셋 (3)

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10 de fevereiro de 2017
Seul - Coréia do Sul

— Yerin-ah, me ajude, por favor... — Choramingou a ruiva parada ao lado da cama de hospital, mas a garota permanecia no mesmo lugar.

Uma luz fraca entrava pela janela do quarto e dava um ar sereno para o lugar. No rosto de Yerin havia uma expressão suave que fazia SoJung sentir-se impotente, queria ver novamente sua amiga rindo como fazia antigamente, entretanto lá estava ela deitada sobre uma cama de hospital há quase um ano. A ruiva limpou suas lágrimas e apertou a mão fria da garota.

— Seu cabelo está tão grande — deu um pequeno sorriso a observando. — Você está tão bonita com ele que quando sair daqui nós duas vamos tirar muitas fotos juntas.

O quarto permaneceu em silêncio e a mais velha fungou forte, logo a porta do local se abriu devagar e dela apareceu o doutor que tratava da Jung. SoJung levantou-se rapidamente e reverenciou o médico que se aproximou da paciente que ainda permanecia estável.

— Como ela está Doutor Byun? — ela cruzou os braços e uma expressão preocupada tomou seu rosto.

— Ela está bem — deu um pequeno sorriso reconfortante para ela. — Mas ainda não temos uma previsão de quando ela poderá acordar.

A garota assentiu de leve e murmurou um pequeno "entendo" enquanto o fazia.

— Eu vou indo — informou após olhar a garota na cama por uma última vez — Voltarei assim que possível — deu um pequeno sorriso e saiu do quarto devagar.

Ela estava tentando permanecer forte, mas doía. Aquilo era pior do que ser torturada. Assim que deixou o hospital, a mais velha não se aguentou e pôs-se a chorar agachada em frente ao local, queria aquela dor cessasse. Queria que sua amiga voltasse para o seu lado e elas viessem a morar juntas depois de se formarem. Queria Jung Yerin novamente ao seu lado.

(Algumas horas antes)

— Então, essa é Kim SoJung, o mais novo membro desse Conselho Estudantil — Krystal a anunciou abrindo um grande sorriso.

SoJung deu um pequeno sorriso após desviar seu olhar do piano velho e instruída pela mais velha sentou-se ao lado de JongIn em um dos sofás dispostos pelo local. O olhou de soslaio antes de sentar, mas diferente do achava ele não estava a olhando. Soltou um suspiro alívio. A última coisa que precisava era de alguém a observando. Sentiu alguém a cutucando em seu ombro e assim que se virou em direção à pessoa e deu de cara com um pequeno grupo de pessoas que estavam sentadas por perto.

— Seja bem vinda — uma das garotas do grupo falou com um pequeno sorriso. — Você pode me chamar de Victoria, é um prazer conhecê-la — estendeu a mão para a mais nova que logo a apertou e então elas voltaram sua atenção para Krystal que ainda falava.

— Haverá algumas tarefas para resolver na próxima semana, por isso seria bom se ninguém faltasse — a morena lançou um olhar mortal para um garoto em especial no canto da sala que parecia extremamente despreocupado, a Kim pode ver de longe que ele havia dado de ombros ao comentário da garota. — Por hoje é só.

Após essas palavras os adolescentes naquela sala se espalharam rapidamente e esvaziaram a sala em questões de segundos. Só havia sobrado ali SoJung e Krystal.

— Então, como você se sentiu? — a mais velha perguntou com um sorriso contido em seus lábios.

— Um pouco desconfortável, mas tenho certeza que isso é apenas questão de tempo — comentou sorrindo no final para mostrar que ela estava bem.

— Que bom. Então nos vemos por ai, SoJung — ela pegou sua mochila de cima de um dos sofás do lugar a ajeitado nas costas logo após. Olhou para a ruiva novamente. — Vamos? Eu tenho que fechar a sala.

A Kim assentiu freneticamente e enquanto a mais velha seguia até a porta ela pegou sua mochila. Um pouco antes de passar pela outra lançou um olhar para o piano esquecido, segurou um pequeno suspiro e saiu da sala. Assim que deixou a escola para trás a ruiva seguiu para o hospital, não porque estava doente ou algo assim. Tinha que ver alguém especial antes de ir para casa.

Os corredores pintados em cor clara trazia um tom monótono ao lugar e uma calma misturada com tristeza. Ela andava de cabeça baixa mantendo-se imersa em seus próprios pensamentos sombrios, entretanto isso fez com que ela esbarasse em alguém maior que ela.

— Desculpe — respondeu levantando o olhar e dando de cara com Kai. Uma de suas sobrancelhas arqueou-se naturalmente e o garoto a sua frente coçou a nuca.

— SoJung? O que faz aqui?

— Ah... — ela olhou em volta. Não podia contar a ele sobre o que realmente havia ido fazer ali, não era íntima o suficiente para se abrir com ele sobre seu passado ou para citar qualquer coisa que havia acontecido nele. — Eu vim ver meu irmão mais velho.

— Você tem um irmão? — ele estava agindo como um idiota perguntando aquilo, porém estava realmente surpreso por ter descoberto isso.

— Sim, ele trabalha como médico aqui — assentiu de leve e mordeu o lábio inferior. Odiava mentir, entretanto por outro lado, sabia que ás vezes era necessário.

— Wow! Você é realmente cheia de surpresas... — ele murmurou desviando o olhar dela enquanto ria sem graça. SoJung não entendeu o que ele estava querendo dizer.

— O que?

— Ah... Nada, nada. Eu não disse nada — engoliu a seco e segurou com firmeza os pacotes em sua mão. — Eu preciso ir. Até mais.

Ele saiu antes que ela pudesse dizer qualquer coisa. A mais nova o seguiu com o olhar por alguns instantes e assim que ele sumiu da sua vista arrependeu-se de não ter perguntando o porquê dele estar ali. Afinal, o que eram aqueles pacotes em sua mão? Deu de ombros apesar de saber que aquele questionamento não sairia da sua cabeça tão fácil.

Parou em frente à porta do quarto de Yerin e a observou por entre o vidro. Ela continuava do mesmo jeito. Talvez estivesse um pouco mais pálida do que antes, mas SoJung não queria prestar atenção nesses detalhes. Abriu a porta com cuidado, largou sua mochila no sofá que estava junto à parede e parou ao lado da cama.

— Oi, sou eu outra vez Yennie — sussurrou para a mais nova e deu um pequeno sorriso. — Como está hoje? Você se lembra daquela proposta que lhe falei que havia recebido, eu a aceitei. Agora faço parte do Conselho da minha escola — ela riu de leve e fungou. — Nunca pensei que fosse dizer isso.

Desviou seu olhar para a janela do quarto e para a luz que formava um pequeno arco-íris na parede. Sentiu as lágrimas virem e seu coração se apertar. Era duro de mais lidar com sua melhor amiga naquele estado.

— Yerin-ah, me ajude, por favor... — choramingou a ruiva parada ao lado da cama de hospital, mas a garota permanecia no mesmo lugar. — Ajude a parar de me sentir culpada por você estar nesse estado... Por favor — sua voz falhou e ela se calou.

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A destruidora de sentimentos favorita de vocês chegou galera.

Dreamers;; Kim JongIn Onde histórias criam vida. Descubra agora