Capítulo III - Prosposta

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   Meu coração se acelerou e parecia estar sambando em meu peito. Primeiro ajuda-me, sabe meu nome e minha grade de aulas, por último me sequestra, me estupra e me mata.

Jesus Cristo me ajuda. Sou muito nova para morrer!!!

- C-Claro, professor! - Aceitei, sem nem ao mesmo perceber.

- Bom, pode se sentar. - Cameron falou, apontando para uma mesa vazia. - E me chame somente de Cameron.

- Não! Er, quer dizer, melhor não sentar! - Disse desesperadamente.

- Do jeito que queira então, mas prometa guardar-me segredo, Ok? - Fiz sinal de positivo com a cabeça. - Eu irei te explicar o que eu vim fazer aqui, Valentina.

"Bom, como já sabe me chamo Cameron Daniels e tenho 21 anos, não sou formado em informática, mas conheço cada mínima função de um computador. Aceitei trabalhar aqui com um propósito, achar uma parceira de trabalho, que seja capaz de me ajudar com um caso de invasão de sistema, de uma empresa muito grande diga-se de passagem. Quando fui falar com a diretora Mariana, ela me disse sobre uma aluna em especial, Valentina Hale, melhor aluna na área de informática e matemática, além de fazer aulas extracurriculares de ciências tecnológicas. Você faz parte de nosso perfil de agentes, Valentina! "

- Você diz 'nosso', como? Quer dizer, uma agência? - Pergunto cética, esse é realmente um bom assunto para me distrair e me sequestrar, mas não vou deixar.

- Sim, a A.S.C . - Falou tirando-me o fôlego. A.S.C? Completamente impossível!

Ri, para surpresa dele.

- Cara, você é realmente engraçado, viu? - Ri mais um pouco. - A.S.C? Acha que eu realmente vou acreditar nisso, Cameron? Não sou idiota!

- Sei que é difícil de se acreditar, Valentina,  mas é verdade! - Disse impressionantemente calmo.

- Então você está querendo me dizer que trabalha na Agência de Segurança Científica? Sério mesmo? - Franzi a testa, irritada. - Olha, eu não vou acreditar nisso, então se agora me der licença...

Ele segurou delicadamente meu pulso, me fazendo ficar boquiaberta, num misto de raiva e vergonha. "Que petulante!"

- Eu posso te fazer uma proposta? - Perguntou, ainda segurando meu pulso. Acenei com a cabeça, irritada.

- Desembucha.

- Eu te levo para minha área de trabalho às 23:00 hrs e lá você vê se aceita me ajudar no trabalho de descobrir o hacker. Aceita? - Disse, finalmente soltando-me. Fiquei meio tonta com a proposta, mas fui segurada por Cameron. - O que houve?

- E-Eu… só estou tonta. Tudo bem! - Falo, dando passos até a porta. - Então, eu já vou, Cameron!

Corri até o portão, com medo dele me seguir. Mas não me seguiu, e eu agradeço. Andei calmamente até o meu carro, sim eu tenho um, e fui à caminho de casa.

Fiquei pensando sobre Cameron o caminho inteiro, será que é realmente verdade?

"Valentina, você é tão idiota! É impossível!" Meu subconsciente me ajudando muito.

Cheguei em casa e vi Lily e um cara que eu não conhecia, senti nojo dela.

- Hey, hey, Val! Nem cumprimenta sua irmã? - Pergunto Lily, de maneira cínica.

- Perca de tempo. - Disse e subi
até meu quarto rapidamente, trancando a porta logo em seguida. Joguei minha mochila em cima da cama, e fui tomar um banho relaxante.

Vesti um blusão cinza com um rascunho de uma caveira, uma calça jeans preta rasgada e um salto tratorado com spikes cinzas e franjas.

Peguei um escada que eu uso como enfeite pendurada no teto de gesso, e coloquei na janela, usando para descer até o jardim do terreno. Pulei o portão da direita e entrei numa rua lateral, seguindo reto. Coloquei um casaco preto que tinha pego, e usei o capuz escondendo meu rosto.

Bom, uso esse disfarce porque eu e a vizinhança não somos tão amigos, já me envolvi em algumas brigas com umas garotas que deram em cima do meu ex-namorado.

Não conseguia tirar aquele papo de Cameron da cabeça, tipo, trabalhar na A.S.C. E então, por fim, decidi contar tudo à Sophie, e levá-la comigo para a central. Sim! Eu iria com Cameron e o ajudaria, mas com Sophie!

Andei até chegar na avenida principal Comandante Hergus Liandrya, bem original ter o nome do fundador do país na avenida principal. Entrei num táxi e passei o endereço da casa de Sophie, retirei o capuz de minha face e encostei minha cabeça no vidro.

Valentina Off/ Sophie On

Estava almoçando com meus pais quando ouvi a voz de Valentina chamando-me pelo interfone, franzi o cenho confusa. "O que ela está fazendo aqui?" Era isso que o olhar de minha mãe perguntava, dei de ombros.

Abri o portão eletrônico e esperei Valentina passar pela porta, ela estava com uma expressão aflita.

- Sofy, eu preciso falar com você! - Ela falou e eu assenti.

Fomos até meu quarto e quando entramos ela trancou a porta e se jogou em minha cama.

- O que você aprontou agora, Valentina? - Indago, observando a histericidade da morena.

- Nós vamos para uma aventura, junto com Cameron! - Bateu palmas e eu a olhei incrédula.

- O quê? - Minha amiga é muito retardada, senhor Deus proteja a mente dessa garota. - Nós vamos fugir com Cameron?

- Deixa eu te explicar. - Falou.

- Acho bom!

***

Havíamos terminado arrumar nossas malas, com ajuda de Eric, que decidimos que também viria conosco. Valente (Um dos vários apelidos da Valentina) estava com uma mochila e uma mala de mão, que Eric tinha trazido à ela; eu estava com uma mala média de rodinhas e Eric só com uma mochila.

Pulamos a janela de meu quarto e pegamos o carro da empresa de meu pai, seguindo rumo a escola. Valente havia conseguido invadir o sistema da escola somente com o seu 4g, e pegado o número de Cameron, que já estava no portão do colégio nos esperando.

Sophie Off/Valentina On

- Cheguei, Cameron! - Falei assim que sai do carro. - Mas não sozinha! - Apontei para meus amigos e ele me olhou aborrecido.

- Eu disse pra manter segredo, Valentina. - Falou e eu revirei os olhos.
- Problema é seu! E sem eles, eu não vou! - Cruzei os braços e fiz bico, atitude infantil eu sei!

Ele bufou. - Então vamos logo começar nossa aventura.

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