DOUBTS
Louis
Abri meus olhos preguiçosamente e me estiquei na cama me espreguiçando. Tinha dormido uma ótima noite mais uma vez. Os pesadelos decorrentes à noite da morte dos meus pais já não se faziam mais presentes em meu conturbado inconsciente. Harry tinha feito a delicadeza e o favor de tirá-los de lá.
Já havia se passado alguns dias de idas e vindas à casa a frente, dias que eu nunca esquecerei. Ah! E eu já levei meu toca discos okay?
Com o intuito de fazer uma surpresa para Harry, decido logo me vestir para ir agora cedinho ao seu jardim cuidar de suas flores. Elas estavam judiadas e sem a beleza tão característica dessas plantas. Precisava torná-las vivas novamente para, quem sabe, transformar a vida de Harry mais colorida e cheia de beleza e placidez.
Chegando ao seu portão, termino de prender o relógio de pulso em minha pele, afinal, eu precisava controlar o tempo certinho para que nenhum policial inconveniente estrague minha surpresa para ele.
Comecei minha "missão jardinagem" pelo canto onde tinha a cama, a estante de discos e o toca discos. Limpei como pude a área, retirando os galhos secos e moldando as plantas. Pude notar uma pequena e quase destruída roseira. Restava ali somente uma rosa vermelha, surpreendi-me com a força da coloração vermelho-sangue da única flor sobrevivente a todo àquele redor de destruição. Achei lindo e resolvi deixá-la em completo destaque. Seria nosso amuleto.
Segui com a missão para uma cascata que deveria estar passando água lindamente por suas pedras, porém, estava presa a raízes e folhas mal cuidadas, junto a areia e água parada provinda, provavelmente, da chuva. Com alguns utensílios de jardinagem que eu trouxe de casa - e com frequentes indas e vindas para validar o sinal da tornozeleira - eu pude enfim limpar a cascata que agora dava valor a sua preciosidade. Depois de bem cuidada pude notar um anjo com asas lindas no topo da cascata, um belo símbolo para esse jardim que aos poucos retorna à vida.
Continuei na parte da frente da mansão e, depois de terminar a limpeza e reestruturação das plantas, com o cuidado necessário para tentar mantê-las vivas, eu fui em direção à parte mais ao fundo do imenso jardim. Cronometrei os minutos que eu precisava e segui em direção ao que mais parecia um matagal que um jardim. Enquanto caminhava notei a presença de um muro de mármore deteriorado pelo tempo e rodeado de galhos secos e limo. Chegando mais perto percebi a presença de uma maçaneta. Okay, isso é uma porta. Pra onde será que ela me levará? Meu senso comum, infelizmente, não é igual ao de todo mundo que provavelmente sairia daqui sem se quer tentar abrir a porta. Eu sou um curioso nato. Nasci pra desvendar mistérios e talvez me arrepender depois de descobri-los.
Olhei no relógio e vi que eu tinha 1 minuto e 59 segundos para dar o fora dali. Teria que ser rápido.
Com a ajuda de uma pedra pontiaguda que encontrei perto da porta consegui abri-la. Logo um lance de escadas se monta em minha vista. Entrar ou não entrar? Harry irá me matar? Talvez.
Decidi por correr esse risco. A curiosidade era maior. Desci as escadas o mais rápido que consegui visto a dificuldade perante a pouca luminosidade do local. Tentei olhar o relógio de novo e não consegui enxergar as horas com exatidão. Estava ferrado... e curioso. Chegando ao final da escada uma janela permitiu a entrada de luz e eu me assustei com o que vi. Um quadro saturado de fotos, rostos e rabiscos. Imagens chocantes de um corpo em pedaços. Tamanha inumanidade me desperta um sentimento de medo. Seria aquilo um quadro para descobrir a causa de um crime ou a tentativa de tentar acobertá-lo? Um arrepio me tira dos devaneios e eu olho para o relógio. 16 segundos restantes. Eu preciso correr!
Subo o mais rápido que consigo. Suor escorre livre por minha pele. A adrenalina corrente pelo meu sangue caracteriza meu estado: pupilas dilatadas e coração acelerado. Consigo fechar a porta de mármore e logo corro ligeiramente para a área segura, livre do sinal que ativa a tornozeleira.
Chegando lá, ainda trêmulo, tento normalizar minha respiração e tentar assimilar a cena anteriormente vista. O quadro, as fotos, a prisão domiciliar do Harry, sua empatia perante ao mundo, seu anti socialismo, seria ele doente? Assassino? Psicopata?
Um turbilhão de questionamentos explodem minha consciência e eu não faço a menor ideia das respostas, e, nesse momento, eu duvidei da inocência de Harry.
°☆°☆°☆°
Capítulo curtinho mas intenso hahaha. Como será o encontro do Louis com o Harry depois desses acontecimentos ein?
Espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar o que estão achando e deixando sua estrelinha se gostaram do capítulo, seu incentivo é muito importante pra mim (:
É isso, fiquem bem e até a próxima ;) xx
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I Believe You | l.s.
FanfictionApós 4 anos encarcerado, Harry Styles é liberto das paredes imundas da cadeia para viver isolado em um casarão. Sem amigos ou familiares, Harry finda raízes cada vez mais fundas em sua própria dor, afinal, ele estava sozinho. Mas não por muito tempo...