Thomas, Benjamin, Peter e Lauren vão para o Acampamento

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Hey, Chickens!

Eu não ia postar tão cedo, mas é que eu tenho alguns avisos.

Primeiro, aos que lêem o Bloquinho e ainda não viram a atualização: leiam a atualização.

Eu estou o Bloquinho.

Segundo: estou escrevendo bem mais devagar porque meu punho tem doído muito quando escrevo.

Isso significa que vou demorar mais para aparecer.

E que eu estou irritada, porque preciso escrever.

E vou parar de dar avisos porque meu punho está doendo.

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Luana chorava copiosamente com o rosto enterrado no pai o melhor que podia alcançar, o que não era muito. Leo evitava fazer piadas diante da obviedade do quão difícil estava sendo para a filha se despedir do amigo e dos irmãos, mesmo que fosse óbvio que se encontrariam em breve.

-Meu amor, você mal vai notar a ausência deles, eu prometo - Calipso tentava acalmar o pranto da menina, mas esta rejeitou até mesmo o toque em seu ombro.

Para o casal, ter que acalmar tamanho pranto da filha mais nova era um feito inédito. Luana era muito forte e valente, sempre se comportando como o garoto da casa, em uma visão machista da coisa, pois tanto Thomas quanto Benjamin eram chorões, este último ganhando o título de chorão do grupo entre as demais crianças.

Scarlett observava a amiga sem saber o que fazer, pois também estava triste pela despedida, sabia que era mais difícil ainda para a outra, porque eram seus irmãos e Peter que partiam e Luana e o filho de Atena eram mais inseparáveis que poderiam ser caso fossem colados com super cola.

A amiga era a valentia e Peter o garoto sensível e tímido. O jeito moleque da menor acabava inibindo os garotos que tiravam sarro do semideus. Isso e o fato dela ter um irmão mais velho que desmontara metade das estruturas dos lugares que frequentavam, algumas com a ajuda da própria, claro.

-Lubs - Benjamin a chamou, a fazendo virar-se para eles - a gente nem sabe se vai ficar mesmo ou quanto tempo, lembra? Daqui a pouco vamos estar contigo.

Ela não respondeu. Vinha fazendo um protesto silencioso desde que os pais deram a notícia, começando por não falar mais com os pais, em seguida silenciando-se para os irmãos, até que só se pronunciasse para Scarlett.

-Isso está sendo mais difícil do que eu esperava - Percy murmurou no ouvido de Annabeth.

Scarlett abraçava as pernas de Percy sem se pronunciar em nenhum momento, mas sabiam que quando estivessem sozinhos com a menina em casa teriam que acalmar uma explosão de fúria.

Perto de Percy e Annabeth, Piper e Jason discursavam para uma Lauren visivelmente entediada.

-Se você ousar aprontar alguma, Lauren, eu vou pessoalmente ao Acampamento te dar uma surra que vai te deixar tão envergonhada que vai andar por aí arrastando essa sua carinha linda no chão - Piper ameaçou.

-Eu tenho medo dela - Percy murmurou para Annabeth.

-Eu também - a loira sussurrou para ele - ainda bem que ela não é minha mãe...

-Eu ouvi isso, Annabeth Chase - Piper disse com o mesmo tom que dirigiu à filha, mas tinha um sorriso gozado brincando no rosto.

Annabeth ergueu as mãos em rendição, sorrindo para a amiga.

-Podemos ir logo? - Lauren perguntou olhando diretamente para o pai.

Jason suspirou.

-Melhor acabar logo com isso - o filho de Júpiter resmungou para a esposa, dando-lhe um beijo casto no rosto.

Piper acenou com a cabeça. Seus lábios se apertavam indicando que se esforçava para não chorar. Ela apertou a filha em um abraço.

-Eu amo você - Piper murmurou para a menina antes de soltá-la.

Lauren se dirigiu ao pégaso mais próximo, mas Jason a parou com a mão em seu ombro.

-Não vai se despedir? - ele indicou uma Georgia chorosa e Scarlett, que olhava em expectativa.

A garota revirou os olhos.

-Tchau - disse apaticamente.

Jason bufou e ajudou a filha a montar, se ajeitando logo em seguida.

-Volto em dois dias - disse para a esposa antes de alçar voo.

Piper agarrou a filha mais nova e se deixou chorar.

-Eles vão ficar bem, mamãe - Georgia tentou consolá-la, as pontas de seus dedos acariciando a mãe onde conseguia alcançar.

-Certo, é a nossa deixa - Leo disse, parecendo desconfortável.

Thomas e Benjamin abraçaram e receberam beijos de Calipso e bagunçaram o cabelo da caçula da família, ambos parecendo travar uma competição de quem aguentaria mais tempo sem chorar.

-Até logo! - Disseram quando já estavam ajeitados e partindo.

Sobrara apenas Peter, que iria com Will e Nico em uma carruagem. O menino olhou apreensivo dos pais, que acenaram, para as amigas.

Scarlett o abraçou, sua cabeça batendo a altura do peito do menino.

-Boa sorte Peter - ela desejou - não esqueça de mim, ou quando eu for para lá e ficar mais forte que você eu vou chutar o seu traseiro branquelo.

Peter rira, a afastando e ajeitando o óculos.

-Deixe de ser bobona! - ele disse, sendo visível sua animação em ir para onde pertencia - além disso, você nunca vai ser mais forte que eu.

Seu tom era pomposo, mas se transformou em uma careta de dor quando a garota ruiva chutou seu tornozelo.

-Bestão! - a menina exclamou, mostrando a língua e voltando a abraçar as pernas do pai. Peter se limitou a rir.

O pequeno semideus olhou para a outra menina, que com um gemido sofrido se jogou em seus braços com brutalidade, desarrumando seus óculos recém alinhados.

-Desculpa - o garoto murmurou, se sentindo culpado pelo choro da mais novo.

-Não vá Pete... - Luana tentou pedir uma última vez.

Ele não respondeu. A abraçou apertado uma última vez e a soltou, se distanciando de rosto caído.

A família montou a carruagem.

-Você é meu melhor amigo... - Luana disse em voz alta o bastante para que Peter ouvisse de seu lugar, seus olhos castanhos encontraram os cinza por trás dos óculos durante um segundo antes de desviá-los para os pés descalços no chão da rua.

-Vocês são minhas melhores amigas - Ele disse - a gente vai se ver logo, eu prometo.

As meninas não responderam. Scarlett apenas lhe sorriu, intimamente feliz que tenha sido incluída pelo garoto.

Nico, Will e Peter partiram e enquanto se distanciavam, o garoto olhava para baixo segurando os óculos para evitar que caísse, observava não só as amizades que estava deixando para trás, mas a sensação de não-pertencimento que o abandonava a cada centímetro avançado.

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Eu tenho uma página de divulgação das coisas que escrevo aqui e não avisei para vocês.

O quão louco é isso?

Até... Não sei quando.

Mamãe ama vocês!

LullabyOnde histórias criam vida. Descubra agora