Coffee Addicted; [Jjk + Pjm]

Macchiato

Park Jimin era um jovem de 20 anos pronto para começar sua vida independente. Com o dinheiro que angariou vendendo desenhos na Internet, conseguiu alugar uma pequena cafetaria no centro da sua pequena aldeia. Jimin queria conquistar todos os seus objetivos sozinho e, como era proveniente de uma família pobre, ele sabia que teria de começar por baixo. Ele também sabia que seria difícil, porém, o seu lado otimista fazia-o acreditar que conseguiria. E, no fundo, Jimin sabia que era especial e que seus cafés eram mais especiais ainda.

Mas nem todo o mundo acreditava nas capacidades do pequeno sonhador.

Jimin limpava o balcão de madeira de sua nova cafetaria, cantarolando alguma música que estava em sua cabeça até ser interrompido pelo sininho da entrada, que lhe indicou que acabara de chegar alguém.

— Bom dia, seja bem-vindo! – Jimin sorriu com os olhos para seu novo cliente.

Porém, não obteve resposta. O homem de cabelos acastanhados – e que levava uma roupa que parecia um tanto cara – seguiu reto, se sentando num banco alto ao balcão.

Jimin, sendo realmente um garoto cheio de otimismo e boa disposição, continuou sorrindo.

— O que vai desejar?

— Hm... Café.

— Sabe, essa é uma ótima escolha, café é a especialidade da casa.

—É, é por isso que isto é uma cafetaria.

— Exatamente! – O pequeno empregado riu ingenuamente, não percebendo o sarcasmo nas palavras do moreno.

Jeongguk ergue a sobrancelha, se perguntando o que poderia ter acontecido de tão bom na vida do moleque para ele estar animado daquele jeito. Deve ser só um idiota, pensou.

— Apenas me sirva o café.

O garoto de cabelos negros serve uma chávena de café simples ao mais velho.

— Se prepare para provar o melhor café da sua vida.

Ah, ótimo, mais um exibicionista. Jeongguk leva a chávena até à sua boca, e arregala os olhos ao dar o primeiro gole. Realmente, aquele era um dos melhores cafés que já havia provado. E se há uma coisa em que Jeongguk tem experiência, essa coisa é café.

Do outro lado do balcão, Jimin esperava ansiosamente por ouvir uma opinião. Mas para sua surpresa, o cliente apenas joga o dinheiro no balcão e sai. O que havia feito de errado?

Essa pergunta ficou na cabeça do pequeno Jimin até à manhã do dia seguinte. Enquanto lavava umas chávenas, não conseguia deixar de pensar na imagem daquele homem saindo sem nem sequer dizer uma palavra. Novamente, seus devaneios foram interrompidos pelo som do sininho que ecoou no local.

— Bom dia! – Jimin grita do outro lado do balcão.– Vou atender você já, já!

Ninguém respondeu. Nossa, como as pessoas são rudes hoje em dia, pensou, se dirigindo ao local de atendimento do balcão. Foi então que percebeu que não era uma pessoa rude qualquer. O que ele estava fazendo ali novamente?

Então, Jimin decidiu atender o homem rude como se ele fosse mais um novo cliente.

— O que vai desejar?

— Café.

A mente de Jimin voltou ao estado de confusão. Como assim café? Então ele gostou?

— O que achou? –Perguntou ao ver o cliente terminar de beber.

Este tirou a carteira do bolso, se preparando para pagar. Mas Jimin não se iria contentar com apenas dinheiro novamente.

— Não precisa pagar.

— Como assim?

— É de graça se você me disser o que achou.

Que desesperado, Jeongguk riu em sua mente. Piedoso, decidiu então dizer algo.

—É gostoso.

O pequeno garoto abriu um enorme sorriso.

— Sério?! Você acha que meu café é especial?!

— É gostoso, não é especial. Você tem muito que melhorar ainda para seu café ser especial, garoto.

Jeongguk sorriu, se dirigindo à porta. Então parou, olhando o pequeno empregado.

— Obrigado pelo café grátis, nos vemos amanhã.

E saiu.