Elizabeth Holmes
Agora.
Termino de me lembrar do meu tão perfeito dia. Cheio de aventuras, irritações, maluquices e claro... sequestros. Não sei quanto tempo estou aqui. Pode ter passado minutos ou até horas. Seus passos que antes estavam atras de mim, vão até minha frente. Sinto suas mãos puxando a venda. Pisco algumas vezes para me acostumar com a luz.
Olho para o ser diante de mim. Uma mulher. Jovem, cabelos claros e longos. Olhos verdes.
— O que eu estou fazendo aqui? — O seu olhar assassino parece simplesmente letal. Meu sangue gela de medo.
— Eu não vou te matar. — Um alívio me percorreu — Não. Você ainda vai me ser muito valiosa.
Ok, não estou mais tão aliviada assim.
— Como assim?
— A destinos piores do que a morte, minha amiga. — Diz como se fossemos amigas próximas.
Minha garganta se fecha. Ao ver meu pavor abre um sorriso, parecendo bem a vontade com a situação.
– Elizabeth, espero que você esteja confortável. Não é todo dia que recebemos visitas... – Eu até a acharia simpática, se não fosse o sequestro e a ironia.
– Nem imagino o porquê. — Digo grossa.
Ela se aproxima de mim com um sorriso doentio. O que realmente não combina com seus traços delicados, quem vê até acha que é um anjo. Quando ela se aproxima posso ver uma tatuagem no pescoço. Uma bem incomum. É como um símbolo estranho. Parece uma letra em japonês.
– É minha marca de caçadora. – Ela diz bem séria. Assunto delicado.
– Caçadora de que? – Pergunto, levemente preocupada.
Que ela não diga de pessoas. Que ela não diga de pessoas....
– De monstros. – Ufa!
Não, pera. O que? De mosntros? E eu aqui me sentindo mais relaxada.
— Foi o que eu disse. Sinto muito se a perturbei. — Me olha como se eu fosse um protozoário.
Será que ela também lê mentes?
— Não. Você só esta falando alto. — É. Acho que sou um protozoário.
– Oh — Ela sabe como deixar alguém sem palavras.
– Você realmente não faz ideia do que está acontecendo na sua vida, né? — Diz parecendo confusa.
– O que você sabe da minha vida? — Provoco.
– O suficiente. Filha de pais divorciados. Pai abusivo, me atrevo até a dizer que esse é o motivo de estudar psicologia. Mãe casamenteira, seu hobbie é se casar com vários. Sem ofensas. Você ate que sofreu bastante na infância, e adolescência. Saiu de casa cedo, mora numa pequena e tediosa cidade infestada de seres sobrenaturais. Conheceu uma amiga, mas nunca a considerou confiável o bastante para contar seu passado. — Ela para de falar e espera alguma reação minha.
Só consigo olhar para ela.
— Teve um namoradinho também abusivo, igual seu pai. Isso você contou a ela. Você gosta de sofrer mesmo. E como se não fosse o bastante, ainda se envolve com seu vizinho problemático. — É. Ela sabe das coisas. Por um momento volto a minha adorável infância. E também a parte que ela fala sobre os seres.
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Mitchel Stark
WerewolfElizabeth nunca foi conhecida por sua sorte, nem mesmo quando a casa a sua frente ganha um novo morador. Seu novo vizinho é simplesmente um babaca controlador e uma tentação em pessoa. Mas ele esconde muitos segredos. Mal sabia ele, Elizabeth est...