Dentro da fábrica em si, era tudo colorido! Parecia de plástico de tão perfeito. Alguns funcionários estavam por ali, Aron cumprimentou-lhes e apresentou Sam de modo casual, o que deixou ela mais a vontade.
Eles deram um olá simpático e seguiram seu dia. A relva era de um tom verde lima, bem vivo e florescente. As árvores tinham uma forma curva e diferente do normal, e eram coloridas. Haviam árvores de pirulitos, de algodão doce e até de churros.
Não dava para imaginar quantos metros tinha só aquela sala. Além das árvores tinham outras plantas em vasos, flores que em vez de botões ela tinham pequenos gominhos de bolo de chocolate. Uma etiqueta no vaso dizia :
"Em teste, Flor de Cup Cake. Cuidado, não coma. O bolo pode estar cru por dentro."
Havia uma Cachoeira imensa, bem no fundo, mas ela era simplismente linda! obviamente quando seus olhos a viram, a garota pensou se seria possível ser real. *( Afinal, quem seria louco o suficiente para pôr uma Cachoeira dentro de uma fábrica? )
Como se não fosse surpreendente o suficiente, havia uma fonte de chocolate belga que estava sendo temperado por uma placa de mármore em um tipo de engenhoca que girava e deixava o chocolate mais liso e brilhoso. Do outro lado, tinha uma plataforma onde uma esteira em movimento lento , nela contém bolinhos com formas semi circulares , onde ao cair a calda quente, a esteira para. Era uma fonte de Petit gâteau. Havia também um informativo " caseiro , fofo e esplendidamente delicioso, A fonte de petit gateau oferece praticidade em festas e eventos . Prove quantos quiser. Cacau 70% puro belga. "
A garota abertou o botão que dizia " aberte para provar" e a esteira parou abrindo uma nova divisória que estendia próximo a mão da pessoa. Ele estava frio, e a cobertura em temperatura ambiente. Samantha pegou o bolinho e abriu a boca.Antes de morde-lo , veio aquele cheirinho maravilhoso de bolo caseiro e chocolate quente. Aquilo despertou seu extinto formiguinha fazendo com que ela mordesse com desejo aquele Petit Gâteau.
- Hum! Que... delícia! - disse ela após a primeira mordida.
- vejo que está apreciando minha fonte de Petit Gâteau.. então, coma mais. Vamos! - insistiu um senhor que apareceu atrás de Aron.
- Boa tarde S.r Wall - comprimentou Aron com um sorriso escancarado de felicidade .
O sr. Wall era um homem de meia idade, alto e magro embora seja o dono de uma grande empresa de chocolate. Ele usava um blazer estilo fraque de tom roxo escuro e verde musgo por dentro do foro. Uma cartola alta e preta. Seu cabelo passava a cartola, era de um castanho escuro brilhoso. Bem cortado, e reto como uma tigela no nível do pescoço. Era muito pálido, talvez fosse pelo fato de ficar muito tempo dentro da fábrica ( isso se ele saísse). Usava luvas roxas de lastec ( o tipo de material que se moldava na mão) e botas simples pretas , típicas de andar por cozinhas.
- Boa tarde Aron Cleave, deixe esse Sr. De lado rapaz, já somos proximos. - respondeu- lhe seu chefe com muita cordialidade.
- Hum! - Gemeu Sam ao se dar conta que ele era o patrão e iria fazer uma entrevista.
- À vontade. Então, o que achou? - perguntou-lhe Lenny Wall curioso pela resposta da garota.
- Está muito bom! Poderia comer todo dia.. -disse ela gentil, tirando o excesso de chocolate do canto da boca e lambendo a cobertura dos dedos.
- perfeito! Tive essa ideia quando fui à França ano passado.Enquanto passeava pelas ruas se Sevran , passei por uma padaria que vendia apenas doces refinados. Eu entrei e vi uma garotinha. Ela segurava um punhado de moedas e foi muito educada ao pedir um petit gâteau à recepcionista. Essa nem pegou o dinheiro, viu os trajes simples da menina e disse que estavam muito caros para ela. Essa não entendeu e continuou tentando comprar. A funcionária chamou o gerente e ele pôs a garota para fora. Eu estava atrás dela. Fui tratado completamente como um cavalheiro. Comprei uma caixa deles e corri atrás da menina.- o sr. Wall convidou lhes à continuar andando. Sam, curiosa pediu:
- continue por favor...
