16 de março de 2017,
Seul, Coréia do sul— O que você faz aqui? — JongIn perguntou observando a morena com atenção. Ele estava tentando não demonstrar que havia um sorriso satisfatório por traz da sua expressão sarcástica e dura.
— Eu vim vê-lo... — explicou e então se levantou limpando sua roupa. — Existe mais algum motivo para eu vir ao hospital agora que Yerin já está em casa?
— Não sei — ele deu de ombros e a observou.
— Ora, JongIn não se faça de bobo, você é mais inteligente que isso — resmungou e então esticou a sua mão que segurava a garrafa térmica na direção dele. — Isto é para você.
Ele pegou a garrafa e a olhou com uma das sobrancelhas arqueadas.
— O que é...? — Perguntou rosqueado a tampa devagar.
— Café expresso — foi objetiva e então colocou suas mãos dentro dos bolsos do casaco.
O Kim não conseguiu evitar um sorriso tímido, porque mesmo depois de dois meses desde que haviam se visto na cafeteria pela primeira vez ela ainda lembrava o café que ele gostava. SoJung acabou não percebendo a expressão do garoto que parecia ter amolecido, pois estava com o olhar longe e quando voltou a olha-ló ele já havia tirado o sorriso do rosto e apenas bebia um gole da bebida.
— Obrigado — ele agradeceu assim que percebeu que ela tinha a atenção nele.
— Não precisa agradecer... — suspirou e então voltou a se sentar novamente em frente a ele, desistindo de qualquer outra coisa. — Como você está?
— Me sinto melhor do que no dia em que cheguei aqui — murmurou e então afastou a tampa vazia da garrafa, onde estava tomando o café, da boca e voltou a servir mais do líquido. Antes de beber novamente, ofereceu a garota a sua frente.
SoJung aceitou e então levou o copo improvisado aos seus lábios enquanto Kai a observava em silêncio.
— Eu fico feliz por isso — constatou e então voltou a entregar a tampa para ele.
Como esta estava com café pela metade JongIn bebeu o resto antes de voltar a tampar a garrafa, guardando um pouco da bebida para mais tarde. Ele abraçou-se a térmica e observou SoJung que parecia distante.
— Você ficou brava porque não a avisei que tive alta? — Questionou jogando sua cabeça para o lado direito de leve.
Ela voltou a olha-ló e sorriu pequeno sem mostrar os dentes.
— Eu não disse isso — falou fazendo-se de desentendida.
JongIn riu de leve e desviou seus olhos dela por alguns segundos.
— Tudo bem... — murmurou baixinho. — Então vamos dar uma volta juntos — propôs com um sorriso de canto um tanto desafiador.
— Mas lá fora está tudo cheio de neve, você vai escorregar estando nessa cadeira — retrucou cruzando as pernas.
— Por isso mesmo você vai junto, para impedir que eu escorregue e me machuque outra vez — piscou para ela e então soltou a garrafa sobre seu colo antes de começar a empurrar a cadeira por si mesmo em direção a saída.
SoJung fez uma expressão de indignação e quando notou que o garoto já estava longe, levantou-se rapidamente e começou a correr até ele.
— Yah, Kim JongIn volta aqui! — Acabou por rir enquanto corria e logo ele parou para a esperar. Havia um sorriso em seu rosto e um brilho nos seus olhos.
— Mudou de ideia, docinho? — Perguntou a observando e ela revirou os olhos em resposta.
— Eu te odeio JongIn — resmungou antes de segurar a cadeira e começar a empurra-lá para fora.
(...)
Os dois andavam observando a paisagem branca a sua volta enquanto conversavam. De vez ou outra, JongIn tomava mais um gole do café que a mais nova havia o trazido e também oferecia para ela.
— Yah, Kai eu estou ficando cansada. Esse frio parece que está congelando minhas articulações — resmungou diminuindo o ritmo em que iam até parar.
SoJung se afastou um pouco da cadeira e começou a esticar seus braços e pernas, Kai virou o corpo para poder olha-lá e ver o que estava fazendo e então teve uma ideia. Isso o rendeu um sorriso mínimo que logo deu lugar a uma expressão mais calma, mas seria.
— Faça a volta, venha aqui na minha frente — pediu e voltou a sentar-se de maneira correta.
A Kim arqueou de leve as sobrancelhas e fez o que ele pediu enquanto se abraçava tentando fazer a sensação de frio que sentia ir embora. Ele esticou uma das mãos na direção dela que a segurou um tanto relutante e com um sorriso ladino a puxou para cima do seu colo fazendo com que ela segurasse em volta do seu pescoço para evitar que ela caísse.
— O que você está fazendo? — Ela perguntou com os olhos um tanto arregalados mudando seu olhar dos olhos dele para a sua volta.
— Você não falou que estava cansada? Agora eu vou levá-la — riu de leve e mordeu de leve seus lábios voltando a olhar para frente para poder enxergar o caminho. Com as mãos nas rodas começou a empurrar os dois.
— JongIn de onde você tirou essa ideia! Eu vou cair! — Prostetou enquanto batia de leve no peito do garoto para ele parar a cadeira e deixá-la sair dali.
— Você só vai cair se não se segurar direito e continuar me batendo — respondeu divertido sem olha-lá.
— YAH, EU VOU TE MATAR QUANDO SAIR DAQUI! — Gritou escondendo seu rosto no pescoço do garoto enquanto segurava-se mais forte nele. Isso só fazia ele rir mais ainda, era inútil como ameaça.
O cheiro do perfume de JongIn logo começou a entrar em suas narinas e então ela percebeu o quão perto dele estava. Sentiu então seu rosto esquentar e quis se esconder mais. Logo a cadeira parou de se movimentar e a garota levantou a cabeça devagar para observar a sua volta.
Ele estava exatamente no ponto da praça onde mais tarde iria vir a florescer as árvores de cerejeiras, mas nesse momento era apenas uma árvore cheia de galhos com neve acumulada. Aquela imagem podia ser desanimadora para alguns, mas a Kim estava gostando do que via. Afinal inverno era sua estação favorita. Um pequeno sorriso satisfeito apareceu em seu rosto e no de JongIn que a observava em silêncio.
Devagar, ela voltou a olha-ló e então notou que ele a observava com intensidade. Sentiu-se derreter por inteira apenas com aquele olhar. Ele se aproximou devagar seu rosto do dela, SoJung podia sentir cada vez mais a respiração quente e pesada dele, então por fim eles selaram seus lábios em um beijo inocente.
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Dreamers;; Kim JongIn
FanficUm objeto tão simples quanto um piano pode ser tão insignificante para uns, mas tão precioso para outros. O sentimento muda de acordo com a forma como a música lhe toca. Duas pessoas com grandes sonhos seriam capaz de se apaixonar depois que tudo o...