- Mãe, vamos conversar lá dentro. - Pediu Sam, mas a mãe chegou já dando um tapaço na boca dela, deixando Aron chocado por ela agir daquele jeito. Coitado, ele ainda não tinha percebido quem era Vassilisa.
- Sua ordinária! Vagabunda! - Ela tinha um cinto na mão, começou a espancar Samantha, mas Aron se enfiou na frente e levou uma cintada no pescoço, ficou vermelho.
Ele arrancou o cinto da mão de Vassilisa e levantou Samantha do chão, pedindo com a pouca paciência que tinha para a mulher se acalmar e para de gritar, porque todos da rua acendias as luzes e saiam nas janelas para ver o escândalo. A mulher queria arrebentar a filha, pouco ligou para Aron, empurrou ele e deu-lhe um soco na boca, foi o suficiente para distrai-lo e pegar o cinto de volta.
Aron pegou o celular e ligou para policia, passou o endereço e explicou que precisavam vir logo, porque não não poderia conter a mulher e se ele revida-se, seria preso. Aron estava em um dilema. Vassilisa começou a gritar com Samantha e a bater na garota, mas Sam estava ferida, machucada e apanhando na frente de Aron, ela não suportou a humilhação.
- Você é uma louca de pedra! - Disse Sam se afastando, sentindo as pernas arder pois tinha caído no chão e tinha ferimentos ainda cicatrizando de ontem á noite.
- Senhora! Pare com isso! Eu chamei a policia! - Aron puxou Sam e tentava mante-la atrás dele, para que Vassilisa não a machuca-se mais ainda.
- Senhora é a sua mãe! Saí da minha frente cacete! - A mulher estava indignada.
Havia recebido uma carta de denuncia de maus tratos infantil, abuso sexual e um mandato de prisão caso agredisse Samantha novamente. Ela ficou puta. Precisou sair mais cedo do trabalho, passou na delegacia e descobriu que sua filha havia denunciado ela e que para policia ela era um animal. Ela desmentiu tudo. Disse que bateu só para educar e que não era nada demais. Mas então viu as fotografias de Sam e também foi informada que ela sofria de depressão e faria terapia. Aquilo tudo era uma legitima baboseira exagerada para ela. Voltou ao trabalho e acabou criando caso com um cliente em um pedido. Acabou sendo demitida por justa causa e agora ficaria em casa durante a noite.
Poucos minutos depois, a policia chegou em duas viaturas e os policiais viram Vassilisa no fraga. Ela estava espancando a filha com o cinto, a menina gritava no chão e o rapaz tentava tirar a senhora de cima da namorada. Os policiais acionaram o alarme e Vassilisa tomou um choque, ficou pálida, parou de bater na filha.
- Senhora, está presa por violência doméstica, abuso sexual, pega em flagrante e abuso de poder, perdendo a guarda de suas filhas. A senhora será presa e ficará a noite na delegacia. - Disse um deles, era o mais alto, magro, cabelo curtinho. O parceiro dele ia atrás de Vassilisa com algemas, enquanto um dos outros policiais da segunda viatura segurava a agressora.
- Eu quero um advogado! Essa vadia está mentindo! Eu me descontrolei, porque ela é mentirosa! Me soltem seus idiotas! - Vassilisa foi algemada e presa, entrou na viatura á força.
- Desculpem a demora. Precisam de uma ambulância? Teremos que levar vocês também, para a moça fazer corpo delito e depoimento. Você também precisa ir. - Disse um dos policiais.
- Eu vou, vem. Ai meu Deus... - Aron ajudava Sam a levantar e então viu como o rosto dela estava acabado, seus olhos massados e seu nariz sangrava sem parar.
- Eu preciso... - Ela mal conseguia falar, precisava ligar para Emma e pedir para amiga ficar com a irmã.
- Samantha! Pode ir, eu cuido da sua irmã! - Disse a vizinha, Filipa que geralmente cuidava de Medussalina.
- Obriga... - Mas Sam desmaiou, só não caiu no chão porque Aron pegou-a no colo. Ele juntou a mochila dela também, indo em direção ao carro.
- Venha rapaz, vamos cuidar dela. - Disse o policial mais forte, era negro e devia ter por volta dos quarenta anos.
- Obrigado. - Disse ele, colocando ela no banco de trás do carro da policia com cuidado. E depois fechou a porta, deu a volta, sentando do outro lado e deixando a cabeça de Sam no seu colo.
O carro andou e foram para delegacia. Aron fazia carinho no cabelo de Sam, ele pensava muita coisa ao mesmo tempo, mas principalmente que ele havia se enganado sobre Vassilisa, ela não tinha jeito, era doida. Ele havia dito para Sam tentar conversar com ela em uma das conversas ao longo do dia, mas agora entendia o quanto era arriscado para ela. Ele temia por Samantha. Ao menos se sentia um pouco mais tranquilo, porque depois disso, com certeza Samantha ficaria longe da mãe dela.
Chegando na delegacia, Samantha acordou e chorou muito. Ficou abraçada com Aron e mesmo prestando depoimento, segurava a mão dele. Quase duas horas depois foram liberados. Os policiais deram uma carona para os dois, deixando-os na casa de Samantha. Vassilisa ficou presa e o pai de Samantha viria pela manhã para leva-las para casa dele.
Ela recebeu remédios para dor, curativos e estava com uma faixa no rosto, tapando o olho esquerdo. Em casa, ela entrou, tirou o calçado e teve uma conversa rápida com Filipa, agradecendo a ela por cuidar de Lina que estava dormindo há horas. Quando a vizinha de foi, ela ofereceu refrigerante para Aron e ele aceitou.
- Como você está? - Ele estava preocupado, ela estava muito quieta. Ele entendia a situação, mas não entendia nada do que estava havendo.
- Mal, mas vou ficar melhor quando tiver você aqui, juntinho de mim para me ajudar a esquecer disso tudo. Lamento ter estragado nosso encontro. - Disse ela, entregando o copo de refrigerante para ele.
- Você não tem culpa e não estragou nossa noite, porque estamos junto há horas. Então vem aqui. - Ele deu um beijo na testa dela e fez carinho na nuca dela, evitando os lugares onde ela estava machucada.
- Passa noite comigo? - Pediu ela, não querendo que ele fosse embora.
- Claro. - Aron se sentiu mais aliviado por ele ficar ali, podia não fazer muito, mas tentaria protege-la.
Depois de um bom banho, vestiu o pijama e fez um novo curativo nas pernas. Chamou ele para o quarto e se sentiu um pouco constrangida, pois iriam dormir juntos sem fazer nada. Ele estava com tanto sono e ela tão cansada que pouco depois de deitarem, já pegaram no sono. Eles acabaram dormindo no quarto da mãe dela porque era o único comodo com uma cama de casal. Havia a de solteiro onde a mãe dela dormia sempre e a de casal que ficava ali esquecida.
Sam dormiu primeiro, pois tomou os remédios e o sono veio rápido. Aron pensava se Vassilisa sairia da cadeia e que ele não queria que Sam fosse para outra cidade, embora fosse só duas horas de carro, era muito longe dele. Ele estava apaixonado pela garota e não abriria mão dela, nem que tivesse que pedi-la em casamento ao sogro. Isso o fez rir porque seria loucura. Adormeceu e sonhou com o pai de Samantha, raptando sua namorada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Samantha Jackson e a Profecia do Colar da Lua
AvventuraSamantha Jackson é uma garota especial, mas apenas duas pessoas no seu mundo sabem disso. Confinada à uma rotina monótona e uma vida sem grandes expectativas, ela vive cada dia após o outro até que a chegada de uma pessoa de sua vida passada...