- Certo. Eu ofereci a caixa. No início ela suspeitou e recusou. Então eu peguei um e comi. Os olhinhos da garotinha seguiram meus lábios. Então ela pegou um bolinho da caixa. Com calma, ela tirou ele da caixa, apreciando a beleza dele. - O S.r Lenny Wall parecia distante na sua expressão facial. Possivelmente ele estivesse tendo um daqueles momento de Deja vu..
- Sr... o que a garotinha fez? - Perguntou Samantha.
- Há sim. - retornou a expressão normal e voltou a narrar o acontecido.
- Ela mordeu lentamente. Ela pegava ele pelas pontinhas dos dedos, como se fosse um lutador segurando o sapatinho de cristal da Cinderela. Ela mastigou e fez um chiado de satisfação.Então começou a comer bem afoita. Quando estava perto do fim, passou os dedos pelo embrulho e caiu-lhe uma lágrima dos olhos. Uma lágrima de felicidade. Foi à coisa mais linda que já vi em alguém apreciando um doce. Eu perguntei o que ela achava dele, então ela olhou séria para mim. Pensou um pouco e disse simples assim: " Poderiam ser mais fofos e com aquele aspeto de bolo caseiro. Tem pouco chocolate. Se ele fosse gelado com a cobertura quente, mais fofo e com jeitinho do bolinho da vovó, ele seria a uma amostra do Paraíso do mundo dos bolos! " . - Lenny wall estava distante em pensamentos.
Samantha ficou esperando que o senhor continuar mas não achou certo pressionar ele, já que aparentava estar em um dia difícil. Em poucos instantes, o senhor Lenny Wall voltou ao normal e concluiu o que dizia:-Eu agradeci, sorri e dei-lhe a caixa e mais uma nota de 500 euros. A garota não entendeu o motivo do dinheiro e disse que não iria ter como explicar a mãe. Eu disse a ela o seguinte...
" Diz para sua mãe que quando a vida dá chances de ser feliz, a gente não deve temer um pouco de generosidade. O dinheiro é por você ter me dado um conselho que nenhum crítico astronômico podera dar. A ingenuidade e criatividade de uma criança. " .
Então ela me abraçou, pegou a caixa e saiu caminhando como se segurasse um tesouro. - O senhor que na verdade não era tão velho assim, parou de andar e sorriu recordando o abraço e a gratidão da garotinha.
- nossa, brilhante! - comentou Samantha comovida pela história contada pelo sr. WALL.
- Senhor, essa é a moça da qual lhe falei. Uma grande amiga, Samantha Jackson, minha namorada. Deixo ela em suas mãos e vou trabalhar. Obrigado pela ajuda. - Aron comprimentou o chefe e esse retribuiu cimprimento de " Legal".
- Até mais Sam. - deu um beijo no rosto dela e partiu no horizonte colorido do vale dos sorvetes com Marshmellow.O dia de experiência foi mais divertido do que poderia se imaginar quando está trabalhando. Samantha assinou um contrato de um ano e foi admitida no mesmo dia. Recebeu seus trajes de trabalho, que incluía oito macacões da mesma cor (azul) com o nome da fábrica. Era um tecido sintético que lhe caía muito bem. Ela sentiu-se confortável e bonita nela. Destacava seus quadris largos, mas não grudava nas " gordurinhas" . Ganhou também quatro pares de botas pretas, e um material para seu sector, Samantha ficou na sala de inversões junto com Aron. Ela achou muito divertido. Ficou chocada com o tipo de ideias malucas e criativas que o Sr. Wall considerava ser de grandes projetos.
O expediente chegou ao fim tão rápido que Samantha se pegou surpresa em ter gostado tanto de trabalhar, afinal um trabalho nem sempre é prazerosos. E geralmente, as pessoas são propensas a detestar o que fazem, mas ficam pelo dinheiro. Sentiu-se feliz pelo fato de que além de ter gostado dali ela ganharia um bom dinheiro e manteria-se longe de sua mãe. Seus problemas banais eram só questão de tempo.
Aron acompanhou Samantha até em sua casa. Entre conversas casuais, brincadeiras na neve e beijos quentes, a noite acabou com uma semente do amor no coração dos apaixonados. A neve ainda estava precipitando mas agora se parecia com chantilly, deixando no pensamento uma saudade da fábrica. A partir daquele dia, nada mais seria a mesma coisa pelos seus olhos. Tudo se tornava doce a seu ver, finalmente a vida fora generosa para Samantha.
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Samantha Jackson e a Profecia do Colar da Lua
AbenteuerSamantha Jackson é uma garota especial, mas apenas duas pessoas no seu mundo sabem disso. Confinada à uma rotina monótona e uma vida sem grandes expectativas, ela vive cada dia após o outro até que a chegada de uma pessoa de sua vida passada...