Mitchel Stark

MITCHEL STARK - Capitulo 21

Mitchel Stark

— Você ter se mudado para a casa ao lado da minha foi coincidência? — Ela pergunta inocente.

Coincidência? Até parece. Eu não acredito em coincidências. Tudo não passa de uma armação.

— Coincidências não existem. — Seus olhos se abrem de surpresa. Ela é tão linda, mesmo chocada.

Me aproximo com o intuito de sentir sua essência mais de perto. Ela suspira e fecha os olhos por um minuto. A tensão sexual volta, todos os meus instintos mais primitivos estão a flor da pele.

— Você já matou? — Seus olhos brilham com a dúvida.

Muitas vezes.

— Sim. — Ela treme por um segundo.

— Pessoas inocentes? — Ela para pra pegar fôlego. Esfrega seus dedos um no outro — um tique nervoso.

— Sim. — Sussurro.

— Se arrepende?

— As vezes. — Não é uma coisa que me agrade de fazer, mas se tiver que fazer, não me importo.

— Você é o alfa certo? — Que mudança. — Como funciona isso?

Sua inocência está de volta. E tenho que me segurar para não acordar a besta.

— Eu sou alfa, assim como meu pai e meu avô foram. A cada geração, nosso poder cresce. Nós não envelhecemos e não somos fáceis de matar. — Esclareço.

— Como assim seu pai foi? Ele está morto? — Sim! Graças aos deuses da lua! Quase pulo de alegria ao lembrar.

— Sim.

— Eu achei que vocês fosse quase imortais...

— E nós somos. — Interrompo.

— O que aconteceu?

Como posso explicar para ela a verdade? Que ele foi toda a vida dele um monstro ambicioso, insensível e psicopata. Matou minha mãe como uma oferenda aos Deuses, e antes a torturou física e psicologicamente durante todo o matrimônio. Que assim que nasci, ele piorou. O ciúmes e o ódio só cresciam.

—Ele foi assassinado. — Ela não está preparada para saber mais.

"E nem você para contar"

— Quem o matou? — Meu coração acelera.

Mentir?

Contar a verdade?

— Eu. — A verdade é sempre a melhor coisa.

— Por quê? — Ela se afasta abruptamente.

— Ele mereceu. Eli, ele era um monstro. Não era digno de nada muito menos do título de alfa, e pai. — Ela precisa entender meu lado.

Era eu ou ele. O mundo não tinha espaço para nós dois.

— O que ele fez?

— Ele me destruiu. Destruiu a minha família. E a de muitas outras pessoas. — Aperto minha mão num punho, me controlando para não quebrar algo — Nada que precise ser dito nesse momento.

Ela espera um pouco antes de continuar.

— Hum... Aquele massacre na festa... você e sua matilha... — Sua voz falha, os olhos começam a brilhar e sua boca a tremer. Oh não.