스물 다섯 (25)

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24 de março de 2017,
Coréia do sul

Já era primavera naquele dia, a neve havia desmanchado e sumido da paisagem. SoJung caminhava a passos calmos, mas confiantes. Com ela, havia apenas sua mala de rodinhas. Estava indo em direção a plataforma para esperar o trem que tinha que pegar até Incheon, onde visitaria Yerin.

Sentou-se em um dos bancos do lugar e esperou até o primeiro sinal da aproximação do trem aparecer. Então adentrou o transporte e apenas tentou relaxar até chegar ao seu destino, depois de enviar uma mensagem a sua mãe e a Yerin dizendo que estava saindo agora de Seul.

Com sua cabeça tombada para a esquerda, ela observava a paisagem passar rapidamente pela janela ao seu lado. A Kim estava gostando do que via, mas evitou de ficar muito tempo encarando o lado de fora para evitar tonturas. Por isso, voltou seus olhos ao banco a sua frente e com um suspiro pesado, colocou suas mãos dentro do casaco que usava.

Acabou por cair no sono gradativamente já que era por volta das seis horas da manhã e ela tinha ido dormir tarde no dia anterior. Acordou quando estava quase por chegar em seu destino e reconheceu aquelas paisagens sem problemas. De repente, uma onda de melancolia tomou conta do seu peito, aquela cidade guardava toda a sua história e agora que estava ali novamente era como se tivesse caído no seu passado outra vez.

Suspirou pesado e gradativamente, a locomotiva parou na estação. SoJung, sem pressa, começou a puxar sua mala para fora do lugar e assim que pisou no piso da estação respirou fundo. Olhou em volta e logo reconheceu Yerin por entre as pessoas, um sorriu pequeno se formou em seu rosto e ela seguiu até a outra. Assim que se aproximaram, a maior envolveu a outra em seus braços.

— Eu estava com tanta saudade de você — murmurou enquanto a abraçava forte.

— Eu também, mas não precisa me esmagar desse jeito! — A menor protestou entre risadas.

Elas se afastaram, então Yerin ao perceber a mala que a outra trazia insisitiu em levá-la e SoJung não pode protestar.

— Como você está? — A maior puxou assunto quando começaram a andar em direção a saída da estação, onde a mãe de Yerin estava esperando pelas duas no carro.

— Apenas indo — torceu o nariz. — Aos poucos algumas memórias estão voltando, mas o médico disse que há chances de não haver total recuperação delas.

Ela não parecia abalada com aquilo, mas SoJung não sabia identificar se ela estava lidando extremamente bem com a situação ou estava apenas fingindo para não preocupa-la.

— Desde que você esteja bem, as memórias não importam — falou passando a mão por seu cabelo. — Você pode construir novas memórias a todo momento, então não se preocupe se algumas delas não voltarem.

A menor assentiu de leve e elas logo chegaram ao carro.

— Omo Sowon, você está tão grande, eu tinha me esquecido disso — a mãe da outra comentou assim que elas adentraram o automóvel, fazendo a Kim soltar alguns sorrisos sem graça. — Eu fiquei muito feliz quando Yerin disse que você viria nos visitar.

A mais velha olhava para Sojung pelo reflexo do retrovisor enquanto falava.

— Faz tempo que não venho a Incheon, é até estranho estar aqui novamente —comentou em resposta.

Parecia que nada mais dali pertencia a ela, mesmo que só fizesse um ano desde o ocorrido. Depois de conhecer Krystal e Kai, Seoul havia começado a fazer parte do que ela era agora, pois a SoJung de anos atrás já não existia mais.

Depois de uns quinze minutos, elas chegaram até a casa de Yerin. Ao lado dela, estava a casa que havia pertencido a família Kim até o ano passado. Aquilo prendeu o olhar de SoJung e fez com que ela demorasse a descer do carro.

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