Muitas vezes sonhei em algo que achava ser impossível de acontecer ou existir, mas aí, aquilo surgiu. Era como rir de uma coisa e depois levar um tapa na cara, você fica simplesmente surpreendida, perplexa.
Foi assim que eu fiquei quando aceitei aq...
Sophie estava inquieta desde que entramos no carro de Cameron, cutuquei seu braço e lhe lancei um olhar de "o que foi?"
- Eu nunca saio de casa sem agradecer ao meu senhor, Tina. - Soltou tudo de uma vez, que quase não entendi.
- Pode agradecer, Sophie. Afinal, acho que todos nós somos cristãos, não é? - Todos concordaram com a pergunta de Cameron e Sophie começou sua oração.
"Senhor meu Deus, peço que perdoe-me por ter saído de casa sem avisar meus pais, para uma viagem tão perigosa. Sinto muito por isso! Proteja-os, por favor. Peço para que o senhor nos abençoe, e abençoe nossas famílias, os fazendo entender que nosso ato tão infantil, é para o bem de todos. Afinal, podemos descobrir a cura de várias doenças. Obrigada por todos meus dias de vida e saúde, e dos meus amigos. E conceda-nos uma boa viagem, Senhor. Agradeço por tudo, amém! "
Depois do agradecimento de Sophie, andamos com o carro por cerca de 6 horas, tirando as paradas para o banheiro (lê-se meio do mato), chegamos a uma pousada no meio do nada.
Estranhei, pois o lugar era um prédio caindo aos pedaços, no meio do deserto - literalmente, no deserto - e estava completamente vazio.
- Mas o que…? - Resmungou Eric. - Que droga de lugar é esse, Cameron? - Perguntou indignado.
- Essa é uma antiga pousada, que era da minha vó! - Falou sem ligar com a poeira que dominava o local e com os espirros de Sophie.
- Mas Cameron, este lugar está imundo e fica no meio do deserto! - Sophie falou. - Eu sou alérgica! E ainda tenho asma!
O mais velho dentre nós revirou os olhos e fez um sinal com a mão, do tipo espião, sabe? "Sigam-me" Era isso que seu sinal dizia, e nós fizemos o que ele mandou.
Valentina Off / Narrador On
Os jovens desceram junto com suas malas por uma longa escadaria em espiral, uma surpresa para todos ali presentes, tirando Cameron.
Depois de longos 465 degraus, chegaram a um corredor estreito que cabia no máximo duas pessoas de frente. Seguiram Cameron por uns 5 minutos até chegarem numa porta de metal, com uma caixa de metal, que Valentina identificou como um identificador de retina.
"Bem ricos! Será que é realmente verdade que ele trabalha no A.S.C?" Pensou, maravilhada só de pensar em ser recrutada como investigadora pela central.
Cameron inclinou o corpo para frente, e uma espécie de laser verde analisou seu globo ocular, emitindo um som de “click” e uma voz feminina:
- Senhor Cameron, seja bem vindo!
A porta mecanizada se abriu, revelando uma grande sala oca, com paredes de vidro e duas pessoas vestindo roupas completamente brancas e jalecos.
- Cameron é bom te reencontrar! - Sorriu John Nakamoto. Um homem de 22 anos, aparência oriental e sorriso avassalador, na opinião de Valentina.
- Digo o mesmo, parceiro. - Sorriu Cameron, revelando suas covinhas. - Senhor Alexander. - Ficou sério, diante do imponente homem a sua frente. Martin Alexander possuía cabelos loiros acastanhados, olhos cor de mel, uma barba rala e um corpo atlético, dando um ar de masculinidade mesmo com apenas 21 anos.
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- Olá, Cam. - Falou sério, mas logo tratou de abraçar o amigo, Cameron. - Meu pai não para de perguntar de você, cara. Ele acha que a tal de Valentina não é de confiança e que vai surtar quando ver o que tem nos documentos!
- Oi, eu estou aqui, tá. - Disse, atraindo a atenção dos rapazes, que a olharam minuciosamente. - Sou Valentina Hale! - Estendeu a mão, e se sentiu completamente boba quando o asiático de sorriso avassalador a apertou.
- Sou John Nakamoto, e é um prazer conhecê-lá, Valentina! - Valentina quase teve um derrame.
- Digo o mesmo, John.
Só pararam de se falar quando foram interrompidos por um "caham" vindo do ser loiro e completamente alto.
- Sou o diretor da A.S.C, Martin Alexander. Espero que você nos seja útil, senhorita Hale!
- Espera que eu seja útil? Ah…tá bom. - Disse confusa, Valentina.
- Acho melhor vocês irem para os quartos, devem estar cansados! - Falou John animado.
- Agradeço, moço. - Se pronunciou Sophie, fazendo os outros arregalarem os olhos. - Eu não sei nada de computadores, só sou acompanhante da Val. Me chamo Sophie McKellen, senhores!
Martin e John olharam para Valentina confusos.
- Eu não quis vir sozinha. - Defendeu-se.
- Eu sou Eric Lewis, vim junto com às garotas. - Pronunciou Eric.
***
Já estavam todos em seus respectivos quartos, devidamente vestidos com roupas brancas e completamente exaustos. Caíram na cama e dormiram, menos Eric.
Ele estava sério, com um olhar vitorioso. Quando não aguentava mais, saiu de seu quarto e voltou por todo o caminho que tinha feito junto com os outros.
Ele sumiu na escadaria.
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