Dreamers;; Kim JongIn

열셋 (13)

3 de março de 2017
Seul - Coréia do Sul  

Deu alguns passos cautelosos em frente e sem aviso foi puxada para um beco entre dois prédios, seu coração estava prestes a sair por sua boca junto com um grito de socorro, mas sem aviso, foi calada por uma mão em frente a seus lábios. Podia sentir o corpo de alguém maior que ela atrás de si, fechou os olhos apreensiva e tentou pensar em como sairia dali, porém tudo que ouvia quando fechava seus olhos era o som do seu coração batendo forte. A pessoa afastou a mão de sua boca e ela abriu os olhos novamente, assustada pela situação. Deu alguns passos em frente virando-se logo após. Assim que viu o rosto do outro, descobriu que quem havia a levado até ali, era a mesma pessoa que ela estava procurando.

— Por que você me seguiu? — Sua voz soou rouca e SoJung sentiu um arrepio na espinha ao ouvi-lá, não esperava que ele fosse ser o primeiro a falar. Na verdade, não esperava nem que fosse ele quem havia a levado até ali, imagina ser o primeiro a abrir a boca.

— Eu fiquei preocupada, você saiu sozinho e parecia estar machucado — ela levou seu olhar até o sangue que estava começando a cogular no lábio inferior dele e sentiu uma pontada de preocupação.

JongIn levou uma das mãos até ele e quando a afastou a palma da sua mão que ficou marcada de vermelho. Deu de ombros com um sorriso irônico, o que não parecia boa coisa para a Kim. Esta, involuntariamente, encolheu-se e limpou a garganta tentando ignorar a maneira como ele estava agindo.

— Eu não preciso de ajuda está bem? — Levantou o olhar em direção a ela esperando que esta o respondesse.

— JongIn você está sendo tão orgulhoso quanto eu — sua voz era incrivelmente calma para a situação, limpou a voz mais uma vez antes de continuar. — Será que você pode aceitar minha preocupação assim como eu aceito a sua? — SoJung agora parecia um pouco irritada, mesmo que não estivesse de fato, mas esperava que aquilo fizesse ele a ouvir.

Mas tudo que recebeu foi uma risada irônica que parecia estar sendo contida, pois ficava cada vez mais alta. Isso a assustou um pouco e a fez recuar.

— Não me faça rir Kim SoJung — tombou a cabeça um pouco para o lado fazendo com que sua franja, que estava comprida, caísse sobre um de seus olhos. — Você nunca aceita de bom grado minhas preocupações com você.

Ela chegou a abrir a boca para retruca-lo, mas não havia o que ser dito. Ele estava certo. JongIn sorriu satisfeito por ter feito a menor se calar e colocou uma das mãos no bolso da calça enquanto a outra arrumava a mochila dele nas costas. Após desviar seu olhar de SoJung, ela bateu em sua própria cabeça de maneira fraca enquanto resmungava de si mesma.

— Eu não posso pelo menos ajudar com seu machucado? — Ela insistiu, voltando a olhá-lo esboçando rendição em seu rosto doce, conquanto recebeu desentendimento.

Soltou um suspiro pesado, tirou de um bolso da mochila um band-aid e um lenço, e então andou até próximo do garoto a passos lentos como se temesse que ele a afastasse. JongIn manteve seu olhar nela como se não quisesse perder nenhum movimento dela, SoJung tentou limpar ou, pelo menos, tirar o excesso de sangue do machucado e assim que o fez, colocou um band-aid pequeno, com cuidado sobre o corte. Ao fim disso, ele ainda a olhava, ela lançou um olhar para ele enquanto se afastava devagar. Os olhos castanhos do Kim, era como um mar de sentimentos, ela não sabia dizer o que ele estava sentido ao certo, mas tinha a impressão que sua raiva havia ido embora, nem que fosse apenas uma pequena parte dela.

— O mais educado agora, seria que você agradecesse... — ela tentou brincar, mas a expressão dele continuou dura, por isso, soltou um suspiro de frustração.

Seu celular começou a tocar sem aviso a pegando desprevenida, pegou o aparelho no seu bolso e notou que Kai mantinha seus olhos fixos nele. Estranhou, mas deu de ombros. Assim que viu que era Krystal soltou um suspiro pesado, mas antes dela poder atender, JongIn segurou em seu pulso como se dissesse que ela não devia o fazer.

— O que foi? — Perguntou o encarando por causa do movimento repentino.

— Não atenda, Krystal já deve saber que estou com você e acho que nenhum de nós quer ouvir sermão agora — aquilo soou como um pedido sincero e ela sentiu seu coração amolecer. Não sabia o porquê, mas ele causava esse efeito nela.

Seus olhos passaram dele para o celular e dessa maneira mais uma vez, até pará-los no garoto novamente. Colocou uma mecha do cabelo desbotado atrás da orelha e tentou ignorar a agonia que o celular tocando sem ser atendido a dava.

— Eu não atendo se me contar o porquê de você e aquele tal de MyungSoo estarem brigando mais cedo — arqueou uma das sobrancelhas.

Por alguns poucos segundos, ele manteve-se ponderando sobre a proposta. Apenas o som do telefone ecoava entre aquelas paredes frias.

— Trato feito — esticou sua mão em direção a menor que não demorou muito para aperta-la.

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Capítulo curto, mas espero que vocês tenham gostado.