Capítulo 8 - Biblioteca

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        A neve tinha parado de cair, mas tinha uma chuva suave. Samantha abriu a bolsa e tirou o guarda-chuva de dentro trocando pelos livros no seu lugar. Abriu e ficou em baixo dele pensando no que fazer. Pegou o celular do bolso e enquanto andava disco rapidamente o número da amiga, Emma.

- Oi Et, tudo bem ? Bom dia amiga.

- Oi tartaruga, bom dia. Acordou agora? Se fosse dia de aula você estaria ferrada! - disse à amiga do outro lado da ligação.

- Não, estou acordada faz tempo. A Lina também não tinha aula. Preciso de um favor vaca. - pediu Samantha aflita.

- Claro, diz.

- Vou sair, consegui um trabalho e vou fazer um dia de teste. Menti para Vassilisa porque você sabe que ela faria maior escândalo.

- Sim e você quer que eu te encubra né? - Emma perguntou afirmando.

- Sim. Disse que ia ficar com você fazendo trabalho de biologia e depois íamos ao pub. - Disse Samantha apressando o passo.

- E ela aceitou? – Perguntou a amiga surpresa e descrente.

- Eu disse que o Breddy ia estar lá. - Assumiu a vergonha.

- Hum. Tudo bem eu e Felipe íamos lá mesmo.

- E se ela for e não me ver lá? - Samantha tinha se esquecido da possibilidade.

- Não esquenta tartaruga, ele está na casa de esqui com Jairo e os outros caras. Se ela aparecer eu digo que você e Breddy foram dar um passeio.

- Obrigada Et. Até mais.. - Disse Samantha se despedindo da amiga.

- Até mais vaca.

Aliviada por ter resolvido o problema, a garota desliga o celular e coloca no bolso da calça, acelera o passo chegando a praça da Alameda.

       A praça estava coberta por neve, mas tinha um pequeno carinho puxando a neve e jogando sal. Como sempre, haviam alguns rapazes fumando em uma rodinha. A garota fecha o guarda chuva pois a chuva branda já parou. Ela tira o cigarro da bolsa e o esqueiro. Acende e fuma em frente a praça. O café flor de Liz era ali perto, ela decidiu fumar aquele cigarro um pouco longe, mas enquanto tragava, ela viu alguém ao longe no café, na mesa onde ela esteve com Aron. Está longe demais para identificar a pessoa, então ela ignora. Acabou de fumar e joga a bituca do lixo que por acaso estava perto dela.

         A moça não tinha aquela necessidade de fumante, mas apreciava o fumo. Ao contrário da maioria, a garota gostava do cheiro do cigarro. De vê-lo queimar e espalhar a fumaça. Abre a bolsa e pega o perfume, passa um pouco em si mesma e na roupa. Tira o batom e retoca um pouco. Então ela suspira, e vai em direção ao café. Está feliz e nervosa ao mesmo tempo. Um banquete de emoções.

        Entra e a campainha toca *Plimmm* anunciando sua chegada. O café não estava cheio, ela olhou por cima as mesas e no mesmo lugar, Aron lhe fazia sinal. Ela sorriu e foi até ele. Deu-lhe um beijo no rosto e se sentou. Pôs a bolsa na mesa e procurou um lugar para o guarda-chuva.

- Coloca na cadeira mesmo - disse ele apontando para a cadeira dele que também tinha um guarda-chuva pequeno pendurado.

- Certo. Obrigado. - Disse ela um pouco atrapalhada.

- Bom dia Sam. Está linda. - Aron a observava admirando a confusão da garota.

- Eu, sim. É obrigado. Você está ótimo também. - Ela finalmente ajeitou-se na mesa.

- Vai querer o que? - Ele pergunta entregando o cardápio a ela.

- Escolha por mim, por favor. - Disse ela recusando-se a pegar o cardápio.

Samantha Jackson  e a Profecia do Colar da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora