Todos estavam aflitos, um jovem havia desaparecido de dentro da sede da central. Ou saído por conta própria.
Sophie tinha uma face marcada por sombras escuras abaixo dos olhos, sinônimo de uma noite mal dormida, corroída pela preocupação.Desde que conhecerá o simpático Eric, filho dos temidos professores sr e sra Lewis, já sentiu uma pura atração por ele. Seu jeito de ser a deixava confortável e amparada, do mesmo jeito que Valentina a deixava confortável.
Sophie rezava e rezava, pedindo para o manter seguro. "Senhor meu pai, peço que proteja Eric, ele é tão bom, não merece sofrer na mão de pessoas más. Pai, ajude-o, torne-o forte neste momento, é somente isto que lhe peço, pai. Espero que ele esteja bem. Amém!"
Ao acabar sua prece, Sophie escutou o barulho ensurdecedor de uma sirene soando por todo os quartos, assustada ela se encaminhou para fora de seu quarto e teve seu braço agarrado por uma mulher, que parecia ter seus 26 ou 28 anos.
- Nossos alojamentos podem estar correndo perigo, Sophie. Temos que sair daqui! - Falou.
- Mas e meus amigos? - Perguntou assustada.
- Eles foram achados antes e já se encaminharam para nossa outra base! - Começou a puxar Sophie, até um cômodo que a garota ainda não tinha visto. O local tinha paredes cinzas e era preenchido por carros de corrida e jipes. Elas seguiram para uma caminhonete na cor preta e com pneus específicos para corridas. Existia uma espécie de portão e por lá elas saíram, com a mulher dirigindo. Logo, já estavam em alta velocidade, seguindo pelo deserto e deixando um enorme rastro de poeira, Sophie teve medo de um ataque de asma, mas por Deus não teve.
Correram na caminhonete por cerca de 45 minutos, sendo seguidas por vários outros carros na cor preta. Sophie perguntou:
- O que aconteceu?
- Depois do sumiço de seu amigo Eric, recebemos uma ameaça e…descobrimos que Eric foi levado por um grupo de capangas do hacker que vocês vieram combater. - Falou a mulher, pisando ainda mais no acelerador, se é que isso era possível.
A jovem garota teve que conter as lágrimas, era Eric, seu amigo e seu amor, sequestrado por pessoas que fazem tudo por dinheiro, pessoas maldosas. "Pai, por favor, proteja-o! " Pensava.
Andaram por mais uns 20 metros no chão seco do deserto, até chegarem num portão aberto no chão, um portão subterrâneo, bem camuflado com areia e plantas secas por cima. Desceram com o carro e desceram mais centenas de degraus, chegando por fim, numa imensa sala com o tamanho de um campo de futebol, lotada de pessoas trabalhando em cerca de seus 30 mil computadores de alta tecnologia.
- Chegamos a base principal da A.S.C.. A base central de Anthony Alexander, que também é diretor da CPSI. Estamos dentro da área 51, minha querida.
O queixo da garota caiu. Área 51? Nunca Sophie se imaginou no lugar que Valentina tanto falava, e que era real!
Por um momento se esqueceu de Eric, e nesse momento se sentiu muito aliviada ao ver Valentina. Andaram uma na direção da outra, e por fim se abraçaram. Sophie finalmente deixou que suas lágrimas presas se soltassem, afinal, tinha Valentina, sua única e melhor amiga.
- Oh, Sophie! - Valentina exclamou. - Fiquei tão aflita quando disseram que não te acharam! Achei que também haviam te sequestrado!
Só então, quando Sophie havia conseguido parar de chorar, viu a mão direita de sua amiga enfaixada, além de vários pequenos cortes pelo rosto e braços.
- Valentina! O que aconteceu? - Perguntou, assustada.
- Venha, vamos sair daqui. - Fugiu do assunto.
Depois de saírem daquele lugar muito movimentado, Tina havia entregado um mapa do lugar para Sofy e explicado onde iriam ficar escondidas. Entraram em um elevador acompanhadas por John e desceram 6 andares abaixo do chão, deixando a morena de cabelos curtos com uma sensação claustrofóbica.
- Aqui ficam as salas de treinamento, onde vocês estarão seguras de qualquer possível sequestro. - Explicou John, com um semblante muito sério, mas tão mesmo que impressionou as duas meninas.
As portas de metal se abriram revelando uma luz branca muito forte, ao ponto de terem que cerrarem os olhos por 50 segundos até se acostumarem com o brilho esbranquiçado.
Entraram na grande sala branca, por aparência, completamente vazia mas cheia de câmeras. John explicou-lhes que a luz branca é um sistema de segurança, pois distrai quaisquer possíveis intrusos. E que ainda tinham vários outros como barreiras invisíveis, o que surpreendeu as duas.
- Venham cá. - Chamou o asiático, estendendo algo que parecia um cartão. - São cartões-chaves, porém vocês ainda terão que fazer cadastramento de retina, pois é o nosso sistema mais utilizado no fim de identificação.
- Okay! - Disseram em uníssono.
- Agora eu irei ensinar-lhes como usar esta sala para treinamento. - Disse. - Todos os dias, sem exceção, vocês serão treinadas por especialistas de luta, inclusive eu que vou ensiná-las como manusear espadas!
[ÁREA DESCONHECIDA, LOCALIDADE IMPOSSÍVEL DE SER INDENTIFICADA]
Homens de aparência sobre-humana que usavam longos sobre-tudos pretos, cobrindo seus corpos de 2 metros de altura, estavam reunidos em uma grande sala de convocação prontos para assistirem uma confissão.
No palco, que ficava bem na frente, via-se uma pessoas com mãos e pés amarrados e com um um saco preto cobrindo sua cabeça, que foi retirado violentamente por um SSD. Era Eric, sequestrado e completamente machucado.
Seu rosto estava inchado e repleto de cortes e sangue seco, tinha duas costelas quebradas e um ombro deslocado, além de muitos cortes e queimaduras no abdômen.
O mestre de cerimônias que tinha subido no palco carregava consigo um chicote fino, pronto para ser utilizado à qualquer erro cometido por Eric.
- Diga tudo o que sabe, humano. - A voz grossa do homem, cujo nome era Simoc, preencheu o ar.
Eric baixou a cabeça e ficou em silêncio. Por isso, foi agarrado por dois brutamontes musculosos e recebeu uma chicotada na área do tórax.
- FALE, SEU IMBECIL! - Outra chicotada, desta vez na área do pescoço e mais outra que atingiu seu rosto, fazendo-o dar um resmungo de dor.
O homem falou em tom ameaçador a seguinte frase : - Diga agora o que sabe, ou morra.
Novamente, silêncio.
- Não vai falar? Pois bem. - O homem riu sadicamente. - Senhores e senhoras nosso convidado não vai abrir a boca, então temo que nós perderemos outra pessoa, afinal, ele vai morrer!
Tirou uma afiada espada da baia escondida por sua roupa longa e mirou na área esquerda do peito, no coração.
Afastou para tomar impulso, e quando ia fincá-la na carne do homem, foi impedido por uma barreira eletromagnética, que fez a espada bater e voltar.
Eric se pronunciou:
- Não me mate! Tenho algo que lhes pode ser útil!
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Oi, Oi gente!!!
Já comentaram e votaram? Se não, façam! Isso ajuda muita a Gaby aqui, tá?
Gente eu vim aqui avisar que a partir de agora, os capítulos serão postados todos os domingos e quartas-feiras e se tiver pronto posso postar outros capítulos extras durante outros dias, Ok?
Era só isso, valeu!
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Mente de Hacker
Science FictionMuitas vezes sonhei em algo que achava ser impossível de acontecer ou existir, mas aí, aquilo surgiu. Era como rir de uma coisa e depois levar um tapa na cara, você fica simplesmente surpreendida, perplexa. Foi assim que eu fiquei quando aceitei aq...