadinho, já que aqui o máximo que você irá encontrar é uma mercearia familiar rústica e bem pequenininha, melhor que nada não é? E eu acho muito fofas!

Depois desse pensamento também pude notar que, para comprar os suprimentos necessários para a sobrevivência de qualquer ser humano você precisa de dinheiro não é Tomlinson? Merda, eu tinha que procurar emprego!

A dúvida era, onde?

Foi aí que eu tive uma ideia um tanto quanto absurda devido as circunstâncias previamente estabelecidas.

Bom, eu adoro flores, as minhas favoritas são dália, pelo degradê de cores que lindamente caracterizam esse tipo de flor, principalmente as dálias azuis; tulipas, pela grande diversidade de cores, dessas eu não tenho cor preferida, se fosse para deixar um jardim repleto de tulipas coloridas eu deixaria; e por último, claro, rosas, elas sempre ganham, tanto pela forma externa quanto pelo seu significado, amor, paixão, delírio, entrega. 

Com essa minha obsessão por flores e um jardim completamente destruído do vizinho a frente eu pensei, por que não unir o útil ao agradável?

Será que olhos verdes aceitaria um jardineiro para cuidar de seu jardim e transformá-lo em um louvável viridário?

Descobriria tentando.

Depois de decidir-me finalmente e unir coragem à necessidade em arrumar um emprego, abro a porta de casa e me direciono à Casa Adams. Seria muita inconveniência minha abrir o portão novamente e ir direto à porta?

Bom, eu já fiz isso antes, acho que não terá problemas se eu tentar novamente, pelo menos eu espero que não tenha problemas.

Passando por cima da vergonha, pelo flagra mais cedo e tentando esquecer a promessa inconsciente de que ele me devia um orgasmo... onde eu estava com a cabeça para pensar tamanha obscenidade, eu ao menos sei seu nome, eu, provavelmente, devia estar pensando com a cabeça de baixo!

Cheguei a porta dele e dei três batidas discretas, mordendo os lábios em ansiedade e soando a palma das mãos pelo nervosismo, escuto a porta sendo destravada e a maçaneta girando. Prendo a respiração e só solto quando vejo o tão sonhado olhos verdes me olhando de um jeito estranho, tinha raiva, espanto, frieza e algo que eu realmente não conseguia decifrar, seria angústia?

Tentei espantar esses pensamentos, por que eu tinha esse vício em interpretar seu olhar? Foco, Tomlinson! O emprego, o dinheiro, profissionais não analisam o olhar alheio!

Quando ia finalmente perguntá-lo sobre o emprego ele me corta rapidamente:

— O que você está fazendo aqui? - falou nervoso olhando repetidamente para o relógio - Você ainda não entendeu que ninguém pode entrar aqui? - ninguém? o que ele quer dizer com isso? 

— Desculpe-me, eu só estava querendo perguntar algo, profissionalmente, afinal eu sou novo aqui na vizinhança e...

— Eu não me importo se você é novo na vizinhança ou vive aqui há 50 anos eu só quero que você saia imediatamente da porra da minha casa!

Eu recuei dois passos.

Quem ele pensa que é para tratar as pessoas assim? Foi ai que eu vi a tatuagem de rosa em seu antebraço e como um clique eu percebi tudo.

— Olha aqui, se você está me tratando assim pelo que aconteceu mais cedo eu quero que saiba que aquilo foi um descuido meu, eu sinto muito que você teve que presenciar tal ato mas você não me pareceu nem um pouco incomodado visto que o volume em sua calça estava mais do que grande! - terminei de falar e me arrependi imediatamente. Eu e minha boca grande!

Ele me pareceu atingido com minhas palavras, porém, não tive tempo para decifrar seu olhar novamente - você tem que parar com essa mania Tomlinson - porque ele já tinha agarrado meu braço e, impetuoso, me levou para uma parte escura de seu jardim. Depois de finalmente me soltar ele parece respirar aliviado, olhando diretamente para seu tornozelo. Espera um pouco, aquilo era uma tornozeleira?

— Essa foi por pouco, muito pouco. - ele diz ainda com a respiração cortada e, quando me olha, seu olhar me parece perdido, definitivamente, aquilo em seus olhos é angústia.

De repente um sentimento de compaixão apossa meu corpo e eu almejo, desesperadamente, ajudá-lo.

°☆°☆°☆°

E aí? Harry e Louis irão finalmente trocar algumas palavras! Cadê o Aleluia hahaha

Enfim, digam o que acharam, comentem sempre, eu amo ler o que vocês estão achando, suas reações!!!

Votem se gostaram do capítulo e compartilhem a histórias meus amores, por favorzinho ;)

Bom, até a próxima e me digam, vocês preferem capítulos pequenos ou maiores como esse?

I Believe You | l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora