Capítulo 18- O Tempo cura tudo?

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      Cerca de Três meses haviam se passado desde toda grande confusão gerada pela  denúncia de abuso contra Vassilisa. Ela perdeu a guarda das filhas e ficou presa por um mês, até conseguir recorrer e saiu da prisão, tendo que ficar em prisão domiciliar por um ano. Samantha Jackson e sua irmã, a pequena Medussalina viviam com o pai e embora a menina estivesse gostando muito, Samantha não podia dizer o mesmo. 

          A garota estava prestes a fazer dezoito anos, mas se sentia presa em um labirinto sem saída. Ela não tinha um relacionamento com o pai, na verdade nunca teve um, mesmo quando conviviam juntos. Mas agora, mesmo estando morando com ele outra vez, ela sentia que toda essa situação era forçada. Ele não pretendia viver com elas, estava bem casado com uma mulher que tinha a metade da idade dele, quase a idade de Sam. A mulher era vulgar, porém fingia muito bem gostar de Lina e isso para o idiota do pai de Sam era suficiente. Vivian, passava o dia em casa, no bingo e nas compras. Ela era rica porque seu ex-marido era rico e morreu de causas desconhecidas e ela herdou tudo. 

        Samantha tinha acabado a escola, as férias de verão haviam chego, no entanto ela trabalhava e não podia exatamente curtir as férias da temporada. Mas estava feliz por ter um trabalho tão bom e com ele independência. Ela pretendia fazer dezoito e alugar um apartamento e levar lina junto com ela. Ela só tinha que resolver com quem deixaria a irmã, uma vez que ela não poderia ficar sozinha a noite e Emma estava ocupada resolvendo as coisas do seu bebê e estava prestes a se mudar para um bairro mais distante. 

        Na janela do quarto ela estava sentada, pensando em como sua vida tornou-se esse caos. Quarto que não era dela, mas diziam ser pois era onde ela dormia e tinha seus pertences. Para ela aquele não era seu quarto, não era seu lar. Era uma medida temporária. Ali, ela chorava quieta e desejava entender porque sua vida era tão difícil. (Será que eu mereço isso tudo? Passar por esse inferno? )Pensava ela, prendendo seu cabelo em um coque alto. 

          Cansada de se lamentar, ela saiu da janela e decide trocar de roupa, por que embora ela estivesse trancada ali no friozinho de 4ºC,  lá fora fazia pelo menos 29 ºC. Era verão, sua irmã estava brincando na piscina enquanto Vivian tomava coquetéis e pegava um bronze. Vestiu um vestido bem leve, de cor verde clarinho, bem discreto. Uma cinta pequena só para dar um toque na cintura, de cor castanho e calçou uma sandália castanha do mesmo tom. Colocou seu colar favorito, aquele que tinha um ar misterioso. Pegou sua bolsa, guardou a carteira, chaves, cigarros, esqueiro, fones de ouvido e pegou o celular da cabeceira da cama. Mandou uma mensagem para Aron: 

Sam: Oi, como está? Eu estou precisando pegar um ar e esquecer a vida, topa? 

       Ela enviou a mensagem e esperou que ele não demorasse. Arrumou a mochila do trabalho, uniforme limpo, botas, uma agenda onde anotava suas ideias e canetas. Fechou o guarda-roupa, pegou seu diário que estava no fundo da mochila e anotou algumas coisas, só para passar o tempo. Quando estava quase no fim, ouviu o chiar do telefone. Desbloqueou a tela e abriu a mensagem, era dele. 

Aron: Oi Garota Problema, estou em casa sem fazer nada. Adoraria. Vem me buscar? 

          Ela riu imaginando ele pensando que devia comprar um carro para ele também, mas ele sempre argumentava que não sentia necessidade. Pois se ele precisa-se ir em algum lugar, havia Ônibus, Metro e também Sam para leva-lo de carona. Sim, Samantha tirou a carteira de motorista e comprou um carro usado que não era muito carro. Meio salário dela e foi suficiente para a papelada e o carro. Canadá tinha suas vantagens nesse e muitos outros aspectos. Respondeu-lhe e em seguída desligou o ar-condicionado, saindo do quarto com a mochila nas costas e a bolsinha na mão. 

Sam: Certo, daqui a pouquinho estou aí. Me espera com um sorvete pelo amor de Deus! 

          Andando pela enorme casa exagerada de Vivian, ela sentia a diferença climática absurda. Sim, a casa era dela, por que embora fosse do pai de Sam, a mulher vivia mais na casa do que o próprio dono. Samantha foi para área aberta do quintal, onde estava a piscina e rolava música.

Samantha Jackson  e a Profecia do Colar da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora