capítulo 2 - Segunda-feira

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     Sam havia pegado no sono por cerca de vinte minutos. Vassilisa precisou pular a janela do quarto para abrir por dentro e estava muito zangada. Ela puxa as cobertas da filha mais velha que desperta assustada e sentasse na beirada da cama. Esfregou as mãos no rosto, ainda sonolenta , espreguiça-se e pergunta:

_ Onde está Lina? _ Encara com um olhar semicerrados a sua mesa .

_ Ela ainda está dormindo, acho que andou brincando a noite de novo. _ Para um estante de falar e presta atenção na expressão do rosto de sua filha. Ela iria brigar com ela, mas deixou para depois pois acabará de perceber o quanto Sam estava abatida. E como ela cresceu. A raiz do cabelo está a mostra. Uns três dedos..

(Nossa, realmente estou distraída com minha responsabilidades de mãe. )

        Então uma onda de culpa invade Vassilisa. Tentando se auto enganar, ela pergunta :

_ Sam, você está pálida. O que anda fazendo?

       Samantha ainda estava olhando suas coisas sobre a mesa, quando aquela pergunta tombou sua segurança. Disfarçadamente, ela levanta com toda a energia que têm e começa a arrumar a cama. Vota-se para mãe e então diz:

_Estou ótima! Melhor nunca estive... eu estou arrumando a cama, que barulho foi esse? _ Disfarça olha para porta .

_Não ouvi nada. _ Contra argumenta a mulher.

_Vamos levanta, tem que arrumar sua irmã para mim. Faça o café. _  Vassilisa sai do quarto e caminha no sentido do banheiro.

( Minha nossa.. Isso tem que parar! )

Seu telefone vibra. Ela olha a tela, estava escrito no número "Emma" .

_ Bom dia, Et. _ Fala desanimada em um suspiro prolongado.

_ Bom dia Tartaruga que desânimo cara. _ Fala na outra linha, sua melhor amiga Emma. Ex colega de classe, agora , aluna do terceiro ano. Gosta de música Indie pop. Ama unicórnios e extraterrestre. Usa muito rosa e lilás. Tem problemas em relacionamentos longos.

_ Tive uma noite ruim, só isso. _ Ela não estava afim de falar disso. 

_ Pesadelo outra vez? . _ Perguntou a amiga, já conhecendo bem sua melhor amiga Tartaruga.

_ É. Mas dessa vez eu estava perdida numa mata e Tigres me atacaram. _ Samantha conta resumidamente, ainda sentindo o bafo quente do Tigre que havia pulado nela naquele pesadelo.

_ Uau! Então minha Tartaruga, já está pronta? o ônibus vai sair daqui do ponto de casa dentro de 5 minutos. Você têm 15 minutos até chegar aí! _ Emma desliga a chamada.

( Já deve saber que estou mega atrasada) Pensa Samantha enquanto corre ao guarda roupa .

(o que vestir ? Dane-se.) Sam pega uma calça jeans, meias e se senta na cama colocando tênis.

       Depois de se arrumar, ela arruma apressadamente sua mochila para ir na aula. Joga um livro para dentro e outros tantos para devolver na biblioteca. Tira seu caderno de aula e se esquece de coloca-lo de volta. Fitando a pequena caixa de madeira que ela guardava brincos, ela percebe a pequena caixinha que ela guardava algo especial.

      Abriu a caixa e o pegou da pequena caixinha de veludo azul que um dia pertenceu a um colar que ganhara de sua vó, antes dessa morrer. Ela segurou o colar em suas mãos e estranhamente ele lhe despertava um sentimento de frio e calma.

     Dedilhou este, percebendo seus mínimos detalhes. Ele tinha um cordão castanho escuro, traçado em cordas finas que lembravam uma trança de cabelo. Ao redor da pedra principal, um material de prata que tinha detalhes em espiral. A pedra central era de um tom azul escuro só quando Samantha segurava e quando o soltava, ficava escuro. Atrás desse, haviam siglas em um idioma que ela nunca viu na vida. Mas chutaria que era bem antigo, embora estivesse em boas condições.

Conforme o segurava, ela se lembrava do dia que o encontrou:

      Era uma quinta-feira, semana passada. Samantha havia fugido da aula de química e passava o bosque da escola, rumo a estrada do outro lado. Era um dia chuvoso e estava frio. Ela apressou o passo e a chuva parecia estar de olho nela.

     A garota correu tentando se escapar da precipitação que caía do céu. Avistou uma imensa árvore ao norte. Correu até ela e ficou em baixo dessa, se protegendo de baixo dos grandes galhos e folhagem. Seu tênis estava todo embarrado e ela sabia que adiantava de nada ficar ali. Pois estava se molhando igual. Suspirou e correu outra vez.

       A chuva abrandou aos poucos e ela passou na berrada de uma grande poça, vendo algo brilhar entre a lama. Curiosa, ela se abaixou e pegou o montinho de terra, tentando desfazer o montinho com a própria água da poça. Segundos depois, o bolinho de terra se revelou um colar. Intrigada e ainda na chuva, ela o lavou como podia na poça de água e o guardou nas vestes fugindo do bosque. A partir daquele dia, algo a dizia que ele era importante e não sabendo ao certo a razão, Samantha o manteve escondido.  Principalmente da sua mãe, pois ela era supersticiosa e dizia que o que se acha na rua, na verdade já tem dono. Mas Sam havia gostado do colar e preferiu ficar com ele. 

Samantha Jackson  e a Profecia do Colar da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora